Nos Bastidores da
Obsessão
Manoel Philomeno de
Miranda
(Parte
4)
Damos prosseguimento ao
estudo do livro Nos
Bastidores da Obsessão,
de Manoel Philomeno de
Miranda, obra
psicografada por Divaldo
P. Franco e publicada no
ano de 1970 pela Editora
da FEB.
Questões preliminares
A. A oração é importante
no tratamento da
obsessão?
Sim. Além disso, é ela,
segundo Kardec, o mais
poderoso meio de que
dispomos para demover o
obsessor de seus
propósitos. Assim, em
qualquer operação
socorrista, é preciso
que o cooperador observe
a disposição moral do
seu próprio Espírito e
ore pedindo a Jesus a
ajuda dos Espíritos
elevados, por meio dos
quais, e somente assim,
poderá ser oferecido
algo em favor de
obsessores e obsidiados.
(Nos Bastidores da
Obsessão, Examinando a
obsessão, págs. 32 e
33.)
B. Pode haver obsessão
de encarnados sobre
encarnados?
Pode. São variados os
tipos de obsessão: de
desencarnados sobre
encarnados; de
encarnados sobre
desencarnados; de
encarnados sobre
encarnados. O ódio tanto
quanto o amor desvairado
constituem os elementos
matrizes dessas
obsessões especiais.
(Obra citada, Examinando
a obsessão, págs. 34 a
36.)
C. Que postura se deve
adotar ante os
obsessores?
Quando tivermos o ensejo
de falar com essas
mentes em desalinho,
tratemo-las com amor e
compreensão, ajudando-as
quanto possível com a
humildade e a renúncia.
O obsessor não é apenas
o instrumento da justiça
superior que dele se
utiliza, mas também
Espírito profundamente
enfermo e infeliz,
carecente da terapêutica
do amor e do
esclarecimento para
sublimação de si mesmo.
(Obra citada, Examinando
a obsessão, págs. 36 a
39.)
Texto para leitura
15. Núcleos de
desobsessão -
Muitas vezes, a
interferência de outras
pessoas é muito valiosa
para a regeneração do
Espírito perturbador,
quando lhe favorece a
oportunidade de adquirir
conhecimentos através da
psicofonia atormentada,
na qual pode haurir
força e alento novo para
aprender, meditar,
perdoar e esquecer. Mas
esse empreendimento não
é fácil, porque somente
poucos Núcleos dedicados
à desobsessão se
encontram aparelhados
para a tarefa. Na
desobsessão, a cirurgia
espiritual se faz
necessária, senão
imprescindível, muitas
vezes, para que os
resultados sejam
obtidos. Além disso,
trabalhos especiais
requisitam abnegação e
sacrifício dos
encarnados, com natural
doação em larga escala
de esforço moral
valioso, para a
manipulação das
condições mínimas
psicoterápicas, no
recinto do socorro, para
os desvairados a
atender... A oração é o
mais poderoso meio de
que dispomos para
demover o obsessor de
seus propósitos, diz
Kardec. Assim, em
qualquer operação
socorrista, é preciso
que o cooperador observe
a disposição moral do
seu próprio Espírito e
ore pedindo a Jesus a
ajuda dos Espíritos
elevados, por meio dos
quais, e somente assim,
poderá ser oferecido
algo em favor de
obsessores e obsidiados.
(Examinando a obsessão,
págs. 32 e 33)
16. Tipos de
obsessão - São
variados os tipos de
obsessão: de
desencarnados sobre
encarnados; de
encarnados sobre
desencarnados; de
encarnados sobre
encarnados. O ódio tanto
quanto o amor desvairado
constituem os elementos
matrizes dessas
obsessões especiais. A
recomendação de Kardec
expressa no seu lema
"trabalho, solidariedade
e tolerância", a exemplo
da ação, oração e
vigilância, propostas
por Jesus, constitui
processo edificante de
saúde espiritual e ponte
que alça o viandante
sofredor da Terra ao
planalto redentor das
Esferas Espirituais,
livre de toda a
constrição e angústia.
(Examinando a obsessão,
págs. 34 a 36)
17. Ante os
obsessores - A
prece cultivada com
carinho e devotamento
nos proporciona a
plenitude da harmonia
íntima, necessária ao
trato com o Espírito
perturbador, quando a
ela aliamos o cultivo da
bondade e a renovação
das disposições íntimas.
Quando tivermos o ensejo
de falar com essas
mentes em desalinho,
tratemo-las com amor e
compreensão, ajudando-as
quanto possível com a
humildade e a renúncia.
O obsessor não é apenas
o instrumento da justiça
superior que dele se
utiliza, mas também
Espírito profundamente
enfermo e infeliz,
carecente da terapêutica
do amor e do
esclarecimento para
sublimação de si mesmo.
(Examinando a obsessão,
págs. 36 a 39)
18. Ante os
obsidiados - Em
qualquer hipótese,
acenda a luz do
conhecimento espiritual
na mente que esteja em
turvação, nesse íntimo
perturbado. Nem piedade
inoperante, nem
palavrório sem amor. A
terapia espírita, nesses
casos, é a do convite ao
enfermo para a
responsabilidade,
conclamando-o a uma
auto-análise honesta, de
modo a que ele possa
romper em definitivo com
suas imperfeições.
Perante os obsidiados
aplique a paciência e a
compreensão, a caridade
da boa palavra e do
passe, o gesto de
simpatia e a
cordialidade; mas, a
pretexto de bondade não
concorde com o erro a
que ele se afervora, nem
com a preguiça mental em
que se compraz ou mesmo
com a rebeldia constante
em que se encarcera.
