MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Ação e Reação
André Luiz
(Parte
20)
Damos continuidade nesta edição
ao
estudo da obra
Ação e Reação,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1957 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. No Templo da Mansão
uma mulher orava a Maria
de Nazaré. Tais
rogativas chegam
realmente ao seu
destino?
Sim. Segundo Silas,
petições semelhantes a
essa elevam-se a planos
superiores e aí são
acolhidas pelos
emissários de Maria de
Nazaré, a fim de serem
examinadas e atendidas,
conforme o critério da
verdadeira sabedoria.
(Ação e Reação, cap. 11,
pp. 157 e 158.)
B. Noutra prece, uma
mulher rogava a proteção
de Santa Teresinha de
Lisieux. A oração
chegaria até ela?
“Como não?”, disse
Silas. "Depois da
morte do corpo –
acentuou o Assistente –,
as criaturas
efetivamente
santificadas encontram
as mais altas quotas de
serviço, na expansão da
luz ou da caridade, do
conhecimento ou da
virtude, de que se
fizeram a fonte viva de
inspiração, quando no
aprendizado humano. O
céu beatífico e estanque
existe apenas na mente
ociosa daqueles que
pretendem progresso sem
trabalho e paz sem
esforço. Tudo é criação,
beleza, aprimoramento,
alegria e luz
incessantes na obra de
Deus, a expressar-se,
divina e infinita,
através daqueles que se
elevam para o Infinito
Amor. Assim pois, o
coração que deixe na
Terra uma sementeira de
fé e abnegação passa a
nutrir, do plano
espiritual, a lavoura
das ideias e dos
exemplos que legou aos
irmãos de luta
evolutiva, lavoura essa
que se expande naqueles
que lhe continuam o
ministério sagrado,
crescendo, assim, em
trabalho e influência
para o bem, no setor de
ação iluminativa e
santificante que o
Senhor lhe confia."
(Obra citada, cap. 11,
pp. 159 e 160.)
C. Como o Dr. Bezerra de
Menezes pode atender
tantas pessoas ao mesmo
tempo?
O fato é assim explicado
por Silas: "Com mais de
cinquenta anos
consecutivos de serviço
à Causa Espírita, depois
de desencarnado, Adolfo
Bezerra de Menezes fez
jus à formação de
extensa equipe de
colaboradores que lhe
servem à bandeira de
caridade. Centenas de
Espíritos estudiosos e
benevolentes
obedecem-lhe às
diretrizes na lavoura do
bem, na qual opera ele
em nome do Cristo".
Hilário observou que,
desse modo, era fácil
compreendê-lo agindo em
tantos lugares ao mesmo
tempo...
"Perfeitamente",
concordou Silas. "Como
acontece na radiofonia,
em que uma estação
emissora está para os
postos de recepção,
assim qual uma só cabeça
pensante para milhões de
braços, um grande
missionário da luz, em
ação no bem, pode
refletir-se em dezenas
ou centenas de
companheiros que lhe
acatam a orientação no
trabalho ajustado aos
desígnios do Senhor.
Bezerra de Menezes,
invocado carinhosamente,
em tantas instituições e
lares espíritas, ajuda
em todos eles,
pessoalmente ou por
intermédio das
entidades que o
representam com extrema
fidelidade."
(Obra citada, cap. 11,
pp. 160 a 163.)
Texto para leitura
74. A
prece de uma mãe aflita
- André notou que as
entidades em prece se
alinhavam ali em
posições diversas, uma
vez que algumas se
mantinham de pé ou
sentadas, enquanto que a
maioria se punha de
joelhos. Silas explicou
que, desde que o
respeito mútuo fosse
necessariamente
guardado, todos podiam
orar como melhor lhes
aprouvesse. E,
indicando certa senhora
que chorava,
pacientemente genuflexa,
diante de nicho próximo,
sugeriu a André e
Hilário que se postassem
perto dela, em sua
retaguarda, para
observarem as imagens
que ela criava em seu
processo pessoal de
oração. Envolvendo-a nas
vibrações de sua
simpatia, André passou
a assimilar-lhe a faixa
mental e percebeu,
então, linda tela a se
desdobrar à visão, qual
se emergisse da parede.
