Nos Bastidores da
Obsessão
Manoel Philomeno de
Miranda
(Parte
2)
Damos prosseguimento ao
estudo do livro Nos
Bastidores da Obsessão,
de Manoel Philomeno de
Miranda, obra
psicografada por Divaldo
P. Franco e publicada no
ano de 1970 pela Editora
da FEB.
Questões preliminares
A. Por que existem as
obsessões?
Em primeiro lugar,
lembremos que sempre
houve obsessões na
Terra, sendo clássicos
os exemplos do rei
Nabucodonosor II,
obrigado a pastar como
um animal, e de Nero,
que via sua mãe Agripina
e sua esposa Otávia,
ambas assassinadas por
sua ordem, a
atormentá-lo. As causas
da obsessão variam de
acordo com o caráter do
Espírito. É, às vezes,
uma vingança derivada de
fatos ocorridos no
passado. Outras vezes
trata-se de pura inveja.
Não foi, portanto, a
mediunidade que deu
origem às obsessões. A
faculdade mediúnica é
apenas um meio de os
Espíritos se
manifestarem. Na falta
dela, fazem-no por
diversas outras
maneiras, mais ou menos
ocultas.
(Nos Bastidores da
Obsessão, Examinando a
obsessão, pp. 21 a 23.)
B. Que sinais a obsessão
apresenta?
Uma ideia torturante que
teima em se fixar, uma
força psíquica que
interfira nos processos
mentais, uma vontade que
tente dominar nossa
própria vontade, uma
inquietação crescente
sem motivos reais, o
impacto do desalinho
espiritual em franco
desenvolvimento – eis os
sinais de que o
indivíduo está a caminho
de um processo
obsessivo.
(Obra citada, pp. 27 e
28.)
C. Que fator, segundo
Kardec, constitui com
frequência um obstáculo
à libertação do
obsidiado?
Segundo Allan Kardec,
são as imperfeições
morais do obsidiado que
constituem, com
frequência, um obstáculo
à sua libertação.
(Obra citada, pp. 24 a
27.)
Texto para leitura
9. Obsessão e
Espiritismo - O
conhecimento do
Espiritismo, longe de
facilitar o predomínio
dos maus Espíritos, há
de ter como resultado
destruir esse
predomínio, dando a cada
um os meios de se pôr em
guarda contra as
sugestões deles. Esse é
o pensamento de Kardec,
que, convocado a atender
obsidiados de variado
jaez, utilizou-se dos
eficientes métodos da
Doutrina Espírita para
libertá-los com
segurança, através da
moralização do Espírito
perturbador e do
sensitivo perturbado.
(Examinando a obsessão,
pág. 21)
10. Causas da
obsessão -
Ensina Kardec que as
causas da obsessão
variam, de acordo com o
caráter do Espírito. É,
às vezes, uma vingança
derivada de fatos
ocorridos no passado.
Outras vezes trata-se de
pura inveja. A verdade é
que sempre houve
obsidiados na Terra,
sendo clássicos os
exemplos do rei
Nabucodonosor II,
obrigado a pastar como
um animal, e de Nero,
que via sua mãe Agripina
e sua esposa Otávia,
ambas assassinadas por
sua ordem, a
atormentá-lo. Não foi a
mediunidade que deu
origem às obsessões. A
faculdade mediúnica é
apenas um meio de os
Espíritos se
manifestarem. Na falta
dela, fazem-no por
diversas outras
maneiras, mais ou menos
ocultas. (Examinando a
obsessão, págs. 22 e
23)
11. Tratamento da
obsessão - Os
meios de se combater a
obsessão variam de
acordo com o caráter que
ela reveste. Kardec
lembra que as
imperfeições morais do
obsidiado constituem,
com frequência, um
obstáculo à sua
libertação. Várias
providências são
importantes na terapia
da obsessão: alta dose
de renúncia e abnegação
dos que se oferecem e se
dedicam a esse mister;
conduta moral elevada
dos envolvidos; oração
sincera e fervorosa;
modificação radical de
comportamento do
obsidiado; assistência
médica por causa do
desgaste orgânico e
psíquico do enfermo;
ajuda dos Espíritos
superiores; passes
magnéticos. A assepsia
moral do enfermo, a
reeducação da sua
vontade, a prática da
oração, num verdadeiro
programa evangélico bem
disciplinado, edificam
uma cidadela moral de
defesa em volta do
indivíduo. (Examinando a
obsessão, págs. 24 a
27)
Frases e apontamentos
importantes
XVII. O pensamento é
sempre o dínamo vigoroso
que emite ondas e que
registra vibrações, em
intercâmbio ininterrupto
nas diversas faixas que
circulam a Terra.
(M.P.M., ibid., pág.
34)
XVIII. Para que você
atinja a plenitude da
harmonia íntima, cultive
a oração com carinho e o
devotamento com que a
mãe atende ao sagrado
dever de amamentar o
filho. A prece é uma
lâmpada acesa no
coração, clareando os
escaninhos da alma.
(M.P.M., ibid., pág.
36)
XIX. Encarcerado na
indumentária carnal, o
espírito tem necessidade
de comunhão com Deus
através da prece, tanto
quanto o corpo necessita
de ar puro para
prosseguir na jornada.
(M.P.M., ibid., pág.
36)
XX. Vivemos cercados, na
Terra, daqueles que nos
precederam na grande
jornada da
desencarnação. Em razão
disso, somos o que
pensamos, permutando
vibrações que se
harmonizam com outras
vibrações afins.
(M.P.M., ibid., pág.
37)
XXI. Graças às injunções
do renascimento, o homem
é impelido à depressão
ou ao exaltamento,
vinculando-se aos
pensamentos vulgares
compatíveis às
circunstâncias do meio,
situação e progresso.
Assim, faz-se
imprescindível o
exercício da prece
mental e habitual para
fortalecer as
fulgurações psíquicas
que visitam o cérebro,
constituindo a vida
normal propícia à
propagação do pensamento
excelso. (M.P.M., ibid.,
pág. 37)
XXII. A terapia
espírita, em casos que
tais, é a do convite ao
enfermo para a
responsabilidade,
conclamando-o a uma
auto-análise honesta, de
modo a que ele possa
romper em definitivo com
as imperfeições...
(M.P.M., ibid., pág.
40)
XXIII. Diante de um
programa de melhoria
íntima desatam-se os
liames da vinculação
entre os dois Espíritos,
e o perturbador,
percebendo tão sincero
esforço, se toca,
deixando-se permear
pelas vibrações emanadas
da sua vítima, agora
pensando em nova esfera
mental. Só
excepcionalmente não se
sensibilizam os sicários
da mente melhorada.
(M.P.M., ibid., pág.
40)
XXIV. Use sempre a
Doutrina Espírita como
medida profilática,
mesmo porque, se até
hoje não foi afetada a
sua organização
fisiopsíquica, isto não
isenta de, no futuro,
(...) o seu "ontem"
poder repontar rigoroso,
"hoje" ou "amanhã",
chamando-o ao ajuste de
contas com a consciência
cósmica que nos dirige.
(M.P.M., ibid., pág. 41)
(Continua no próximo
número.)