ALTAMIRANDO
CARNEIRO
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São Paulo, SP
(Brasil)
A verdadeira
riqueza
Quando Jesus
disse que é mais
fácil passar um
camelo pelo
fundo de uma
agulha do que
entrar um
rico no Reino
dos Céus (Lucas,
18:25), Ele não
condenou as
riquezas, mas
mostrou que ela
deve ser bem
aplicada.
A riqueza e a
miséria são duas
provas difíceis,
sendo que a riqueza,
pelas atrações,
pelas tentações
e pela
fascinação que
causa, é
uma prova mais
arriscada e mais
perigosa. Quando
bem-aplicada, a
riqueza produz
bem-estar
social,
conforto, saúde,
alegria. Quando
mal-aplicada,
gera a fome, a
desolação, o
desespero, a
aflição e uma
série de outros
males.
O lado negativo
da pobreza é
aquele em que,
inconformada com
a situação em
que vive, a
pessoa, querendo
ter mais do que
tem, parte para
o roubo e outros
expedientes, que
a levam a
resultados
contrários aos
que ela espera.
O ensinamento de
Jesus sobre a
riqueza foi
transmitido
depois que o
moço rico lhe
perguntou o que
deveria fazer
para herdar a
vida eterna.
Quando Jesus explicou
que o moço deveria
cumprir os
mandamentos, ele
disse que já os
cumpria e
frequentava a
sinagoga. Jesus,
então, disse que
lhe faltava uma
coisa: que o
moço vendesse tudo
o que tinha e
distribuísse com
os pobres e,
assim, teria um
tesouro no céu.
E que depois
viesse, e O
seguisse. O moço
abaixou a cabeça
e saiu,
contrariado.
A fortuna do
moço
proporcionava-lhe
bem-estar e
gozos terrenos,
ao passo que
servir o Cristo,
naquela
circunstância,
acarretava
encargos,
responsabilidades,
privações e ele
poderia,
inclusive, ser
levado à morte,
como aconteceu
com a maioria de
Seus discípulos.
O moço cumpria
os mandamentos,
frequentava a
sinagoga, mas a
sua fortuna
material o
impedia à
prática mais
importante: a
caridade.
Jesus abordou o
assunto em
outras
oportunidades:
Quando, ao
hospedar-se na
casa de Zaqueu,
o publicano
(Lucas,
19:1-10), que se
prontificou a
distribuir aos
pobres a metade
de sua fortuna e
restituir quatro
vezes mais
àqueles que
porventura
tivesse
prejudicado,
disse o Mestre:
“Zaqueu, hoje
entrou a
salvação em tua
casa”.
Quando contou a
Parábola do Rico
e Lázaro, ou o
Rico e o Pobre
(Lucas,
16:19-31), os
quais, no mundo
espiritual,
tiveram suas
situações
invertidas: o
Rico gozou no
mundo e sofreu
no Espaço; o
Lázaro sofreu no
mundo e gozou no
Espaço.
Quando contou a
Parábola do Rico
Insensato, ou do
Rico Avarento
(Lucas,
12:15-21), que
abarrotou os
seus armazéns de
alimentos para
descansar por
toda a vida, mas
que nessa mesma
noite retornou
ao mundo
espiritual, onde
viu que lá,
somente os bens
espirituais têm
relevância.
O homem só possui em
plena
propriedade
aquilo que
pode levar deste
mundo. Do que encontra
ao chegar e
deixa ao partir,
goza ele
enquanto
permanece na
Terra. Ao
partir, só tem o
usufruto, e não
a posse real.
Então, o que ele
possui? Nada do
que se destina
ao corpo,
e tudo o que se
destina ao uso
da alma: a
inteligência, os
conhecimentos,
as qualidades
morais.