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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 209 - 15 de Maio de 2011 

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Ação e Reação

André Luiz

(Parte 9)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Como se chamava o Ministro que se materializou na Mansão e qual o objetivo de sua vinda àquela instituição socorrista?

Sânzio era o seu nome. Investido nas funções de Ministro da Regeneração, tinha ele tinha grandes poderes sobre aquela casa de rea­juste, com o direito de apoiar ou determinar qualquer medida, refe­rente à obra assistencial, em benefício dos sofredores, podendo homo­logar e ordenar providências de segregação e justiça, reencarnação e banimento. Foi para isso que ele se encontrava. (Ação e Reação, cap. 6, pp. 78 e 79.)

B. Que solução foi dada ao caso Antônio Olímpio?

O Ministro Sânzio aprovou a solução proposta, que deveria contar com o apoio de Alzira, ex-esposa de Antônio Olímpio. Este retornaria à carne no lar do próprio filho e, mais tarde, ela se consorciaria novamente com ele para receber nos braços Clarindo e Leonel por fi­lhos do coração, aos quais Antônio Olímpio restituiria, desse modo, a existência terrestre e os haveres. Um sorriso de ventura brilhou no semblante de Alzira, conquanto tenha ela denotado algum temor. Ciente disso, Sânzio lhe disse: "Não desfaleças. Serás sustentada por esta Mansão, em todos os teus contactos com os nossos amigos fixados na vingança e atenderemos pessoalmente a todos os assuntos que se refiram à transferência de tuas atividades para este sítio, perante as autoridades a que te subordinas. Nossos irmãos infortunados não estarão insensíveis aos teus rogos... Sofreste-lhes impiedosos golpes nos derradeiros dias de tua permanência no mundo e a humildade dos que sofrem é fator essencial na renovação dos que fazem sofrer..." (Obra citada, cap. 6, pp. 81 a 83.)

C. Existe alguma criatura que possa com razão considerar-se esquecida pelo Senhor da vida?

Não. O Ministro Sânzio, ao dizer a André e Hilário que também estudava a questão da dor e sua função na vida humana, esclareceu: “Sou funcionário humilde dos abis­mos. Trago comigo a penúria e a desolação de muitos. Conheço irmãos nossos, portadores do estigma de padecimentos atrozes, que se encon­tram animalizados, há séculos, nos despenhadeiros infernais; entre­tanto, cruzando as trevas densas, embora o enigma da dor me dilacere o coração, nunca surpreendi criatura alguma esquecida pela Divina Bon­dade". (Obra citada, cap. 6 e 7, pp. 83 a 86.)

Texto para leitura

33. O recurso da câmara - Momentos antes do início da sessão de preces, Druso concitou a todos à necessária preparação, recomendando guardassem plena abstenção de pensamentos menos dignos e de quaisquer recordações desagradáveis, para que não se verificassem interferências na câmara cristalina, nome pelo qual designou o grande espelho colo­cado à sua frente. Explicou que as forças associadas dos médiuns pre­sentes se caracterizavam por extremo poder plástico e que uma simples ideia, incompatível com a dignidade do recinto, poderia materializar-se, criando imagens impróprias na face do aparelho. O dirigente avi­sou, ainda, que, através de dispositivos especiais, todos os recursos dos medianeiros presentes seriam concentrados na câmara que, daquele minuto em diante, estaria sensibilizada para os misteres da hora em curso. Brando silêncio fez-se no recinto e Druso, erguendo-se, orou comovidamente a Jesus, rogando-lhe bênçãos para a reunião que se ini­ciava e a assistência dos protetores espirituais. Na prece, o diri­gente da Casa lembrou a Jesus a carência dos que ali se reuniam e en­fatizou a sua confiança no Divino Amigo, dizendo: "Sabemos que, sem o calor de tuas mãos compassivas, nos fenece a esperança, à maneira de planta frágil sem a bênção do Sol!..." (Capítulo 6, pp. 76 e 77)

