Entrevista: Ana
Lúcia Akemi
Sakurai
A doutrina
espírita em face
da cultura
japonesa
A confreira
brasileira, há
muito radicada
na Japão, fala
sobre as
dificuldades de
divulgar o
Espiritismo em
terras
japonesas
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Espírita desde
os 15 anos e
natural de
Parintins-AM,
Ana Lúcia Akemi
Sakurai
(foto)
reside no Japão
há 16 anos.
Professora
aposentada no
Brasil, onde era
vinculada ao
Centro Espírita
Boa Nova e ao
Grupo de
Assistência
Espiritual
Eurípedes
Barsanulfo, de
Brasília-DF, ela
nos conta sua
experiência com
a divulgação
espírita em
terras japonesas
e seu trabalho
no Grupo de
Estudo
Espiritual Dr.
Richard Dwannees
Stan, ali
fundado em julho
do ano passado.
Quando surgiu o
grupo Dr.
Richard Dwannees
Stan e
por que
esse
|
nome?
O Grupo de
Estudo
Espiritual Dr.
Richard
Dwannees Stan
foi fundado no
dia 4 de julho
de 2010. Ele
surgiu porque
nós trouxemos
conosco, para o
Japão, a ideia
de seguirmos a
Seara do Bem do
Nosso Mestre
Jesus. Para
concretizar essa
ideia levamos 16
anos depois de
instalados no
Japão. Trouxemos
a experiência de
Palmelo-GO. Dr.
Ricardo é um
Espírito
desencarnado na
Segunda Grande
Guerra e que nos
assiste as
tarefas.
|
Somente
brasileiros
participam do
Grupo?
Sim. Por
enquanto todos
participantes
são de
nacionalidade
brasileira.
Há programação
regular de
atividade
semanal?
Sim. Funcionamos
aos domingos das
10 às 12 horas.
Temos a
Evangelização
Infantil,
passes, estudo
dos livros
básicos de
Kardec, e
estamos
iniciando a
prática
mediúnica, com
exercícios de
psicografia.
O contato com o
Brasil tem
auxiliado na
divulgação
espírita no
país?
Sim, temos tido
grandes
benefícios com a
experiência
brasileira.
Há muitos grupos
espíritas no
Japão? E há
intercâmbio
entre eles?
Na Província
Toyama, onde
residimos, há
somente o nosso
grupo. No país
temos vários e
procuramos, sim,
manter
intercâmbio.
Há obras
espíritas
traduzidas para
o idioma
japonês?
Temos O
Evangelho
segundo o
Espiritismo
traduzido pelo
Sr. Tomo,
espírita
praticante, que
é japonês e fala
português. Temos
também O
Livro dos
Espíritos,
mas traduzido
por autor que
desconhecemos.
A cultura
japonesa influi
na divulgação do
Espiritismo?
Influi, e muito.
Por ser um país
que não tem
conhecimento do
Espiritismo, é
um pouco difícil
implantar uma
divulgação da
doutrina
espírita mais
eficiente.
É verdade que no
Japão em geral
se aceita a
ideia
reencarnacionista?
Quanto ao povo
japonês, sim. A
maioria parece
acreditar em
reencarnação,
porém na
prática, como
não tem
conhecimento
profundo sobre o
assunto, existe
alguma
resistência.
Isso talvez seja
a causa de
muitos suicídios
por aqui.
Há algo mais que
gostaria de
acrescentar?
Sim. Nós que
estamos num país
longínquo, que
trazemos o
conhecimento
espírita, mesmo
dentro das
dificuldades
diversas,
gostaríamos de
auxiliar nossos
irmãos que
desconhecem o
que a doutrina
espírita nos
fala sobre a
existência de
Deus e a
presença do
Mestre Jesus e
dos amigos
espirituais em
nossa vida.
Queremos
estender-lhes a
mão, para que o
povo japonês
tenha um pouco
de paz e possa
voltar seus
corações para a
realidade que
estamos
atravessando,
que é a
transformação do
planeta Terra.