ANGÉLICA
REIS
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Londrina, Paraná
(Brasil) |
O Espiritismo perante a
Ciência
Gabriel
Delanne
(Parte
3)
Damos continuidade nesta edição
ao
estudo do livro O
Espiritismo perante a
Ciência,
de Gabriel Delanne,
conforme
tradução da obra
francesa Le
Spiritisme devant la
science,
publicada originalmente
em Paris em 1885.
Questões preliminares
A. Que faculdade da alma
mais tem aguçado a
atenção dos filósofos?
Trata-se da memória,
essa faculdade
misteriosa que reflete e
conserva os acidentes,
as formas e as
modificações do
pensamento, do espaço e
do tempo. Na ausência
dos sentidos e longe da
impressão dos agentes
externos, ela representa
essa sucessão de ideias,
de imagens e de
acontecimentos já
desaparecidos, já caídos
no nada. Ela os
ressuscita
espiritualmente, tais
como o cérebro os
sentiu, a consciência os
percebeu e formou.
(O Espiritismo perante a
Ciência, Primeira Parte,
Cap. I.)
B. O livre-arbítrio
existe realmente ou não
passa de uma ilusão?
O livre-arbítrio não é
uma ilusão. Ele existe
realmente e é ele que dá
ao homem honesto a força
de preferir a morte à
infração das leis; é ele
que impele os grandes
corações a devotamentos
heroicos. Se o homem não
passasse de um joguete
cego das forças
físico-químicas, seria
preciso despedirmo-nos
de todos os nobres
sentimentos, de todas as
aspirações generosas!
(Obra citada, Primeira
Parte, Cap. I.)
C. O Positivismo contém
tendências
materialistas?
Sim. Mesmo após as
ideias de Littré, que
expurgou a doutrina
positivista daquilo que
seu vigoroso espírito
achava inútil ou
supérfluo, persistem no
Positivismo as
tendências
materialistas, que ele
já continha em gérmen.
(Obra citada, Primeira
Parte, Cap. II - O
materialismo
positivista.)
Texto para leitura
62. Estamos certos de
que o pensamento não é
produzido nem pelo
conjunto do cérebro, nem
por um movimento
vibratório de suas
moléculas.
Asseguremo-nos, então,
de que não é ele,
também, produto da
matéria cerebral.
63. Retomemos, para
examiná-las, as teorias
de Cabanis e Carl Vogt:
é possível que o
pensamento seja uma
secreção do cérebro?
64. Tão falsa se
apresenta essa ideia,
tão pouco em harmonia
com a realidade dos
fatos, que um declarado
materialista como
Büchner recusa-se
admiti-la. Diz-nos ele:
“Apesar do mais
escrupuloso exame, não
podemos encontrar
analogia entre a
secreção da bílis ou a
da urina, e o processo
pelo qual se forma o
pensamento no cérebro. A
urina e a bílis são
matérias palpáveis,
ponderáveis e visíveis;
e ainda mais, matérias
excrementícias que o
corpo usou e que ele
rejeita. O pensamento, o
espírito, a alma, pelo
contrário, nada tem de
material, não é ela
mesma uma substância,
mas o encadeamento de
forças diversas formando
uma unidade, o efeito do
concurso de muitas
substâncias dotadas de
forças e de qualidades”.
65. Conclui Büchner: “A
secreção do fígado, dos
rins, se realiza sem o
sabermos,
independentemente da
atividade superior dos
nervos; ela produz uma
matéria palpável. A
atividade do cérebro não
pode existir sem a
consciência completa e
não segrega substâncias,
porém forças. Todas as
funções vegetativas, a
respiração, a pulsação
do coração, a digestão,
a secreção dos órgãos
excretores se verificam
tanto no sono como em
estado de vigília; mas
as manifestações da vida
se suspendem no momento
em que o cérebro, sob a
influência de uma
circulação mais lenta,
fica mergulhado no
sono.”
