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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 220 - 31 de Julho de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Ação e Reação

André Luiz

(Parte 20)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. No Templo da Mansão uma mulher orava a Maria de Nazaré. Tais rogativas chegam realmente ao seu destino?

Sim. Segundo Silas, petições semelhantes a essa elevam-se a planos superiores e aí são acolhidas pelos emissá­rios de Maria de Nazaré, a fim de serem examinadas e atendidas, con­forme o critério da verdadeira sabedoria.  (Ação e Reação, cap. 11, pp. 157 e 158.)

B. Noutra prece, uma mulher rogava a proteção de Santa Teresinha de Lisieux. A oração chegaria até ela?

“Como não?”, disse Silas.  "Depois da morte do corpo – acentuou o Assistente –, as criaturas efetivamente santificadas encontram as mais altas quotas de serviço, na expansão da luz ou da caridade, do conhecimento ou da virtude, de que se fizeram a fonte viva de inspiração, quando no aprendizado humano. O céu beatífico e estanque existe apenas na mente ociosa daqueles que pretendem progresso sem trabalho e paz sem esforço. Tudo é criação, beleza, aprimoramento, alegria e luz incessan­tes na obra de Deus, a expressar-se, divina e infinita, através daque­les que se elevam para o Infinito Amor. Assim pois, o coração que deixe na Terra uma sementeira de fé e abnegação passa a nutrir, do plano espiritual, a lavoura das ideias e dos exemplos que legou aos irmãos de luta evolutiva, lavoura essa que se expande naqueles que lhe continuam o ministério sagrado, crescendo, assim, em trabalho e in­fluência para o bem, no setor de ação iluminativa e santificante que o Senhor lhe confia." (Obra citada, cap. 11, pp. 159 e 160.)

C. Como o Dr. Bezerra de Menezes pode atender tantas pessoas ao mesmo tempo?

O fato é assim explicado por Silas: "Com mais de cinquenta anos consecutivos de serviço à Causa Espírita, depois de desencarnado, Adolfo Bezerra de Menezes fez jus à formação de extensa equipe de colaboradores que lhe servem à bandeira de caridade. Centenas de Espíritos estudiosos e benevolentes obedecem-lhe às diretrizes na lavoura do bem, na qual opera ele em nome do Cristo". Hilário observou que, desse modo, era fácil compreendê-lo agindo em tantos lugares ao mesmo tempo... "Perfeitamente", concordou Silas. "Como acontece na radiofonia, em que uma estação emissora está para os postos de recepção, assim qual uma só cabeça pensante para milhões de braços, um grande missionário da luz, em ação no bem, pode refletir-se em dezenas ou centenas de companheiros que lhe acatam a orientação no trabalho ajustado aos desígnios do Senhor. Bezerra de Menezes, invocado carinhosamente, em tantas instituições e lares espí­ritas, ajuda em todos eles, pessoalmente ou por intermédio das entida­des que o representam com extrema fidelidade." (Obra citada, cap. 11, pp. 160 a 163.) 

Texto para leitura 

74. A prece de uma mãe aflita - André notou que as entidades em prece se alinhavam ali em posições diversas, uma vez que algumas se mantinham de pé ou sentadas, enquanto que a maioria se punha de joe­lhos. Silas explicou que, desde que o respeito mútuo fosse necessaria­mente guardado, todos podiam orar como melhor lhes aprouvesse. E, in­dicando certa senhora que chorava, pacientemente genuflexa, diante de nicho próximo, sugeriu a André e Hilário que se postassem perto dela, em sua retaguarda, para observarem as imagens que ela criava em seu processo pessoal de oração. Envolvendo-a nas vibrações de sua simpa­tia, André passou a assimilar-lhe a faixa mental e percebeu, então, linda tela a se desdobrar à visão, qual se emergisse da parede. Era a reprodução viva da formosa escultura de Teixeira Lopes, representando a Mãe Santíssima chorando o Divino Filho morto... As frases inarticu­ladas da veneranda irmã em prece ressoaram também aos seus ouvidos: "Mãe Santíssima, Divina Senhora da Piedade, compadece-te de meus fi­lhos que vagueiam nas trevas!... Por amor de teu filho sacrificado na cruz, ajuda-me o espírito sofredor para que eu possa ajudá-los... Bem sei que, por sinistro apego às posses materiais, não vacilaram em abraçar o crime. Em verdade, Senhora, são eles homicidas infortunados que a justiça terrestre não conheceu... Por isso mesmo, padecem com mais intensidade o drama nas próprias consciências, enleadas à culpa..." Silas informou: "É uma pobre mãe desencarnada que roga pe­los filhos transviados nas sombras. Invoca a proteção de nossa Mãe Santíssima, sob a representação de Senhora da Piedade, segundo a fé que o seu coração pode, por enquanto, albergar, no âmbito das recor­dações trazidas do mundo..." A imagem projetada era uma criação dela mesma, reflexo de seus próprios pensamentos, que se ajustavam à maté­ria sensível do nicho, plas­mando a imagem colorida  que lhe correspon­dia aos desejos. "Petições semelhantes a esta – informou Si­las – elevam-se a planos superiores e aí são acolhidas pelos emissá­rios da Virgem de Nazaré, a fim de serem examinadas e atendidas, con­forme o critério da verdadeira sabedoria." (Capítulo 11, pp. 157 e 158) 

