Apelo ao viajor
Arlindo Costa e Silva
Viajante do mundo, para
e pensa
Assinalando os dons que
Deus te empresta:
A natureza a derramar-se
em festa,
A visão, a beleza, o
sonho, a crença...
Ergue-te ao sol do amor,
caminha e incensa,
De paz constante e de
alegria honesta,
O trecho da jornada que
te resta,
Procurando servir sem
recompensa.
Segue fazendo o bem por
onde fores,
Esquecendo nos trilhos
redentores
Charcos e penas, sombras
e penares...
Porque um dia, ante o
tempo que te espreita,
Receberás os frutos da
colheita,
Na espécie de sementes
que plantares.
Arlindo Costa e Silva
nasceu em
Piranjuba, antiga Pouso
Alto, Goiás, em
28/9/1880, e faleceu em
Anápolis, Goiás, em
4/1/1928. Foi professor
do Grupo Escolar
Uberabense e fundador do
jornal Lírios do Vale, título
de que se serviu para o
seu primeiro livro,
editado em 1907. Em
Anápolis, onde passou a
residir em junho de
1912, foi coletor
estadual e presidente do
Conselho Municipal.
Criou o primeiro Grupo
Escolar da cidade, e
contribuiu para a
fundação da Escola
Normal. Nestas
instituições exerceu o
magistério. Era deputado
estadual quando
desencarnou. O soneto
acima integra o livro
Antologia dos Imortais,
psicografia de Waldo
Vieira e Francisco
Cândido Xavier.
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