66. Como vemos, para
Büchner o pensamento não
é uma secreção; provém
de um conjunto de forças
diversas que formam
unidade; é uma
resultante; mas uma
resultante de quê? Será
do conjunto do cérebro
ou somente de certas
partes? Poderá algo
invisível e
imponderável, como o
pensamento, ser
produzido por diferentes
órgãos que se reúnem
para um efeito comum?
Ele nada nos diz, nem
temos necessidade de
explicação para perceber
que essa maneira de
encarar o pensamento é
ainda errônea. Büchner
reconhece que o
pensamento é imaterial;
perguntamos, agora, como
poderia ser produzido
pelo cérebro, que só se
compõe de matéria?
67. Abordemos mais de
perto o assunto e
veremos que, de qualquer
maneira que o encaremos,
é impossível supor que o
cérebro segregue o
pensamento, ou que este
dele se desprenda, como
a eletricidade dos
corpos que a contém. É
evidente, averiguado,
incontestável, que o
trabalho cerebral
determina uma elevação
de temperatura no
cérebro. Produz-se uma
oxidação das células,
que se pode medir, como
fez Schiff, operando
sobre cães ou sobre o
homem; como o atestam as
experiências de Broca,
em estudantes de
medicina; ou, enfim, as
de Bayson, que pesava os
sulfatos e os fosfatos
que entravam em seu
corpo pela alimentação,
para demonstrar que a
quantidade dos sais,
rejeitada pelas
excreções, aumentava de
maneira sensível, após
um trabalho cerebral.
68. Como podem estas
experiências, de que os
materialistas têm
pretendido fazer um
argumento, infirmar a
existência da alma? Elas
demonstram,
simplesmente, que quando
o cérebro trabalha, o
sangue aí aflui e
determina uns movimentos
moleculares, que se
traduzem materialmente
por ações químicas.
Acreditar que o
pensamento seja o
produto dessas reações
seria erro grave,
porque, se o cérebro
segrega o pensamento, é
preciso explicar a
natureza e o resultado
dessa secreção.
69. Uma das faculdades
da alma que mais têm
chamado a atenção dos
filósofos é a memória.
Faculdade misteriosa
essa, que reflete e
conserva os acidentes,
as formas e as
modificações do
pensamento, do espaço e
do tempo; na ausência
dos sentidos e longe da
impressão dos agentes
externos, ela representa
essa sucessão de ideias,
de imagens e de
acontecimentos já
desaparecidos, já caídos
no nada. Ela os
ressuscita
espiritualmente, tais
como o cérebro os
sentiu, a consciência os
percebeu e formou.
70. Para explicar-lhe o
mecanismo, Aristóteles
admite que as impressões
exteriores se gravam no
espírito, quase pela
forma por que se
reproduz uma letra,
colocando-se um sinete
sobre a cera. Descartes
crê também que essa
faculdade provém dos
vestígios que deixam em
nós as impressões dos
sentidos ou as
modificações do
pensamento. Adotemos a
maneira de ver desses
grandes homens e
indaguemos como será
possível conciliá-la com
os dados que Moleschott
nos fornece sobre a
natureza do princípio
pensante.
71. O sábio químico
afirma, em magnífico
capítulo, que um
movimento incessante da
matéria, que
transformações
maravilhosas e múltiplas
se executam no interior
de nosso corpo, e,
apoiando-se nos
trabalhos de Thompson,
de Vierodt e de
Lehumann, os quais, por
sua vez, tinham por base
os de Cuvier e Flourens,
declara que “os fatos
justificam plenamente a
suposição de que o corpo
renova a maior parte de
sua substância em um
lapso de vinte a trinta
dias”. E alhures diz
mais: “O ar que
respiramos muda a
cada instante a
composição do cérebro e
dos nervos.”
