LEONARDO
MACHADO
leomachadot@gmail.com
Recife,
PE
(Brasil)
Quem
quer ser
feliz?
A
felicidade
é um
anseio
básico
da
humanidade.
A
questão,
portanto,
não é perguntar
quem
quer ser
feliz,
mas o
que é a
felicidade?
Se,
porém, a
resposta
para a
primeira
indagação
é quase
automática,
as
palavras
para
responder
a
segunda
tendem a
vir mais
vagarosamente.
Isto
porque,
como
dizia
Sêneca,
não é fácil
descobrir
o que
torna a
vida
feliz,
pois
quanto
mais se
procura
a
felicidade,
mais
dela se
afasta.
Sendo
que -
completa
o
pensador
em seu
pequeno
opúsculo
sobre a
temática
-, quanto
maior a
pressa,
maior o
erro e
maior a
distância
a
percorrer.
Para
otimizar
esta
busca,
pois, é
interessante
lançar
mão de
algumas
reflexões.
Sócrates,
por
exemplo,
através
do que
conhecemos
pelas
palavras
de
Platão,
ensinava
que a
maior de
todas as
felicidades
é o
conhecimento
das
essências
e das
verdades
puras.
Em
consonância
com a
visão
socrática,
e tendo
em vista
que o
Evangelho
de Jesus
é um
manancial
de
consolações
e de
promessas
de uma
alegria
mais
duradoura
e
profunda,
a qual
não
seria
deste
mundo
ainda, o
Espiritismo
ensina
que a
felicidade
absoluta
é
patrimônio
dos
Espíritos
puros
que
conseguiram
adentrar
no
conhecimento
das
essências
proclamado
pelo
filósofo.
Apesar
disto, o
ser
dispõe
da
possibilidade
de ser
feliz
relativamente,
de
acordo
com o
seu grau
evolutivo.
Devendo,
inclusive,
buscar
ativamente
este
estado.
Entretanto,
esta
busca
não se
deve dar
por meio
de
processos
externos.
Ao
contrário,
ela está
baseada:
1) na
posse do
necessário
à
subsistência
do
corpo;
2) na
consciência
moral
tranqüila;
e 3) em
a fé no
futuro.
Sem o
básico
para a
manutenção
do
corpo, o
indivíduo
padece
de
condições
para
pensar
em
outras
coisas
além da
própria
sobrevivência.
Mas, por
outro
lado, os
excessos
de
variadas
ordens,
inclusive
financeiros,
não são
capazes
de
comprar
a
alegria,
já que
não
logram
preencher
o
interior
do ser.
Garantido,
desse
modo, o
mínimo
para
manter a
saúde
física e
mental,
ser
feliz
não é
uma
questão
de ter
ou de
não ter,
mas
passa
pela
capacidade
de se
empregar
utilmente
o que se
possui e
de não
se
desesperar
por
aquilo
que,
apesar
de não
ser
possuído,
igualmente
não é
imprescindível.
Com a
consciência
em paz,
pode-se
obter a
tranquilidade
almejada.
A
angústia
pelos
acontecimentos
passados
se
dirime.
O medo
das
incompreensões
se
esvai. E
o
orgulho
pelas
bajulações
não se
gera.
De igual
modo, a
fé tem
papel
crucial
na
conquista
do ser
feliz.
Utilizando-se
de
comparações,
pode-se
dizer
que ela
é o “pulo
do gato” na
receita
da vida;
é a
tábua
final
que liga
a ponte
construída
pela
razão
entre a
ignorância
e a
plenitude;
é o
detalhe
último
na
alegoria
da
existência.
Com ela,
a
ansiedade
pelo
futuro
incerto
se
apequena.
Para a
Doutrina
Espírita,
portanto,
a
felicidade
é uma
finalidade,
mas de
igual
maneira
é um
meio
pelo
qual se
deve
buscar
viver;
sem
lançar
mão da
necessidade
das
posses;
sem se
deixar
ficar na
angústia
pelo
passado;
sem se
deixar
avolumar
na
ansiedade
com
relação
ao
futuro...,
mas, ao
contrário,
procurando
fazer
esta
construção
no
maravilhoso
momento
do hoje
e do
possível.