34. O Ministro Sânzio - A oração de Druso, proferida com grande sinceridade, levou-o às lágrimas. A inflexão de suas palavras, reple­tas de dor, como se ele próprio fosse ali um Espírito recluso em pade­cimentos amargos, impressionou vivamente a André, que, sem poder con­trolar a emotividade, foi também tomado pelo pranto. Na sequência da oração, todos também choraram, contagiados pelas lágrimas abundantes que, vertidas por Druso, impediram a continuidade da rogativa. Extensa massa de vaporosa neblina cobriu, então, a face do espelho. André fi­xou-a, admirado, e pareceu-lhe identificar largo floco de névoa prima­veril a distender-se, alva e móvel. Emergiu, então, da leitosa nuvem a figura respeitável de um homem aparentemente envelhecido na forma, re­velando, contudo, a mais intensa juvenilidade no olhar. Era o Ministro Sânzio, a quem o dirigente Druso agradeceu, reverente, a presença.  Vasta auréola de safirino esplendor coroava-lhe os cabelos brancos, a derramar-se em sublimes cintilações na túnica simples e acolhedora que lhe velava o corpo esguio. No semblante nobre e calmo, vagava um sor­riso que não chegava a fixar-se. O Ministro, após um minuto de silen­ciosa contemplação, levantou a destra, que despediu grande jorro de luz sobre todos, e saudou: "A paz do Senhor seja convosco". Havia tanta doçura e tanta energia, tanto carinho e tanta autoridade naquela voz, que André precisou manter-se atento para não cair de joelhos. (Capítulo 6, pp. 78 e 79)

35. Discussão do caso Antônio Olímpio - O Ministro, que ali apare­cia materializado, mantendo o campo vibratório em que os demais se encon­travam, avançou para os componentes da reunião e estendeu-lhes as mãos num gesto paternal, colocando-os à vontade. "Não desejava cerimô­nias", disse o visitante, que recomendou ao diretor apresentasse os processos em estudo. Druso exibiu, assim, vinte e duas fichas de largo tamanho, cada qual condensando a síntese das informações necessárias ao socorro de 22 Entidades recentemente internadas na instituição. Na­quele mo­mento, André não pôde fazer qualquer indagação direta, mas, posterior­mente, Silas lhe informou que Sânzio, investido nas funções de Minis­tro da Regeneração, tinha grandes poderes sobre aquela casa de rea­juste, com o direito de apoiar ou determinar qualquer medida, refe­rente à obra assistencial, em benefício dos sofredores, podendo homo­logar e ordenar providências de segregação e justiça, reencarnação e banimento. O Ministro, atento, examinou todos os autos ali expressos em rápidas súmulas, das quais transpareciam não apenas informes escri­tos, mas também microfotografias e recursos de identificação que lem­bram os elementos dactiloscópicos da Terra, aceitando ou não as su­gestões de Druso, depois de ligeiras considerações em torno de cada caso particular e apondo em cada ficha o selo que lhe assinalava a responsabilidade das decisões. Um dos processos referia-se a Antônio Olímpio. O Ministro concordou com o parecer da Casa quanto à conve­niência de breve reencarnação do ex-fazendeiro no círculo em que delinquira, a fim de restituir, aos irmãos espoliados, os sítios de que haviam sido expulsos. Sânzio acentuou, porém, que o criminoso, con­forme suas próprias alegações, não desfrutava qualquer atenuante, visto que vivera apenas para si, entregue à desvairada egolatria, iso­lando-se em prazeres perniciosos e sem beneficiar a ninguém, a não ser a esposa e o filho, que surgiam assim como valores benéficos para o delinquente, porquanto todo bem realizado, com quem for e seja onde for, constitui recurso vivo, atuando em favor de quem o pratica. Sân­zio pediria, então, que Alzira (ex-esposa de Antônio Olímpio) com­parecesse ao recinto, para ser consultada, o que não se faria com Luís, filho do casal, por este encontrar-se ainda internado no corpo físico. (Capítulo 6, pp. 79 a 81)