72. Se isto é verdade,
se somos uma nova
entidade de trinta em
trinta dias, se todas as
moléculas que compõem
nosso ser entram no
turbilhão vital, como
conservamos, ainda, na
idade madura, a
lembrança de atos que se
passaram em nossa
mocidade? Como explicará
Moleschott que nos
conservemos sempre os
mesmos, apesar desse
mutações?
73. É incontestável que
possuímos a invencível
certeza de ser sempre
idênticos; mesmo quando
envelhecemos, sabemos
que a essência de nós
mesmos não muda. Em meio
às vicissitudes da
existência, nossas
faculdades podem
aumentar ou
obliterar-se, nossos
gostos variar ao
infinito e nossa conduta
apresentar as mais
singulares contradições;
estamos certos, porém,
de que conservamos o
mesmo ser; temos
consciência de que outro
não tomou nosso lugar e,
entretanto, todos os
elementos de nosso corpo
foram renovados muitas
vezes. Nem um átomo, do
que o formava há dez
anos, subsiste nele
presentemente. Como se
mantém, então, em nós a
memória dos
acontecimentos passados?
74. Respondem os
espiritualistas que
existe em nós um
princípio que não muda e
cuja natureza
indivisível não está,
como a matéria,
submetida à destruição.
É a alma que conserva a
lembrança dos fatos, as
conquistas da
inteligência e as
virtudes adquiridas por
incessante luta contra
as paixões.
75. Não podemos admitir
as teorias
materialistas, porque
elas tendem simplesmente
a suprimir a
responsabilidade dos
atos. Se não somos, com
efeito, senão uma
associação de moléculas,
sem cessar renovadas, se
as nossas faculdades são
apenas a tradução exata
do desenvolvimento que o
acaso daria a certas
partes do cérebro, com
que direito poderia o
homem prevalecer-se de
suas qualidades e por
que se condenaria um
malfeitor, desde que sua
inclinação para o crime
dependeria de certa
disposição orgânica que
ele não pode modificar?
76. Os combates
sustentados contra os
impulsos que nos
arrastam para o mal
indicam que há em nós
uma força consciente
dirigida pelas leis da
moral. Essas lutas
interiores revelam a
ação da vontade, a
despeito de todos os
sofismas com que se
pretende estabelecer que
ela é quimérica. Não
somos senhores sempre, é
verdade, de dominar as
nossas sensações; elas
se nos impõem, muitas
vezes, com energia: um
espetáculo
sensibilizador enche-nos
de doce emoção; provoca
a nossa revolta a vista
de uma injustiça;
encanta-nos uma harmonia
suave; mas essas
impressões tão diversas
são bem diferentes da
vontade, que é caráter
mais íntimo do eu
e da personalidade
humana.
77. Quando estamos em
face de um ato a
realizar, ponderamos os
motivos que nos podem
dirigir; faz-se ouvir a
voz do interesse em
oposição à do dever e o
que constitui o mérito é
o poder que temos de
escolher entre os dois
móveis. Por sermos
livres é que somos
responsáveis; esta
grande verdade está tão
firmada na consciência
universal que nunca se
viu punir um louco por
ter cometido um crime.
78. O livre-arbítrio não
é uma ilusão. É ele que
dá ao homem honesto a
força de preferir a
morte à infração das
leis; é ele que impele
os grandes corações a
devotamentos heroicos; e
se o homem não passasse
de um joguete cego das
forças físico-químicas,
seria preciso
despedirmo-nos de todos
os nobres sentimentos,
de todas as aspirações
generosas!
79. Tentaram provar,
comparando-se o peso de
grande número de
cérebros humanos, que a
inteligência mais
desenvolvida
correspondia sempre a um
encéfalo mais pesado.
Estatísticas numerosas
foram estabelecidas, mas
até agora os resultados
não são bastante
precisos para permitir
que se formule uma lei.
