Nos Bastidores da
Obsessão
Manoel Philomeno de
Miranda
(Parte
5)
Damos prosseguimento ao
estudo do livro Nos
Bastidores da Obsessão,
de Manoel Philomeno de
Miranda, obra
psicografada por Divaldo
P. Franco e publicada no
ano de 1970 pela Editora
da FEB.
Questões preliminares
A. Com relação ao
obsidiado, qual deve ser
a terapia espírita?
A terapia espírita é a
do convite ao enfermo
para a responsabilidade,
conclamando-o a uma
autoanálise honesta, de
modo a que ele possa
romper em definitivo com
suas imperfeições.
Perante os obsidiados
aplique a paciência e a
compreensão, a caridade
da boa palavra e do
passe, o gesto de
simpatia e a
cordialidade; mas, a
pretexto de bondade não
concorde com o erro a
que ele se afervora, nem
com a preguiça mental em
que se compraz ou mesmo
com a rebeldia constante
em que se encarcera.
Ajude-o, porém insista
para que ele se ajude.
(Nos Bastidores da
Obsessão, in Examinando
a obsessão, págs. 39 a
41.)
B. Quais os requisitos
essenciais de uma
reunião espírita?
Os requisitos essenciais
de uma reunião séria são
as intenções, o
ambiente, os
componentes, os médiuns
e os doutrinadores. As
reuniões espíritas de
qualquer natureza devem
revestir-se do caráter
elevado da seriedade e
nelas não podem faltar o
esforço, a pontualidade,
o sacrifício e a
perseverança dos seus
membros.
(Obra citada, in
Examinando a obsessão,
págs. 44 a 47.)
C. Quem constituía na
família Soares o
problema maior?
O maior problema na
família era Mateus,
marido de Dona Rosa,
visto que, invigilante e
descuidado dos deveres
do lar, permanecia
ligado psiquicamente a
vigorosos sicários
desencarnados que o
perseguiam sem trégua.
Ele fora seduzido por
seus perseguidores,
desde cedo, a
desenfreada jogatina,
com o que esperavam
matá-lo, através de uma
surtida policial no
antro do jogo. Por isso,
embora as dificuldades
financeiras e os seis
filhos necessitados de
amparo e orientação,
Mateus deixava-se ficar,
noites a fio, entre a
expectativa do ganho
fácil.
(Obra citada, cap. 1,
pp. 51 a 53.)
Texto para leitura
20. Reuniões
espíritas - As
reuniões espíritas de
qualquer natureza devem
revestir-se do caráter
elevado da seriedade. O
Espiritismo nos ensina
que o êxito das sessões
depende dos objetivos,
das pessoas e do
programa de trabalho. Os
requisitos essenciais de
uma reunião séria são as
intenções, o ambiente,
os componentes, os
médiuns, os
doutrinadores. As
reuniões espíritas são
compromissos graves
assumidos perante a
consciência de cada um,
regulamentados pelo
esforço, pontualidade,
sacrifício e
perseverança dos seus
membros.
Invariavelmente, as
reuniões de estudo ou
socorro mediúnico,
quando sérias, se
convertem em
educandários para
desencarnados que são
trazidos por seus
mentores. Assim, é
preciso muita vigilância
de todos, porque grande
parte dos visitantes é
trazida para que o
exemplo dos encarnados
lhes constitua lição
viva de despertamento.
(Examinando a obsessão,
págs. 44 a 47)
21. A
sessão mediúnica
- Na União Espírita
Baiana, a mesa dos
trabalhos era dirigida,
havia duas décadas, por
José Petitinga, sob a
orientação amorosa do
Benfeitor Saturnino.
Naquela noite fora
programada a visita de
Guilherme, pertinaz
perseguidor
desencarnado, vinculado
à família Soares,
representada naquele
grupo por Amália e sua
mãe Dona Rosa. (Cap. 1,
págs. 51 e 52)
22. A
família Soares
- Dona Rosa era casada
com Mateus, com quem se
consorciara ainda muito
jovem. Invigilante e
descuidado dos deveres
do lar, o esposo
permanecia ligado
psiquicamente a
vigorosos sicários
desencarnados que o
perseguiam sem trégua.
Fora seduzido por seus
perseguidores, desde
cedo, a desenfreada
jogatina, com o que
esperavam matá-lo,
através de uma surtida
policial no antro do
jogo. Embora as
dificuldades financeiras
e os seis filhos
necessitados de amparo e
orientação, Mateus
deixava-se ficar, noites
a fio, entre a
expectativa do ganho
fácil. Já aposentado,
não se esforçava por
completar com algum
trabalho os parcos
recursos que a
aposentadoria lhe dava.
Seu desequilíbrio se
manifestara desde muito
cedo, ainda na
juventude, mas, com o
nascimento de Mariana,
sua filha, a atmosfera
de seu lar tornara-se
irrespirável,
agravando-se à medida
que a menina crescia e
que agora culminava em
ódio surdo e recíproco,
a explodir com
frequência crescente, em
ameaças infelizes que
chegavam a graves
cometimentos de parte a
parte. (Cap. 1, págs. 52
e 53)
23. A
filha Amália
- A mais dócil entre os
filhos, Amália se
iniciara, havia algum
tempo, nas lições do
Espiritismo, juntamente
com sua mãe. Afervoradas
e humildes, participavam
dos serviços de
atendimento aos
desencarnados na União
Espírita Baiana, sob a
carinhosa direção de
José Petitinga, que lhes
minorava, também, as
aflições, com mãos
generosas e cristãs.
