JULIANA DEMARCHI
julianagodoydemarchi@yahoo.com.br
Cambé, PR
(Brasil)
Amor à causa e à
Casa
Não posso
esquecer-me da
primeira vez em
que adentrei uma
Casa espírita,
em busca de
respostas que me
martelavam a
mente havia
anos. E mais do
que isto, não
deixo de
agradecer a
Jesus e aos bons
Espíritos que me
guiaram até lá,
porque não
somente
encontrei todas
as respostas que
queria, mas
encontrei também
o consolo, a
esperança e a
alegria que esta
abençoada
doutrina nos
oferece.
Ao longo dos
anos, desde a
sua criação, o
Espiritismo
passou por
várias fases, e
nos últimos anos
vem ganhando
cada vez mais
aceitação do
público em
geral. As
perseguições e
preconceitos de
outrora cedem
lugar a uma
compreensão e
respeitabilidade
visível e
crescente. Com
isto, acentua-se
a nossa
responsabilidade
e o compromisso
com a causa e,
em especial, com
a Casa espírita.
Amamos a causa
por ser ela a
fonte de nossa
felicidade, pois
nas Conclusões
de O Livro
dos Espíritos
Allan Kardec
afirma que
“somos felizes
pela certeza que
temos na vida
futura”.
O Espiritismo
como o
Consolador
prometido por
Jesus se
constituiu na
base sólida de
nossa fé,
fornecendo-nos
as respostas que
o homem tanto
busca no
decorrer da
vida, como de
onde viemos e
para onde vamos.
Extinguiu
através da fé
raciocinada o
monstro da
morte, nos dando
a consciência de
que somos
imortais, e
matou a imagem
do fantasma
aterrorizante do
fogo eterno.
Portanto, no
atual contexto
do mundo em que
o avanço da
Ciência não só
desvenda
mistérios,
desfaz mitos e
antigas
crendices, a
causa espírita
se encaixa
perfeitamente
porque é
Ciência,
Filosofia e
Religião. Quando
dizemos Ciência
vemos a sua face
flexível,
experimental e,
segundo o
próprio Kardec
em sua obra A
Gênese, o
Espiritismo se
mantém aberto às
mudanças
impostas pelo
tempo.
Como Filosofia
vemos o
rompimento com o
mito, haja vista
ser uma doutrina
desprovida de
simbolismos,
ritualísticas e
dogmas, assim
como sua ênfase
constante no uso
da razão. E,
enfim, como
religião não
temos outro
modelo e guia
senão o Cristo,
como nos ensina
O Livro dos
Espíritos.
Não há como
abraçar a causa
espírita sem a
conjunção e
aplicação destes
três quesitos,
porque
desencadearíamos
um profundo
desequilíbrio,
especialmente no
que diz respeito
à figura central
do Cristo. Sem
Ele estaríamos
estéreis em
nossa essência,
como sepulcros
caiados,
mortos-vivos
vítimas da
nocividade da
letra desprovida
do espírito que
vivifica, ou uma
nação de
fariseus perdida
no tempo.
Impossível amar
a causa sem amar
a Casa. Imagine
um lugar
multifuncional,
onde há as
atividades de
uma escola, de
um hospital, um
abrigo, enfim,
uma base para o
desenvolvimento
de diferentes
formas de
trabalho no bem,
em auxílio aos
mais
necessitados, e
isto, não
somente com
referência aos
encarnados, mas
um atendimento
que transponha
as barreiras da
matéria
alcançando
igualmente os
desencarnados. O
que nossos olhos
físicos podem
vislumbrar no
cotidiano de uma
Casa espírita é
apenas uma
pequena parcela
das atividades
realizadas a
nível
espiritual.
Em cada uma das
reuniões há o
envolvimento de
Espíritos
trabalhadores,
num compromisso
muito maior do
que o nosso,
pois muitas
vezes não
sabemos
valorizar o
suficiente. São
irmãos abnegados
atuando
anonimamente
para o bom
andamento das
atividades,
acolhendo a um
número bastante
grande de
Espíritos
necessitados de
socorro e
aprendizado.
Nisto vemos o
quanto
precisamos amar
a Casa espírita,
já que fomos um
dia conquistados
pelo valor da
causa.
O preço da boa
convivência
pagamos com
amor, pagamos
abrindo mão de
nosso
personalismo,
deixando de lado
os melindres,
egoísmo e
orgulho, porque
na verdade
estamos todos
apenas a caminho
da evolução, e
não chegaremos
lá caminhando
sozinhos.