PEDRO
DE ALMEIDA LOBO
lobocmemtms@terra.com.br
Campo Grande, Mato
Grosso do Sul
(Brasil)
Conhecimento das
obras básicas
consola
Dentre o celeiro de
pertinaz talento na
Filosofia grega,
dois dos mais
conhecidos e
notáveis filósofos
imortalizaram-se no
seio da humanidade
por deixarem
registrados, nos
anais da história
Universal, preceitos
fundamentais a
respeito do
conhecimento.
Sócrates,
quando visitou o
Oráculo Delfos ou
Morada de Apolo,
cidade grega que
ficava na encosta do
Monte Parnaso, teve
a oportunidade de
ler no frontispício
daquele famoso e
místico templo, a
frase que não
somente lhe serviu
de ensinamento, como
também o imortalizou
no bojo da
humanidade: “Conhece-te
a ti mesmo”.
Arístocles,
seu discípulo
distinto, que ficou
mais conhecido com a
alcunha de Platão,
deixou patenteada
sua convicção
racional a respeito
do conhecimento.
Em outras
palavras, asseverava
que o “conhecimento
é a chave que abre a
porta bendita para o
aprendizado e
aprender é recordar
o que já se sabia e
que a melhor técnica
do aprendizado é a
repetição.
O Cristo,
quando esteve
encarnado na face da
Terra, preconizou: “Conhecereis
a verdade e ela vos
libertará”.
Allan Kardec,
quando tomou
conhecimento
através do Espírito
Verdade da sua
árdua, porém nobre
missão de trazer
para a Terra a
Terceira Revelação
da Lei do Amor,
lançou O Livro dos
Espíritos, na sua
primeira edição, em
1857, e, em 1º de
janeiro de 1858, a
Revista Espírita.
Nesse mesmo ano, dia
1º de abril, fundou
a primeira Sociedade
Parisiense de
Estudos Espíritas,
cuja finalidade
precípua era
disseminar
conhecimentos
sobre a nova
Filosofia trazida
pelos Espíritos
Superiores.
Portanto, o valor do
conhecimento
está presente entre
os precursores de
Jesus de Nazaré, no
Cristianismo
primitivo e
redivivo.
O estudo da Obras
Básicas é imperativo
para se obter
conhecimento
espírita, e não há
outra maneira senão:
- Estudar para
informar
- Informar para
esclarecer
- Esclarecer para
instruir
- Instruir para
saber
- Saber para
acreditar
- Acreditar para
crer
- Crer para ter fé
- Ter fé para amar
- Amar para
consolar.
Observa-se que, com
o estudo, adquire-se
conhecimento
que induz ao amor
que consola, e então
a felicidade surgirá
naturalmente.
No cancioneiro
popular há uma letra
que diz: “tristeza
não tem fim;
felicidade, sim”.
Para quem tem e
cultiva a fé e a
esperança como
sentido primordial
da vivência, o autor
dessa canção está
totalmente
equivocado. É
exatamente o
contrário. Não
interessa o motivo.
Toda tristeza é
passageira porque é
efeito de uma causa
nefanda, que pode
ser revista,
assimilada ou
esquecida. A
felicidade é perene,
porque é veiculada
pela esperança que
mora na cidade
divina chamada
perfeição.
Quando o ser
pensante do Universo
atingir a condição
de Espírito puro,
não haverá como se
viver triste, uma
vez que estará quite
com as Leis
Naturais, portanto,
imune às coisas,
pensamentos e
realizações
pecaminosas. A única
preocupação é fazer
o bem, cada vez
melhor. Feliz
daquele que na
presente
reencarnação já
entenda e exercite
aquele surpreendente
ensinamento de
Jesus: “A Casa do
Pai tem muitas
moradas. Meu reino
não é deste mundo”,
referindo-se ao
Mundo Angelical onde
se vislumbra a
felicidade como
rotina na vida
espiritual.
É notório que,
quando nasce uma
criança, a partir do
momento em que toma
conhecimento de si
mesma, ela procura,
incessantemente,
durante toda a
existência terrena,
viver com alegria em
busca da felicidade
e da paz. Por vezes,
no afã de
encontrá-las de
maneira imediata,
envereda por atalhos
perniciosos e
jornadeia na
contramão das ordens
naturais e amoráveis
das coisas. Não
conseguindo, por
vezes para, analisa
o tempo perdido nas
devassidões, olha
para frente, as
esperanças são
sombrias, e a
tristeza aflora como
única e implacável
companheira. Ledo
engano. Nunca é
tarde para ser
feliz. A felicidade
ainda não é perene
neste estágio em que
vivemos no planeta
Terra.
Tristeza ainda faz
parte do cardápio
egoísta dos
Espíritos em
desenvolvimento
educacional,
disciplinar, ético e
moral. Somos
vulneráveis,
portanto,
receptíveis às
vicissitudes que o
mundo mundano e as
pessoas
inconsequentes nos
impingem como fator
salutar. A partir do
momento em que
caírem na realidade
de que a verdadeira
arte de viver está
em construir-se algo
que seja mais
duradouro do que a
sua própria
existência
encarnada, as
mudanças
comportamentais irão
brotar naturalmente;
as injunções
perniciosas de
terceiro tornam-se
infrutíferas e as
banalidades humanas
e sociais serão
encaradas como algo
de somenos
importância, porque
a felicidade
começará a reinar
naturalmente.