Naquela noite, a mãe
ficara em casa, mas
Amália foi à reunião
mediúnica. (Cap. 1, pág.
53)
Frases e apontamentos
importantes
XLIV. Vendo-o alucinado,
reduzido a condição de
escravo de si mesmo, não
havia como deixar de
crer que todo
perseguidor é alguém
perseguido em si mesmo e
que o vingador é somente
um Espírito macerado
pelas evocações da
própria delinquência...
(Manoel P. de Miranda,
cap. 2, pág. 72)
XLV. A viciação mental,
resultante do pensamento
vibrando na mesma onda,
gera a ideia delinquente
na "psicosfera pessoal"
do seu emitente,
aglutinando forças da
mesma qualidade, por sua
vez emanadas por
Inteligências
desajustadas, que se
transformam em energia
destruidora. Tal energia
é resultante do bloqueio
mental pela densidade da
tensão no campo
magnético da aura. Ali,
então, se imprimem por
força da monoideia
devastadora as
construções psíquicas
que se convertem em
instrumento de flagício
pessoal ou instrumento
de suplício alheio,
operando sempre no mesmo
campo de vibrações
mentais idênticas.
(Manoel P. de Miranda,
cap. 2, pág. 72)
XLVI. Quando essas
energias são dirigidas
aos encarnados e
sintonizam pela onda do
pensamento, produzindo
as lamentáveis obsessões
que atingem igualmente
os centros da forma,
degeneram as células
encarregadas do
metabolismo psíquico ou
físico, manifestando-se
em enfermidades
perturbadoras, de longo
curso... (Manoel P. de
Miranda, cap. 2, págs.
72 e 73)
XLVII. Por essa razão,
felicidade ou desdita,
cada um conduz consigo
mesmo, graças à direção
que oferece ao
pensamento, no sentido
da elevação ou do
rebaixamento do
Espírito, direção essa
que é força a se
transformar em alavanca
de impulsão ou cadeia
retentiva nas regiões em
que se imanta. (Manoel
P. de Miranda, cap. 2,
pág. 73)
XLVIII. A justiça
alcança o infrator sem a
necessidade de novo
algoz. As divinas leis
dispõem de recursos
reparadores, ante as
quais nada fica sem a
necessária quitação.
(Saturnino, cap. 2, pág.
74)
XLIX. Deus!? – somente
UM há. A Religião
tradicional se equivoca
quando assim o diz <que
Jesus é Deus>. Jesus é
Filho de Deus, lição
viva de amor que todos
podemos atingir, pelas
oportunidades que nos
ensejou descobrir,
oportunidades essas que
agora lhe chegam...
(Saturnino falando a
Guilherme, obsessor de
Mariana; cap. 2, pág.
74)
L. O inferno é
resultante do seu estado
de rebeldia. Na sua
recusa ao amor, você se
condena ao desespero sem
remissão, enquanto dure
o combustível da revolta
que você coloca na
fornalha do ódio.
(Saturnino falando a
Guilherme, obsessor de
Mariana; cap. 2, pág.
75)
LI. São extremamente
variados os efeitos da
ação fluídica sobre os
doentes, de acordo com
as circunstâncias.
Algumas vezes é lenta e
reclama tratamento
prolongado, como no
magnetismo ordinário;
doutras vezes é rápida
como uma corrente
elétrica. Há pessoas
dotadas de tal poder que
operam curas
instantâneas nalguns
doentes, por meio apenas
da imposição das mãos,
ou até exclusivamente
por ato de vontade.
(Allan Kardec, cap. XIV,
item 32, d' A Gênese,
mencionado no cap. 4,
pág. 93)
LII. Entre os dois pólos
extremos dessa faculdade
há infinitos matizes.
Todas as curas desse
gênero são variedades do
magnetismo e só diferem
pela intensidade e pela
rapidez da ação. O
princípio é sempre o
mesmo: o fluido, a
desempenhar o papel de
agente terapêutico e
cujo efeito se acha
subordinado à sua
qualidade e a
circunstâncias
especiais. (Allan
Kardec, cap. XIV, item
32, de "A Gênese",
mencionado no cap. 4,
pág. 93)
LIII. As ondas mentais
exteriorizadas pelo
cérebro mantêm firme
intercâmbio em todos os
quadrantes da Terra e
fora dela. Pensamentos
atuam sobre homens e
mulheres desprevenidos e
a sugestão campeia
vitoriosa aliciando
forças positivas ou
negativas com as quais
sintonizam, em
lacerantes conúbios dos
quais nascem prisões e
surgem alvarás de
liberdade, por onde
transitam opiniões,
aspirações, anseios...
(Benfeitor Espiritual,
cap. 4, pág. 94. N.R.
- Esse benfeitor é o
irmão Glauco, ou
Glaucus, conforme se vê
às págs. 111 e 119.)
LIV. Merece relembrado o
conceito do Nazareno:
"Onde estiver o tesouro
aí o homem terá o
coração", o que equivale
dizer que cada ser
respira o clima da
província em que situa
os valores que lhe
servem de retentiva na
retaguarda ou que se
constituem asas de
libertação para o
futuro. (Benfeitor
Espiritual, cap. 4, pág.
94)
(Continua no próximo
número.)