80. Vê-se, é verdade,
que, à medida que nos
aproximamos das raças
inferiores, a capacidade
craniana diminui. Nestes
últimos tempos, Bischof,
Nicolucci, Hervé, Broca
e outros fizeram
pesquisas muito curiosas
a esse respeito, mas,
tanto como seus
predecessores, não
puderam deduzir uma
regra dos casos
numerosos que
observaram; viram-se
idiotas com o volume do
cérebro tão considerável
quanto o de pessoas que
gozavam da integridade
de suas faculdades
intelectuais.
81. Nesta espécie de
pesquisa é preciso não
confundir o órgão com a
função. Se vemos que
certas partes do corpo
crescem mais que outras,
é que elas trabalham
mais. Sabe-se que os
ferreiros têm o braço
direito mais forte que o
esquerdo, porque é com
aquele que manejam o
martelo, assim como os
torneiros têm a perna
esquerda mais volumosa
que a direita, porque é
a de que se servem
constantemente.
Concluir-se-á que estes
homens são ferreiros ou
torneiros porque seus
membros se acham mais
desenvolvidos?
82. O raciocínio é o
mesmo para com o
cérebro. Se, em certos
casos, se observa uma
correlação entre seu
volume e uma grande
atividade intelectual,
prova isto tão-só que o
espírito atua sobre ele
com intensidade. Disse
excelentemente Hervé: “O
encéfalo cresce em
proporção à atividade
funcional de que é a
sede. É essa uma lei que
se aplica a todos os
órgãos, em toda a série
animal; ora, qual é a
atividade funcional do
cérebro? A intelectual e
a moral.” O peso e o
volume do cérebro nada
têm, portanto, de comum
com a existência da alma
e não podem invalidá-la.
83. Diremos, em resumo,
que do estudo dos fatos
ressalta a certeza de
que possuímos um
princípio pensante,
independente da matéria,
que não está submetido,
como esta, às
transformações da vida,
e no qual reside a
memória.
84. Surpreende-nos ver
como os materialistas se
extraviam quando
abandonam o sólido
terreno da experiência e
se aventuram, guiados
por hipóteses, no
domínio filosófico. É
que não querem admitir
senão o que é visível,
tangível, que se pode
medir. Nada teríamos que
alegar contra esse
método, se dele se
servissem sempre; mas o
que não é justo é que só
o apliquem aos fenômenos
psíquicos. Broussais
dizia: “Dissequei muitos
cadáveres, mas nunca
encontrei a alma.”
Entretanto admitia a
vida e as ciências
naturais que só repousam
sobre entidades.
85. Escreveu Langel: “A
Química contenta-se com
palavras, todas as vezes
que lhe é impossível
penetrar a essência
mesma dos fenômenos. De
que fala ela sem cessar?
De afinidade. Não é isso
uma força hipotética,
uma entidade tão pouco
tangível como a vida e a
alma? A Química deixa à
Fisiologia a ideia da
vida e recusa ocupar-se
com ela. Mas a ideia em
torno da qual a Química
se desenvolve tem alguma
coisa de mais real? Essa
ideia é muitas vezes
inapreensível, não só em
sua essência senão ainda
em seus efeitos.
Pode-se, por exemplo,
meditar um instante nas
leis de Berthollet, sem
compreender que estamos
em face de um mistério
impenetrável? Nas
experiências que lhe
serviram de fundamento
as reações químicas são
conduzidas em condições
puramente estáticas e
independentes das
afinidades propriamente
ditas; mas no fenômeno
de uma combinação, nessa
atração que precipita um
para os outros átomos
que se procuram, que se
juntam, escapando aos
compostos que os
aprisionavam, não há com
que confundir o
espírito? Por mim, penso
que quanto mais se
estudam as ciências em
sua metafísica, mais se
acentua a convicção de
que esta nada tem de
inconciliável com a
filosofia mais
idealista. As ciências
analisam as reações,
tomam as medidas,
descobrem as leis que
regulam o mundo
fenomenal; mas não há
nenhum problema, por
humilde que seja, que
não as coloque em face
de duas ideias sobre as
quais o método
experimental não tem
nenhuma inferência: em
1º lugar, a essência da
substância modificada
pelos fenômenos; em 2º
lugar, a força que
provoca essas
modificações. Só
conhecemos, só vemos o
exterior, as aparências:
a verdadeira realidade,
a realidade substancial
e a causa nos escapam.”
