Num dos bairros de Londrina,
um garoto de 7 anos, após
ficar internado por cerca
de 30 dias, vítima de
atropelamento em frente da
própria residência, recebeu
a notícia de que está
tetraplégico e, além de ter
os movimentos comprometidos,
não mais pode falar. Seu pai
está preso há algum tempo;
sua mãe, dependente química,
faleceu dois anos atrás em
virtude de uma overdose, e a
avó materna, com quem ele
mora, em depressão profunda
desde que a mãe do garoto
morreu, não está conseguindo
prestar corretamente os
cuidados de que o neto
necessita.
Depois de relatar este caso,
uma amiga nos pergunta: Como
entender essa prova? Ou
seria, antes, uma expiação?
De que modo auxiliar a
criança e sua avó?
Incluí-las em nossas orações
é suficiente ou é preciso
algo mais?
A diferença entre prova e
expiação é fácil de
estabelecer quando as
definimos.
Expiação diz respeito a algo
que fizemos; trata-se de uma
medida educativa e é
indispensável no processo de
regeneração das pessoas que
cometem desatinos.
Provas são testes e nada têm
que ver com o nosso passado;
trata-se de um processo de
aferição do aprendizado, tal
como se dá nos cursos que
fazemos nas escolas do
mundo.
Ocorre que, em face de um
caso concreto, não sabemos
se estamos diante de uma
prova ou de uma expiação.
Mas, convenhamos, isso
não vem ao caso, porque a
caridade pede que prestemos
sempre ajuda aos que
necessitam de ajuda, na
medida de nossas forças e de
nossas possibilidades.
Como o garoto mencionado não
tem mãe nem pai, visto que
este está privado da
liberdade que o impede de
prestar ao filho os cuidados
que os pais devem prestar,
trata-se de uma criança
órfã, que nem mesmo pode
contar com o amparo da avó,
dadas as limitações dessa
mulher, como relatado por
nossa amiga.
Se se trata de um menino
órfão, lembremos o que o
Espiritismo nos ensina a
respeito do assunto, em uma
mensagem que o
leitor pode conferir no cap.
XIII, item 18, d´O
Evangelho segundo o
Espiritismo, de Kardec.
Eis o que ali lemos:
“Meus irmãos, amai os
órfãos. Se soubésseis quanto
é triste ser só e
abandonado, sobretudo na
infância!
Deus permite que haja
órfãos, para exortar-nos a
servir-lhes de pais.
Que divina caridade amparar
uma pobre criaturinha
abandonada, evitar que sofra
fome e frio, dirigir-lhe a
alma, a fim de que não
desgarre para o vício!
Agrada a Deus quem estende a
mão a uma criança
abandonada, porque
compreende e pratica a sua
lei. Ponderai também que
muitas vezes a criança que
socorreis vos foi cara
noutra encarnação, caso em
que, se pudésseis
lembrar-vos, já não
estaríeis praticando a
caridade, mas cumprindo um
dever.
Assim, pois, meus amigos,
todo sofredor é vosso irmão
e tem direito à vossa
caridade; não, porém, a essa
caridade que magoa o
coração, não a essa esmola
que queima a mão em que cai,
pois frequentemente bem
amargos são os vossos
óbolos!
Quantas vezes seriam eles
recusados, se na choupana a
enfermidade e a miséria não
os estivessem esperando! Dai
delicadamente, juntai ao
beneficio que fizerdes o
mais precioso de todos os
benefícios: o de uma boa
palavra, de uma carícia, de
um sorriso amistoso. Evitai
esse ar de proteção, que
equivale a revolver a lâmina
no coração que sangra e
considerai que, fazendo o
bem, trabalhais por vós
mesmos e pelos vossos. Um
Espírito familiar.
(Paris, 1860.)”
*
À vista de ensinamentos tão
claros, creio que ninguém
terá dúvida de que não basta
incluir avó e neto em nossas
preces. Que estas são
importantes, não há como
negar. Mas é preciso fazer
algo mais, é preciso agir
como o bom samaritano da
parábola narrada por Jesus,
sem nos importarmos em saber
qual é a religião, qual é a
cor, qual é a nacionalidade
das pessoas que nos pedem
socorro.
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