Reflexões
Adelaide
Coutinho
De todas as
dedicações
terrestres, a
mais sublime é
aquela que nasce
do devotamento
maternal.
Acompanhamos
nossos filhos,
por uma
disposição
indevassável de
Deus, entre
flores ou
espinhos, entre
luzes ou
charcos, para
darmos, em favor
deles, o próprio
coração.
Não existem dois
tesouros no
campo da alma.
Quem prefere as
fantasias
douradas da
carne, cedo
acorda aqui, em
dolorosa e
indefinível
pobreza!
A
fonte da graça
espiritual é
propriedade
daqueles que,
desde o mundo,
se unem ao
Senhor.
Nem sempre,
enquanto nos
demoramos no
mundo, sabemos
aproveitar a
riqueza da fé!
Supomos que a
religião é uma
ideia que deve
permanecer
escravizada aos
nossos caprichos
e exigências,
esperando que as
suas forças
representativas
gravitem ao lado
de nossos
desejos. Basta,
porém, um passo
além do túmulo,
para
compreendermos
a verdade.
Se não lapidamos
o coração,
sobrevém para
nós a tormenta.
São os votos mal
cumpridos, as
promessas
olvidadas, as
tarefas ao
abandono, os
compromissos
relegados ao
esquecimento e a
ânsia doentia de
colher sem
plantar e de
auferir lucros
sem esforço, na
grande jornada
em que junto de
nossos amigos e
adversários,
tanto poderíamos
realizar em
nosso proveito!
Bendigamos a
luta!...
Sem ela – a
energia viva que
nos orienta para
cima – que seria
de nossas
imperfeições?
Que seria do
ferro bruto sem
o fogo da forja
incandescente?
Ajudemo-nos uns
aos outros com
paciência. Aqui
reconhecemos que
mais vale sofrer
e servir sem
descanso, que
regalar-se a
alma no mundo,
na expectativa
injustificável
de permanência
num céu que
devemos
trabalhar, ainda
muito, para
merecer.
Do livro
Cartas do
Coração,
obra ditada por
Espíritos
Diversos,
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.