86. Não podemos terminar
melhor esta revista do
que citando as seguintes
palavras do ilustre
fisiologista Claude
Bernard: “A matéria,
qualquer que seja, é
sempre destituída de
espontaneidade e nada
provoca; só faz exprimir
por suas propriedades a
ideia de quem criou a
máquina que funciona. De
sorte que a matéria
organizada do cérebro,
que manifesta fenômenos
de sensibilidade e de
inteligência próprios ao
ser vivo, não tem, do
pensamento e dos
fenômenos que ela
manifesta, mais
consciência do que a
matéria bruta teria de
uma máquina inerte, de
um relógio, por exemplo,
que não possui
consciência dos
movimentos que manifesta
ou da hora que indica;
assim, também, os
caracteres de impressão
e o papel não têm
consciência das ideias
que reproduzem.
Assegurar que o cérebro
segrega o pensamento,
seria o mesmo dizer que
o relógio segrega a hora
ou a ideia do tempo. É
preciso não supor que
foi a matéria quem criou
a lei de ordem e de
sucessão; seria isso
cair no erro grosseiro
dos materialistas.”
87. Saint-Simon prestou
um verdadeiro serviço ao
espírito humano,
mostrando, com
sagacidade, que se deve
conceder à alma maior
importância que aquela
que lhe deram os
filósofos do século
XVIII. Fourier, apesar
do sensualismo de sua
época, acreditava na
alma e na sua
imortalidade.
88. Afora esses dois
grandes homens, existe
uma plêiade de
pensadores de escol,
como Pierre Leroux, Jean
Raynaud, Lamennais e
outros, que reergueram
brilhantemente o
estandarte
espiritualista.
89. Acreditava-se que a
vitória lhes estava
definitivamente
assegurada, quando se
revelou, entre os
discípulos de
Saint-Simon, um filósofo
de primeira ordem -
Augusto Comte, que
fundou um sistema
denominado
positivismo, que
teve o mérito de opor à
imaginação, realmente
muito errante dos seus
predecessores, as frias
e rígidas doutrinas da
tradição baconiana.
90. Comte procurou
reanimar o sensualismo,
aplicando-lhe a ideia do
progresso, mas faliu em
sua tentativa, e foi
forçado, depois de ter
querido explicar tudo
pela experiência e pela
observação, a reconhecer
que existe em nós uma
faculdade: o sentimento,
que não pode ser
ignorado impunemente.
Acabou por inventar uma
espécie de religião que
se perdia nas nuvens de
um misticismo
incompreensível. Era,
segundo Huxley, “um
catolicismo a que
faltava o cristianismo”.
Mas seus discípulos não
o acompanharam nessa
estrada; os dissidentes
caíram no excesso oposto
e são agora verdadeiros
materialistas, se bem
que disto pretendam
escusar-se.
91. Um dos mais ilustres
representantes do
Positivismo é Littré.
Durante toda a sua vida,
esse trabalhador
infatigável defendeu a
nova concepção,
expurgando-a daquilo que
seu vigoroso espírito
achava inútil ou
supérfluo. Foram estas
supressões que o
determinaram a
separar-se de Augusto
Comte e a reduzir as
doutrinas de seu mestre
ao que elas tinham de
verdadeiramente útil.
Mas acentua as
tendências
materialistas, que o
Positivismo contém em
gérmen, embora pretenda
ficar neutro entre os
dois sistemas que
disputam a conquista dos
espíritos: o
espiritualismo e o
materialismo. (Continua
no próximo número.)