75. O pedido a uma santa - Entre os diversos devotos que ali se encontravam, havia uma senhora que exorava a proteção de Teresinha de Lisieux, a doce monja do Carmelo, desencarnada na França em 1897. A mensagem dela alcançaria o coração da famosa freira? "Como não?", res­pondeu Silas.  "Depois da morte do corpo – acentuou o Assistente –, as criaturas efetivamente santificadas encontram as mais altas quotas de serviço, na expansão da luz ou da caridade, do conhecimento ou da virtude, de que se fizeram a fonte viva de inspiração, quando no aprendizado humano. O céu beatífico e estanque existe apenas na mente ociosa daqueles que pretendem progresso sem trabalho e paz sem esforço. Tudo é criação, beleza, aprimoramento, alegria e luz incessan­tes na obra de Deus, a expressar-se, divina e infinita, através daque­les que se elevam para o Infinito Amor. Assim pois, o coração que deixe na Terra uma sementeira de fé e abnegação passa a nutrir, do plano espiritual, a lavoura das ideias e dos exemplos que legou aos irmãos de luta evolutiva, lavoura essa que se expande naqueles que lhe continuam o ministério sagrado, crescendo, assim, em trabalho e in­fluência para o bem, no setor de ação iluminativa e santificante que o Senhor lhe confia." E se a alma julgada santa pelos homens não for re­almente santa no Plano da Verdade? As preces que lhe sejam dirigidas atingirão os objetivos visados? "Sim – aclarou o Assistente –; as orações podem não encontrar, de imediato, o Espírito a que se desti­nam, mas alcançam-lhe o grupo de companheiros a que deveria ajustar-se e que, amorosamente, o substituem na obra assistencial do bem, em nome do Senhor, visto que, na realidade, todo amor na Criação Eterna é de Deus." Silas explicou, ainda, que o espírito das congregações religio­sas não permanece vivo nas Esferas Mais Altas, tal como o sectarismo terrestre o concebe, visto que, quanto mais se eleva aos cimos da vida, mais a alma se despe das convenções humanas, aprendendo que a Providência é luz e amor para todos. (Capítulo 11, pp. 159 e 160) 

76. O Parlatório - Silas sugeriu aos amigos observassem com aten­ção certa senhora que, não distante deles, se mantinha em prece. Pro­curando assimilar-lhe a faixa mental, logo que estabelecida a sintonia André percebeu no nicho a imagem viva e simpática do Dr. Bezerra de Menezes, ao mesmo tempo em que ouvia a súplica da companheira deso­lada: "Doutor Bezerra, por amor de Jesus, não abandones meu pobre Ri­cardo nas trevas da desesperação!... Meu esposo infeliz atravessa ru­des provas!... Ó generoso amigo, socorre-nos! Não permitas que ele desça ao abismo do suicídio... Dá-lhe coragem e paciência, sustenta-lhe o bom ânimo!... As dificuldades e as lágrimas que o afligem no mundo caem sobre minhalma como chuva de fel!..." O santuário servia, pois, à oração digna de adeptos de todas as crenças. Naquele caso o Espírito invocado era o bondoso "Médico dos Pobres", sobre quem Silas informou: "Com mais de cinquenta anos consecutivos de serviço à Causa Espírita, depois de desencarnado, Adolfo Bezerra de Menezes fez jus à formação de extensa equipe de colaboradores que lhe servem à bandeira de caridade. Centenas de Espíritos estudiosos e benevolentes obedecem-lhe às diretrizes na lavoura do bem, na qual opera ele em nome do Cristo". Hilário observou que, desse modo, era fácil compreendê-lo agindo em tantos lugares ao mesmo tempo... "Perfeitamente", concordou Silas. "Como acontece na radiofonia, em que uma estação emissora está para os postos de recepção, assim qual uma só cabeça pensante para milhões de braços, um grande missionário da luz, em ação no bem, pode refletir-se em dezenas ou centenas de companheiros que lhe acatam a orientação no trabalho ajustado aos desígnios do Senhor. Bezerra de Menezes, invocado carinhosamente, em tantas instituições e lares espí­ritas, ajuda em todos eles, pessoalmente ou por intermédio das entida­des que o representam com extrema fidelidade." À saída do Templo, An­dré notou que a claridade ambiente se apagava quase que de chofre, a poucos metros do pórtico, em face do impacto tremendo das sombras cir­cundantes. No enorme átrio, adensava-se turba imensa... Grupos diver­sos conversavam em alta voz... Havia ali quem chorasse, quem depre­casse, quem gemesse... A visão de André, ainda não adaptada, mal re­gistrava os contornos da grande multidão, mas podiam-se ouvir com pre­cisão palavras e gritos, rogativas ardentes e desconsoladores ape­los... Era o Parlatório da Mansão, aonde comparecem grandes fileiras de almas sinceras e sofredoras, porém envolvidas em profundo deses­pero, a inibir-lhes as vantagens da oração pacífica... Silas comentou: "Neste grande recinto, dedicado à palavra livre, encontramos realmente a nossa divisa vibratória... Além dele, é a dor inconformada e terrí­vel, gerando monstruosidade e desequilíbrio a exprimirem o inferno da interpretação religiosa comum; no entanto, muros a dentro de nossa casa, é a dor paciente e compreensiva, criando renovação e reajuste para o caminho dos Céus..." (Capítulo 11, pp. 160 a 163)  (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita