ORSON PETER
CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP
(Brasil)
Caridade de Deus
Afirmou o
Codificador do
Espiritismo,
Allan Kardec,
que a
caridade é alma
do Espiritismo.
Referida frase
está na Revista
Espírita de
dezembro de 1868
e gerou meu
recente livro
A Alma do
Espiritismo.
O tema, porém, é
tão abrangente,
que permite
ampliar o
assunto para
buscar também a
grande caridade
proveniente de
Deus, o Criador.
Buscando o item
2 do capítulo
XVII – Sede
Perfeitos,
de O
Evangelho
segundo o
Espiritismo,
encontramos
itens que Kardec
classifica como
elementos da
verdadeira
caridade:
benevolência,
indulgência,
abnegação e
devotamento.
Note-se que a
própria
definição e os
desdobramentos
de cada uma
dessas virtudes
já comportam
estudos
inesgotáveis. Ao
referir-se,
porém, ao
chamamento de
Jesus sobre o
SEDE PERFEITOS,
que,
naturalmente
indica a
perfeição
relativa que
podemos
alcançar, ele
recorda que
“(...) a
essência da
perfeição é a
caridade em sua
mais larga
acepção, porque
ela implica a
prática de todas
as outras
virtudes (...)”.
Aí ficamos a
pensar nos
atributos de
Deus, tão bem
apresentados em
O Livro dos
Espíritos
nas questões 10
a 13.
Claro! A
Inteligência
Suprema e Causa
Primeira de
todas as coisas
reúne, não
há dúvidas, a
perfeição
absoluta no
conjunto
completo de toda
essência da
caridade e
desdobramentos
nas virtudes,
pois que Deus
exerce em
plenitude o amor
para conosco, em
expressões de
caridade. Uma
delas, dentre
tantas, é muito
expressiva: a
reencarnação!
Sim, a
reencarnação.
Ela é caridade
de Deus para
conosco. Diante
de nossa
fragilidade, de
nossa
imaturidade,
equívocos,
desajustes,
anseios,
perspectivas,
planejamentos,
dúvidas,
conflitos e toda
ordem decorrente
dos aprendizados
necessários, Ele
nos oferece a
chance de
recomeçar
continuamente,
como bem
conhecido pelo
princípio da
pluralidade das
existências.
Quanta grandeza,
quanta bondade!
A reencarnação,
cujo critério
maior é a
justiça baseada
na igualdade,
propicia o
permanente
repetir de
oportunidades,
quantas vezes
forem
necessárias. Não
há um massacre,
não há
violência, não
há pressão nem
violação da
liberdade.
Apenas
oportunidades
abençoadas que
se abrem em
favor de todos,
em igualdade e
justiça. Os que
abusam ou
exploram
indevidamente,
os que
negligenciam ou
escolhem
caminhos de
violência e
lesões em si
mesmos ou nos
semelhantes, não
são castigados
ou
marginalizados.
Apenas e
simplesmente
colhem as
consequências,
por questão
lógica de
justiça, em
novas
oportunidades de
reparação do mal
que causaram a
si próprios ou a
terceiros.
A reencarnação
é, pois,
caridade de Deus
para conosco,
fazendo-nos
amadurecer e
aprender
continuamente
para que
construamos o
mérito da
felicidade que
alcançaremos,
por força dos
próprios
esforços.
Estudar, pois, a
reencarnação, é
o caminho para
entender esse
notável plano de
evolução que nos
propicia
construir o
próprio
progresso.