36. A solução programada - O Ministro proferiu uma prece silen­ciosa e, em resposta a seu apelo, a tênue matéria justaposta ao es­pelho se movimentou, de leve, dando passagem a uma suave figura de linda mu­lher. Era a irmã Alzira, que não demonstrou qualquer surpresa ante o chamado e, ciente dos fatos, aquiesceu prontamente à proposta que en­volvia seu companheiro. "Ajudá-lo a reerguer-se, para a minha alma, não é apenas dever, mas também inexprimível felicidade...", acentuou a nobre Entidade, que revelou saber que os dois irmãos assas­sinados per­severavam no ódio e no desejo de vingança. Alzira contou também que ambos nunca lhe permitiram qualquer aproximação com Antônio Olímpio, no vale de trevas em que se demoravam por tantos anos... "Além disso –  acrescentou – , ressarcindo meus débitos do passado, sucumbi por minha vez às mãos deles dois, em tremenda obsessão, no mesmo lago em que perderam o corpo físico. Isso, porém, não é motivo para recuo. Es­tou pronta para o serviço em que possa ser útil." O Mi­nistro informou-lhe que a recuperação de Olímpio, para a reencarnação, levaria tempo, mas que ela poderia, com o auxílio da Mansão, iniciar a obra socor­rista. E propôs-lhe: "As vítimas de ontem, hoje transforma­das em ver­dugos enrijecidos, moram na herdade que lhes foi arrebatada pelo irmão fratricida, alimentando o ódio contra os seus descendentes e contur­bando-lhes a vida. É necessário que vás em pessoa suplicar-lhes me­lhores disposições mentais para que se habilitem ao amparo de nossa organização, preparando-se para o renascimento físico em época opor­tuna. Conseguida essa fase inicial de assistência, colaborarás na volta de Olímpio ao lar do próprio filho, e, por tua vez, tornarás à carne, logo após, a fim de que de novo te consorcies com ele, em aben­çoado futuro, para que recebas nos braços Clarindo e Leonel, por fi­lhos do coração, aos quais Olímpio restituirá a existência terrestre e os haveres..." Um sorriso de ventura brilhou no semblante de Alzira, mas, porque denotasse algum temor, Sânzio exclamou: "Não desfaleças. Serás sustentada por esta Mansão, em todos os teus contactos com os nossos amigos fixados na vingança e atenderemos pessoalmente a todos os assuntos que se refiram à transferência de tuas atividades para este sítio, perante as autoridades a que te subordinas. Nossos irmãos infortunados não estarão insensíveis aos teus rogos... Sofreste-lhes impiedosos golpes nos derradeiros dias de tua permanência no mundo e a humildade dos que sofrem é fator essencial na renovação dos que fazem sofrer..." (Capítulo 6, pp. 81 a 83)

37. A dor e o homem - Alzira, em lágrimas de jubiloso reconheci­mento, osculou a destra do Ministro e afastou-se. A cena emocionou, profundamente, a André, que sentiu que o incomensurável amor de Deus semeia a esperança e a alegria até nas regiões infernais do crime, do mesmo modo que faz nascer rosas de beleza e perfume no seio dos sar­çais. A seguir, o Ministro atendeu Madalena e Sílvia, que, autorizadas por Druso, lhe imploraram a intercessão para que seus esposos fossem atendidos naquela Casa. Sânzio acolheu-lhes as súplicas, determinando o recolhimento de ambos os infelizes e prometendo facilitar-lhes a re­encarnação para breve. André e Hilário puderam, então, aproximar-se do Ministro, a quem –  após exporem a finalidade de seus estudos na Man­são –  perguntaram sobre a dor e sua função na vida humana. "A dor, sim, a dor..." –  murmurou o grande mensageiro, acrescentando: "Estudo-a, igualmente, filhos meus. Sou funcionário humilde dos abis­mos. Trago comigo a penúria e a desolação de muitos. Conheço irmãos nossos, portadores do estigma de padecimentos atrozes, que se encon­tram animalizados, há séculos, nos despenhadeiros infernais; entre­tanto, cruzando as trevas densas, embora o enigma da dor me dilacere o coração, nunca surpreendi criatura alguma esquecida pela Divina Bon­dade". (Capítulos 6 e 7, pp. 83 a 86) (Continua no próximo número.)
 



 


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