Ajude-o, porém insista
para que ele se ajude.
(Examinando a obsessão,
págs. 39 a 41)
19. Uma porta de
luz - Os vales
purgatoriais, que não se
encontram muito longe de
nós, recebem os que
transpõem o umbral da
morte narcotizados pela
insânia e pelo crime.
Sombras, emanações
mórbidas, ventos
ululantes, remorsos,
choros, sofrimentos
atrozes, eis o que se
encontra ali. Mas, uma
porta de luz se abre a
essas criaturas. É a
mediunidade socorrista,
a que muitos de nós
estamos vinculados.
Pensemos nos que lá
estão, sofrendo.
Corramos ao socorro
deles. Ajudemo-los. Eles
precisam de paz e
libertação, e Jesus
precisa de nós para
atendê-los. O
Espiritismo ensina-nos
que felicidade é moeda
cujo sonido somente
produz festa íntima
quando retorna daquele a
quem se oferece e vem na
direção do doador.
Coloquemos nossas
possibilidades a
benefício dos
sofredores, nas sessões
especializadas, e
estaremos granjeando um
crédito de bênçãos que
nos ensejará também
liberdade e iluminação,
à semelhança d' Aquele
que, médium do Pai, se
fez o doce irmão de nós
todos, milênios a fora.
(Examinando a obsessão,
págs. 41 a 44)
Frases e apontamentos
importantes
XXXIII. Nada se acaba. A
vida não cessa.
Encerra-se um ciclo numa
faixa de evolução para
reaparecer noutra e
desenvolver-se mais
além. Destruir é mudar a
aparência de uma forma
para renascer noutra.
(José Petitinga, cap. 1,
pág. 55)
XXXIV. O ódio é nuvem
que tolda a visão da
paisagem,
entenebrecendo-a.
Fantasma truanesco,
entorpece as mais altas
aspirações do Espírito
humano, conduzindo-o aos
sombrios e intérminos
corredores da loucura,
sem paz nem lume...
(José Petitinga, cap. 1,
pág. 56)
XXXV. Só o amor derrama
sol nas almas,
penetrando de esperanças
os seres. Experimente
amar e, de pronto,
perceberá diminuir a
própria dor. (José
Petitinga, cap. 1, pág.
56)
XXXVI. Durante o sono, a
alma repousa como o
corpo? "Não, o Espírito
jamais está inativo.
Durante o sono,
afrouxam-se os laços que
o prendem ao corpo e,
não precisando este
então da sua presença,
ele se lança pelo espaço
e entra em relação mais
direta com os outros
Espíritos". (Item 401 d'
O Livro dos Espíritos,
citado no cap. 2, pág.
64)
XXXVII. Como podemos
julgar da liberdade do
Espírito durante o sono?
"Pelos sonhos. Quando o
corpo repousa, (...) tem
o Espírito mais
faculdades do que no
estado de vigília.
Lembra-se do passado e
algumas vezes prevê o
futuro. Adquire maior
potencialidade e pode
pôr-se em comunicação
com os demais Espíritos,
quer deste mundo, quer
do outro. Dizes
frequentemente: Tive um
sonho extravagante, um
sonho horrível, mas
absolutamente
inverossímil.
Enganas-te. É amiúde uma
recordação dos lugares e
das coisas que viste ou
que verás em outra
existência ou em outra
ocasião. Estando
entorpecido o corpo, o
Espírito trata de
quebrar seus grilhões e
de investigar no passado
ou no futuro". (Item 402
d' O Livro dos
Espíritos, citado no
cap. 2, pág. 64)
XXXVIII. Tudo nele
<referindo-se ao médium
Morais> traduzia a
segurança e o equilíbrio
de uma existência
voltada para o bem e
para o dever. Percebi,
então, a excelência do
ministério mediúnico sob
a carinhosa proteção de
Jesus, objetivando
atender aos sofredores
de ambos os planos da
vida e reconheci (...)
que somente uma
existência realmente
desatrelada das paixões
se constitui seguro
roteiro para uma
libertação felicitadora.
(Manoel P. de Miranda,
cap. 2, pág. 64)
XXXIX. O Espírito é o
que pensa e faz; a veste
carnal que o envolve
tanto se pode converter
em asas de angelitude
como em azorrague com
grilhões que o
martirizam. E a
mediunidade,
indubitavelmente, faz-se
a senda luminosa por
onde transitam aqueles
que a respeitam e
enobrecem. (Manoel P. de
Miranda, cap. 2, pág.
65)
XL. Ninguém, minha
filha, pretende
julgar-te ou examinar
sequer os erros alheios,
erros que todos temos.
Reunimo-nos (...) com o
fim de corrigir
impressões e estabelecer
nova linha de conduta,
antes que postergarmos
as responsabilidades
para os dias sombrios
que nos aguardam.
(Saturnino, cap. 2, pág.
68)
XLI. Aqui não se
defrontam (...) vítima e
algoz; enfrentam-se duas
vítimas de si mesmas,
iludidas nos seus loucos
ideais terrenos.
(Saturnino, cap. 2, pág.
70)
XLII. Da mesma forma
(...) que a lei de Deus
está inscrita na
consciência de cada
homem, os nossos atos
estão gravados em nossa
mente que não morre.
(Saturnino, cap. 2, pág.
70)
XLIII. Ninguém engana a
vida. O código da
Justiça acompanha o
infrator, nele plasmando
a necessidade de
ressarcimento legal...
Daí a necessidade de
aquele que se crê
espoliado perdoar...
(Saturnino, cap. 2, pág.
71)
(Continua no próximo
número.)