SIMONE M. DE
ALMEIDA PRADO
simone.aprado@yahoo.com
Orlândia, SP
(Brasil)
Kardec, sempre
Assim como todas
as ciências têm
suas bases,
pontos de
partida sem os
quais qualquer
conhecimento
sucumbe por
carência de
fundamentação, a
ciência espírita
tem suas
bases sedimentadas
a codificação
feita por Allan Kardec. A
observação e a
experimentação, aliadas
aos métodos
dedutivo e
indutivo,
perpassados pelo
crivo
indispensável da
razão, foram os
instrumentos consagrados
pelo codificador
para sustentar
o grandioso
edifício da Doutrina
Espírita.
Como o próprio
nome diz, a
Doutrina é dos
Espíritos. Kardec,
orientado pelos
Espíritos
Superiores, reuniu
magistralmente
os ensinamentos
dos
Espíritos, conjugando
ciência,
filosofia e
religião,
conferindo força
e
autoridade à Doutrina. Daí
concluirmos que
não há
Espiritismo sem
as obras
codificadas por Kardec. E
isso está claro
como água
cristalina, ao
menos para os
que
compreenderam as
obras básicas.
Todavia, muito
se proclama que
Kardec vivia em
outros tempos,
que usou a
terminologia e
os conceitos de
sua época, por
isso seu
trabalho, no
todo ou em
parte, jaz
ultrapassado. De
tão equivocada e
pretensiosa
alegação, surgem
ideias cada vez
mais audaciosas.
Todas, portanto,
nascidas da
incompreensão do
Espiritismo, o
grande
desconhecido,
como dizia J.
Herculano
Pires. Ao sabor
de levianas
interpretações,
as bases sofrem
sérios abalos e
rupturas. Um
erro abre espaço
a erros ainda
maiores e assim,
pouco a
pouco, caminha-se
para a extinção
completa dos
ensinamentos
principais. Não
há conhecimento
real que
encontre suporte
confiável
partindo de
premissas
distantes da
razão, que o bom
senso recomenda.
E bom senso pede
coerência com os
preceitos contidos
na codificação,
a fim de evitar
que misticismos
e engodos, que
tanto dificultam
a marcha
do progresso,
sufoquem a boa
semente, como
foi feito com o
Cristianismo
em outros
tempos. Nem
mesmo
a caridade, que
no Espiritismo
encontra seu
verdadeiro significado
à luz das
palavras do
Cristo, autoriza a
cumplicidade com
o erro, com os
desvios em nome
dessa virtude.
Não há dúvidas
de que o
Espiritismo,
tendo sua
natureza
progressiva,
evoluirá. No
entanto, é
indispensável
compreender
que essa
evolução não
dispensa as
bases traçadas pelos
Espíritos
Superiores
e codificadas
por Allan
Kardec. Aceitar
práticas
e "novas
revelações"
estranhas e
incoerentes
com os
ensinamentos
espíritas
equivale a
negligenciar todo
o
trabalho arquitetado
minuciosamente nos
Planos
Superiores.
A Terceira
Revelação
restaura os
ensinamentos
puros de Jesus,
comprometidos
com a
Verdade plena e
destinados
a libertar as
consciências das
trevas da
ilusão. Toda e
qualquer revelação
nova,
portanto, será
acrescentada pela Espiritualidade
Maior, no devido
tempo, de forma
a
jamais desdizer o
que
fora demonstrado
sob
a supervisão do
Governador do
planeta, nosso
Mestre
Jesus. Por isso
o trabalho de
Kardec nunca
será
ultrapassado,
pois dele a
Espiritualidade
se serviu para
relembrar os
ensinamentos
cristãos na sua
mais fiel
interpretação.