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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 5 - N° 212 - 5 de Junho de 2011

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Nos Bastidores da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 4)

Damos prosseguimento ao estudo do livro Nos Bastidores da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no ano de 1970 pela Editora da FEB.

Questões preliminares

A. A oração é importante no tratamento da obsessão?

Sim. Além disso, é ela, segundo Kardec, o mais poderoso meio de que dispomos para demover o obsessor de seus propósitos. Assim, em qualquer operação socorrista, é preciso que o cooperador observe a disposição moral do seu próprio Espírito e ore pedindo a Jesus a ajuda dos Espíritos elevados, por meio dos quais, e somente assim, poderá ser oferecido algo em favor de obsessores e obsidiados. (Nos Bastidores da Obsessão, Examinando a obsessão, págs. 32 e 33.)

B. Pode haver obsessão de encarnados sobre encarnados?

Pode. São variados os tipos de obsessão: de desencarnados sobre encarnados; de encarnados sobre desencarnados; de encarnados sobre encarnados. O ódio tanto quanto o amor desvairado constituem os elementos matrizes dessas obsessões especiais. (Obra citada, Examinando a obsessão, págs. 34 a 36.)

C. Que postura se deve adotar ante os obsessores?

Quando tivermos o ensejo de falar com essas mentes em desalinho, tratemo-las com amor e compreensão, ajudando-as quanto possível com a humildade e a renúncia. O obsessor não é apenas o instrumento da justiça superior que dele se utiliza, mas também Espírito profundamente enfermo e infeliz, carecente da terapêutica do amor e do esclarecimento para sublimação de si mesmo. (Obra citada, Examinando a obsessão, págs. 36 a 39.)

Texto para leitura

15. Núcleos de desobsessão - Muitas vezes, a interferência de  outras pessoas é muito valiosa para a regeneração do Espírito perturbador, quando lhe favorece a oportunidade de adquirir conhecimentos através da psicofonia atormentada, na qual pode haurir força e alento novo para aprender, meditar, perdoar e esquecer. Mas esse empreendimento não é fácil, porque somente poucos Núcleos dedicados à desobsessão se encontram aparelhados para a tarefa. Na desobsessão, a cirurgia espiritual se faz necessária, senão imprescindível, muitas vezes, para que os resultados sejam obtidos. Além disso, trabalhos especiais requisitam abnegação e sacrifício dos encarnados, com natural doação em larga escala de esforço moral valioso, para a manipulação das condições mínimas psicoterápicas, no recinto do socorro, para os desvairados a atender... A oração é o mais poderoso meio de que dispomos para demover o obsessor de seus propósitos, diz Kardec. Assim, em qualquer operação socorrista, é preciso que o cooperador observe a disposição moral do seu próprio Espírito e ore pedindo a Jesus a ajuda dos Espíritos elevados, por meio dos quais, e somente assim, poderá ser oferecido algo em favor de obsessores e obsidiados. (Examinando a obsessão, págs. 32 e 33) 

16. Tipos de obsessão - São variados os tipos de obsessão: de desencarnados sobre encarnados; de encarnados sobre desencarnados; de encarnados sobre encarnados. O ódio tanto quanto o amor desvairado constituem os elementos matrizes dessas obsessões especiais. A recomendação de Kardec expressa no seu lema "trabalho, solidariedade e tolerância", a exemplo da ação, oração e vigilância, propostas por Jesus, constitui processo edificante de saúde espiritual e ponte que alça o viandante sofredor da Terra ao planalto redentor das Esferas Espirituais, livre de toda a constrição e angústia. (Examinando a obsessão, págs. 34 a 36) 

17. Ante os obsessores - A prece cultivada com carinho e devotamento nos proporciona a plenitude da harmonia íntima, necessária ao trato com o Espírito perturbador, quando a ela aliamos o cultivo da bondade e a renovação das disposições íntimas. Quando tivermos o ensejo de falar com essas mentes em desalinho, tratemo-las com amor e compreensão, ajudando-as quanto possível com a humildade e a renúncia. O obsessor não é apenas o instrumento da justiça superior que dele se utiliza, mas também Espírito profundamente enfermo e infeliz, carecente da terapêutica do amor e do esclarecimento para sublimação de si mesmo. (Examinando a obsessão, págs. 36 a 39) 

18. Ante os obsidiados - Em qualquer hipótese, acenda a luz do conhecimento espiritual na mente que esteja em turvação, nesse íntimo perturbado. Nem piedade inoperante, nem palavrório sem amor. A terapia espírita, nesses casos, é a do convite ao enfermo para a responsabilidade, conclamando-o a uma auto-análise honesta, de modo a que ele possa romper em definitivo com suas imperfeições. Perante os obsidiados aplique a paciência e a compreensão, a caridade da boa palavra e do passe, o gesto de simpatia e a cordialidade; mas, a pretexto de bondade não concorde com o erro a que ele se afervora, nem com a preguiça mental em que se compraz ou mesmo com a rebeldia constante em que se encarcera. Ajude-o, porém insista para que ele se ajude. (Examinando a obsessão, págs. 39 a 41) 

