JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte,
MG
(Brasil)
Nós somos deuses
mais amados por
Deus do que
Ele por nós
Para o Nazareno,
Deus é Pai Dele
e de todos nós.
E é assim que
oramos no Pai
Nosso. E Deus é
maior do que
Jesus (João
14:28), que
reclamou com
seus discípulos,
dizendo: “Por
que me chamais
bom? Ninguém é
bom, senão um
só, que é Deus”
(Marcos 10:18).
E o Mestre dos
mestres jamais
ensinou que Ele
era Deus, mas
sempre que Ele
era apenas Filho
de Deus, e que
nós também o
somos. E Paulo
afirma de modo
categórico que
Jesus não é
mesmo Deus: “Há
um só Deus e um
só Mediador
entre Deus e os
homens, Cristo
Jesus, homem” (1 Timóteo 2: 5).
Mas, se até nós
somos chamados
pela Bíblia de
deuses (Salmo
82:6; e João
10:34), por que
Jesus não
poderia ser
também Deus?
Podemos dizer
que há dois
tipos de deuses:
o absoluto,
único, e que
Jesus chamou de
seu Pai e nosso
Pai, e os
inúmeros deuses
relativos, que
somos todos nós,
inclusive Jesus.
E Deus habita em
nós (Romanos
8:8). E em Jesus
a Divindade
habitou
plenamente
(Colossenses
2:9), ou seja, o
máximo possível
que Deus pode
habitar em um
ser humano. Isso
mesmo mostra que
Jesus não é Deus
absoluto, pois
Deus habitou
também Nele,
como habita em
nós. De fato, há
um só Deus
absoluto, o Pai,
que os orientais
denominam de
Brâman, enquanto
que, para eles,
os orientais, os
outros deuses
são secundários
(relativos), o
que nos mostra
que, na verdade,
os orientais não
são politeístas,
como foi
ensinado pelos
teólogos
ocidentais
antigos, mas
monoteístas. Os
orientais
destacam a
magnitude de
Brâman, dizendo
até que Dele
nada pode ser
dito e que é o
Único.
Como ficam os
teólogos
ocidentais
diante disso,
insistindo em
que Jesus é Deus
e que, também, o
Espírito Santo o
é? Quais
teólogos seriam
politeístas, os
orientais ou os
ocidentais? Que
os teólogos
ocidentais de
hoje,
corajosamente,
reflitam sobre
esse imbróglio
que seus colegas
do passado
criaram, o que,
ao longo dos
séculos,
lamentavelmente,
vem prejudicando
seriamente o
cristianismo,
mormente agora
no Terceiro
Milênio, quando
a teologia não
pode mais ir de
encontro à
ciência e à
razão, ou seja,
à verdade, pois
chegou a hora de
todos saberem o
que é o
conhecimento da
verdade que nos
libertará (João
8:32).
Deixando de lado
os pormenores
teológicos sobre
a adoração,
dizemos que ela
é uma ação de
amor máximo à
Divindade.
Adoração
deriva-se de
duas palavras
latinas: “ad”,
preposição que
significa “junto
de”, e “oratione”,
do ablativo
latino, e que
quer dizer
“oração”.
Adoração tem,
pois, pela
etimologia, o
significado de
“oração junto
de”, no caso, de
Deus. Porém
tomemo-la
simplesmente por
amor. Mas a
nossa capacidade
de amar a Deus é
finita,
limitada.
Ademais, por
sermos
imperfeitos, nós
nunca fazemos o
máximo que
podemos fazer em
nossas
atividades,
quaisquer que
sejam elas. Daí
amarmos mal a
Deus.
E estamos diante
de paradoxos.
Como Deus nos
ama também
infinitamente,
isto é, sem
medida, Ele nos
ama mais do que
nós O amamos com
nosso amor
finito e
imperfeito,
quando nós é que
deveríamos amar
mais a Deus do
que Ele nos ama.
Religião é
também um meio
de amar a Deus,
a nós e aos
nossos
semelhantes.
Então, é como se
Deus tivesse
também uma
religião, pois
Ele, Deus, se
ama a si
próprio, como
Ele nos ama a
nós seus
semelhantes.
Mas, se o amor
de Deus para
conosco é também
infinito, ou
seja, sem
medida, é como
se Ele próprio
estivesse sendo
idólatra!