ALTAMIRANDO
CARNEIRO
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São Paulo, SP
(Brasil)
Os dons e os caminhos
Quando um
Espírito vem à
Terra, ele traz
alguns dons, que
serão
desenvolvidos
durante a sua
trajetória. Cabe
a cada um, pelo
uso do seu
livre-arbítrio,
fazer bom ou mau
uso desses dons.
Jesus nos
chamou a
atenção a
respeito do
assunto, quando
nos recomendou
que entrássemos
pela porta
estreita, que
conduz aos bons
caminhos, ao
contrário da
porta larga,
pois larga é a
porta, e
espaçosos os
caminhos que
conduzem à
perdição.
O Mestre contou,
ainda, a
Parábola dos
Talentos (peça
de ouro ou prata
usada como
dinheiro – 2
Reis, 18: 14), a
qual diz que
três servos
receberam de seu
senhor, quando
este se ausentou
do lugar: um,
cinco talentos;
outro, dois
talentos e o
terceiro, um
talento. Na
volta do senhor,
os dois
primeiros
devolveram,
duplicadas, as
quantias que
foram entregues,
mas o que
recebeu um
talento não pôde
fazê-lo, pois
enterrou o
talento, com
medo de
perdê-lo.
A negligência e
o medo do servo
que recebeu um
talento não se
justificam, pois
com o talento
recebido, ele poderia ter
adquirido um
rebanho de mil
carneiros e
1.200 bois.
Na parábola, o
senhor
representa Deus
(mas pode também
significar
Jesus); os
servos são os
homens, os
Espíritos, nos
seus diversos
graus de
evolução; os
talentos são os
dons, os
recursos
materiais e
espirituais.
Também Paulo de
Tarso, nos
capítulos 12, 13
e 14 da 1ª.
Epístola aos
Coríntios, fala
sobre os dons
espirituais e
seus empregos.
Estes três
capítulos podem
ser considerados
como precursores
de O
Livro dos
Médiuns, da
Codificação
Espírita. No
capítulo 13,
Paulo demonstra
que a caridade é
superior a todos
os dons, pois a
fé, sem a
caridade, é
morta.
A melhor
aplicação dos
dons espirituais
é a utilização
deles
gratuitamente,
em favor do
próximo. Foi
neste sentido
que Jesus disse:
“Curai os
enfermos, limpai
os leprosos,
ressuscitai os
mortos, expulsai
os demônios; de
graça recebeis,
de graça dai.”
Importante,
ainda, é
prestarmos
atenção à
afirmação de
Jesus (Marcos,
25: 35 e 36): “...
tive fome, e
deste-me de
comer; tive
sede, e deste-me
de beber; era
estrangeiro, e
hospedaste-me;
estava nu, e
vestiste-me;
adoeci, e
visitaste-me;
estive na
prisão, e fostes
ver-me”.
No versículo 40
deste capítulo,
Ele explica:
“... Em verdade
vos digo que
quando o
fizerdes a um
destes meus
pequeninos
irmãos, a mim o
fizestes”.