Era a reprodução viva da
formosa escultura de
Teixeira Lopes,
representando a Mãe
Santíssima chorando o
Divino Filho morto... As
frases inarticuladas da
veneranda irmã em prece
ressoaram também aos
seus ouvidos: "Mãe
Santíssima, Divina
Senhora da Piedade,
compadece-te de meus
filhos que vagueiam nas
trevas!... Por amor de
teu filho sacrificado na
cruz, ajuda-me o
espírito sofredor para
que eu possa
ajudá-los... Bem sei
que, por sinistro apego
às posses materiais, não
vacilaram em abraçar o
crime. Em verdade,
Senhora, são eles
homicidas infortunados
que a justiça terrestre
não conheceu... Por isso
mesmo, padecem com mais
intensidade o drama nas
próprias consciências,
enleadas à culpa..."
Silas informou: "É uma
pobre mãe desencarnada
que roga pelos filhos
transviados nas sombras.
Invoca a proteção de
nossa Mãe Santíssima,
sob a representação de
Senhora da Piedade,
segundo a fé que o seu
coração pode, por
enquanto, albergar, no
âmbito das recordações
trazidas do mundo..." A
imagem projetada era uma
criação dela mesma,
reflexo de seus próprios
pensamentos, que se
ajustavam à matéria
sensível do nicho,
plasmando a imagem
colorida que lhe
correspondia aos
desejos. "Petições
semelhantes a esta –
informou Silas –
elevam-se a planos
superiores e aí são
acolhidas pelos
emissários da Virgem de
Nazaré, a fim de serem
examinadas e atendidas,
conforme o critério da
verdadeira sabedoria."
(Capítulo 11, pp. 157 e
158)
75. O pedido a uma
santa - Entre os
diversos devotos que ali
se encontravam, havia
uma senhora que exorava
a proteção de Teresinha
de Lisieux, a doce monja
do Carmelo, desencarnada
na França em 1897. A
mensagem dela alcançaria
o coração da famosa
freira? "Como não?",
respondeu Silas.
"Depois da morte do
corpo – acentuou o
Assistente –, as
criaturas efetivamente
santificadas encontram
as mais altas quotas de
serviço, na expansão da
luz ou da caridade, do
conhecimento ou da
virtude, de que se
fizeram a fonte viva de
inspiração, quando no
aprendizado humano. O
céu beatífico e estanque
existe apenas na mente
ociosa daqueles que
pretendem progresso sem
trabalho e paz sem
esforço. Tudo é criação,
beleza, aprimoramento,
alegria e luz
incessantes na obra de
Deus, a expressar-se,
divina e infinita,
através daqueles que se
elevam para o Infinito
Amor. Assim pois, o
coração que deixe na
Terra uma sementeira de
fé e abnegação passa a
nutrir, do plano
espiritual, a lavoura
das ideias e dos
exemplos que legou aos
irmãos de luta
evolutiva, lavoura essa
que se expande naqueles
que lhe continuam o
ministério sagrado,
crescendo, assim, em
trabalho e influência
para o bem, no setor de
ação iluminativa e
santificante que o
Senhor lhe confia." E se
a alma julgada santa
pelos homens não for
realmente santa no
Plano da Verdade? As
preces que lhe sejam
dirigidas atingirão os
objetivos visados? "Sim
– aclarou o Assistente
–; as orações podem não
encontrar, de imediato,
o Espírito a que se
destinam, mas
alcançam-lhe o grupo de
companheiros a que
deveria ajustar-se e
que, amorosamente, o
substituem na obra
assistencial do bem, em
nome do Senhor, visto
que, na realidade, todo
amor na Criação Eterna é
de Deus." Silas
explicou, ainda, que o
espírito das
congregações religiosas
não permanece vivo nas
Esferas Mais Altas, tal
como o sectarismo
terrestre o concebe,
visto que, quanto mais
se eleva aos cimos da
vida, mais a alma se
despe das convenções
humanas, aprendendo que
a Providência é luz e
amor para todos.