19. Uma porta de luz - Os vales purgatoriais, que não se encontram muito longe de nós, recebem os que transpõem o umbral da morte narcotizados pela insânia e pelo crime. Sombras, emanações mórbidas, ventos ululantes, remorsos, choros, sofrimentos atrozes, eis o que se encontra ali. Mas, uma porta de luz se abre a essas criaturas. É a mediunidade socorrista, a que muitos de nós estamos vinculados. Pensemos nos que lá estão, sofrendo. Corramos ao socorro deles. Ajudemo-los. Eles precisam de paz e libertação, e Jesus precisa de nós para atendê-los. O Espiritismo ensina-nos que felicidade é moeda cujo sonido somente produz festa íntima quando retorna daquele a quem se oferece e vem na direção do doador. Coloquemos nossas possibilidades a benefício dos sofredores, nas sessões especializadas, e estaremos granjeando um crédito de bênçãos que nos ensejará também liberdade e iluminação, à semelhança d' Aquele que, médium do Pai, se fez o doce irmão de nós todos, milênios a fora. (Examinando a obsessão, págs. 41 a 44)

Frases e apontamentos importantes

XXXIII. Nada se acaba. A vida não cessa. Encerra-se um ciclo numa faixa de evolução para reaparecer noutra e desenvolver-se mais além. Destruir é mudar a aparência de uma forma para renascer noutra. (José Petitinga, cap. 1, pág. 55) 

XXXIV. O ódio é nuvem que tolda a visão da paisagem, entenebrecendo-a. Fantasma truanesco, entorpece as mais altas aspirações do Espírito humano, conduzindo-o aos sombrios e intérminos corredores da loucura, sem paz nem lume... (José Petitinga, cap. 1, pág. 56) 

XXXV. Só o amor derrama sol nas almas, penetrando de esperanças os seres. Experimente amar e, de pronto, perceberá diminuir a própria dor. (José Petitinga, cap. 1, pág. 56) 

XXXVI. Durante o sono, a alma repousa como o corpo? "Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos". (Item 401 d' O Livro dos Espíritos, citado no cap. 2, pág. 64) 

XXXVII. Como podemos julgar da liberdade do Espírito durante o sono? "Pelos sonhos. Quando o corpo repousa, (...) tem o Espírito mais faculdades do que no estado de vigília. Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro. Adquire maior potencialidade e pode pôr-se em comunicação com os demais Espíritos, quer deste mundo, quer do outro. Dizes frequentemente: Tive um sonho extravagante, um sonho horrível, mas absolutamente inverossímil. Enganas-te. É amiúde uma recordação dos lugares e das coisas que viste ou que verás em outra existência ou em outra ocasião. Estando entorpecido o corpo, o Espírito trata de quebrar seus grilhões e de investigar no passado ou no futuro". (Item 402 d' O Livro dos Espíritos, citado no cap. 2, pág. 64) 

XXXVIII. Tudo nele <referindo-se ao médium Morais> traduzia a segurança e o equilíbrio de uma existência voltada para o bem e para o dever. Percebi, então, a excelência do ministério mediúnico sob a carinhosa proteção de Jesus, objetivando atender aos sofredores de ambos os planos da vida e reconheci (...) que somente uma existência realmente desatrelada das paixões se constitui seguro roteiro para uma libertação felicitadora. (Manoel P. de Miranda, cap. 2, pág. 64) 

XXXIX. O Espírito é o que pensa e faz; a veste carnal que o envolve tanto se pode converter em asas de angelitude como  em azorrague  com grilhões que o martirizam. E a mediunidade, indubitavelmente, faz-se a senda luminosa por onde transitam aqueles que a respeitam e enobrecem. (Manoel P. de Miranda, cap. 2, pág. 65) 

XL. Ninguém, minha filha, pretende julgar-te ou examinar sequer os erros alheios, erros que todos temos. Reunimo-nos (...) com o fim de corrigir impressões e estabelecer nova linha de conduta, antes que postergarmos as responsabilidades para os dias sombrios que nos aguardam. (Saturnino, cap. 2, pág. 68) 

XLI. Aqui não se defrontam (...) vítima e algoz; enfrentam-se duas vítimas de si mesmas, iludidas nos seus loucos ideais terrenos. (Saturnino, cap. 2, pág. 70) 

XLII. Da mesma forma (...) que a lei de Deus está inscrita na consciência de cada homem, os nossos atos estão gravados em nossa mente que não morre. (Saturnino, cap. 2, pág. 70) 

XLIII. Ninguém engana a vida. O código da Justiça acompanha o infrator, nele plasmando a necessidade de ressarcimento legal... Daí a necessidade de aquele que se crê espoliado perdoar... (Saturnino, cap. 2, pág. 71)  (Continua no próximo número.)



 


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