MARCELO
DAMASCENO DO
VALE
marcellus.vale@gmail.com
São Bento do
Sul, SC
(Brasil)
Único e
onipotente
Deus é único. Se
muitos deuses
houvesse, não
haveria unidade
de vistas, nem
unidade de poder
na ordenação do
Universo. Deus é
onipotente. Ele
o é porque é
único. Se não
dispusesse do
soberano poder,
algo haveria
mais poderoso ou
tão poderoso
quanto ele, que
então não teria
feito todas as
coisas. As que
não houvesse
feito seriam
obra de outro
Deus.
(Comentários à
questão 13 de O
Livro dos
Espíritos.)
E se os deuses
da mitologia
grega realmente
existissem e a
partir do monte Olimpo
comandassem o
destino da
Terra? Qual
deles seria o
maior, o
governante
supremo, aquele
que daria as
ordens
essenciais e
manteria o
equilíbrio?
Conforme a
mitologia, Zeus
seria o
principal,
contudo outros
estavam sempre à
espreita para
tomar o poder;
Crono,
juntamente com
os titãs,
batalhou com
Zeus por 10
anos. Zeus ainda
lutaria pelo
poder com
Tifão.
Na animação
Hércules, dos
estúdios Disney,
Hades liberta os
titãs para
tentar tomar o
trono de Zeus,
sem sucesso. O
cinema ainda nos
trouxe uma rixa
entre Zeus e
Poseidon no
filme Percy
Jacson e o
ladrão de raios;
por muito pouco
não houve uma
batalha entre os
deuses.
É certo que a
divisão de
soberania – um
reina nos
infernos, outro
nos mares, ainda
outro acolá –
limita não
somente o campo
de ação, mas
também os
poderes de cada
deus.
A conquista da
ideia do Deus
único e soberano
em todo o
universo foi uma
das maiores
evoluções do
pensamento
humano e,
conforme Léon
Denis, a
unicidade de
comando no
Universo
demonstra o
soberano poder
de Deus:
Tudo se resume
em um poder
único e
primordial,
motor eterno e
universal, ao
qual se dão
nomes diversos e
é apenas o
Pensamento, a
Vontade divina.
Suas vibrações
animam o
Infinito! Todos
os seres, todos
os mundos se
banham no oceano
das irradiações
que emanam do
inesgotável
foco.
1
Allan Kardec
sintetiza em
A Gênese:
A unicidade de
Deus é
consequência do
fato de serem
infinitas as
suas perfeições.
Não poderia
existir outro
Deus, salvo sob
a condição de
ser igualmente
infinito em
todas as coisas,
visto que, se
houvesse entre
eles a mais
ligeira
diferença, um
seria inferior
ao outro,
subordinado ao
poder desse
outro e, então,
não seria Deus.
Se houvesse
entre ambos
igualdade
absoluta, isso
equivaleria a
existir, de toda
eternidade, um
mesmo
pensamento, uma
mesma vontade,
um mesmo poder.
Confundidos
assim, quanto à
identidade, não
haveria, em
realidade, mais
que um único
Deus. Se cada um
tivesse
atribuições
especiais, um
não faria o que
o outro fizesse;
mas, então, não
existiria
igualdade
perfeita entre
eles, pois que
nenhum possuiria
a autoridade
soberana.
2
Deus único e
poderoso, origem
de tudo que
existe. Desde a
pequenina
bactéria até a
gigante baleia.
Da minúscula
poeira cósmica
até os
aglomerados de
galáxias, a ti
Senhor,
cantamos:
Tu és soberano
sobre a terra
Sobre os céus tu
és Senhor
Absoluto
Tudo que existe
e acontece
Tu sabes muito
bem
Tu és tremendo.
3
Referências:
1. O Grande
Enigma, de Léon
Denis, cap. 2.
2. A Gênese, de
Allan Kardec,
cap.
II, item 16.
3. Corinho
evangélico.