(Capítulo 11, pp. 159 e
160)
76. O Parlatório
- Silas sugeriu aos
amigos observassem com
atenção certa senhora
que, não distante deles,
se mantinha em prece.
Procurando
assimilar-lhe a faixa
mental, logo que
estabelecida a sintonia
André percebeu no nicho
a imagem viva e
simpática do Dr. Bezerra
de Menezes, ao mesmo
tempo em que ouvia a
súplica da companheira
desolada: "Doutor
Bezerra, por amor de
Jesus, não abandones meu
pobre Ricardo nas
trevas da
desesperação!... Meu
esposo infeliz atravessa
rudes provas!... Ó
generoso amigo,
socorre-nos! Não
permitas que ele desça
ao abismo do suicídio...
Dá-lhe coragem e
paciência, sustenta-lhe
o bom ânimo!... As
dificuldades e as
lágrimas que o afligem
no mundo caem sobre
minhalma como chuva de
fel!..." O santuário
servia, pois, à oração
digna de adeptos de
todas as crenças.
Naquele caso o Espírito
invocado era o bondoso
"Médico dos Pobres",
sobre quem Silas
informou: "Com mais de
cinquenta anos
consecutivos de serviço
à Causa Espírita, depois
de desencarnado, Adolfo
Bezerra de Menezes fez
jus à formação de
extensa equipe de
colaboradores que lhe
servem à bandeira de
caridade. Centenas de
Espíritos estudiosos e
benevolentes
obedecem-lhe às
diretrizes na lavoura do
bem, na qual opera ele
em nome do Cristo".
Hilário observou que,
desse modo, era fácil
compreendê-lo agindo em
tantos lugares ao mesmo
tempo...
"Perfeitamente",
concordou Silas. "Como
acontece na radiofonia,
em que uma estação
emissora está para os
postos de recepção,
assim qual uma só cabeça
pensante para milhões de
braços, um grande
missionário da luz, em
ação no bem, pode
refletir-se em dezenas
ou centenas de
companheiros que lhe
acatam a orientação no
trabalho ajustado aos
desígnios do Senhor.
Bezerra de Menezes,
invocado carinhosamente,
em tantas instituições e
lares espíritas, ajuda
em todos eles,
pessoalmente ou por
intermédio das
entidades que o
representam com extrema
fidelidade." À saída do
Templo, André notou que
a claridade ambiente se
apagava quase que de
chofre, a poucos metros
do pórtico, em face do
impacto tremendo das
sombras circundantes.
No enorme átrio,
adensava-se turba
imensa... Grupos
diversos conversavam em
alta voz... Havia ali
quem chorasse, quem
deprecasse, quem
gemesse... A visão de
André, ainda não
adaptada, mal
registrava os contornos
da grande multidão, mas
podiam-se ouvir com
precisão palavras e
gritos, rogativas
ardentes e
desconsoladores
apelos... Era o
Parlatório da Mansão,
aonde comparecem grandes
fileiras de almas
sinceras e sofredoras,
porém envolvidas em
profundo desespero, a
inibir-lhes as vantagens
da oração pacífica...
Silas comentou: "Neste
grande recinto, dedicado
à palavra livre,
encontramos realmente a
nossa divisa
vibratória... Além dele,
é a dor inconformada e
terrível, gerando
monstruosidade e
desequilíbrio a
exprimirem o inferno da
interpretação religiosa
comum; no entanto, muros
a dentro de nossa casa,
é a dor paciente e
compreensiva, criando
renovação e reajuste
para o caminho dos
Céus..." (Capítulo 11,
pp. 160 a 163)
(Continua no próximo
número.)