Viagem
ao
interior
da alma
A
redescoberta
do
sentido
da vida
é um
avanço
histórico
na
busca da
maturidade
psicológica
“Conhece-te
a ti
mesmo.”
(Inscrição
no
Templo
de
Delfos-Grécia.)
Nosso
roteiro
evolutivo
está
assinalado
por
muitas
lutas,
suores e
lágrimas...
Não
podemos,
em
hipótese
alguma,
dispensar
a fé e a
coragem
como
dinamizadores
de nossa
marcha
para o
Mais
Alto.
Não foi
sem
motivo
que
Jesus
tanto
valorizou
a fé.
Daí
ensinar
Emmanuel:
“No
mecanismo
das
realizações
diárias,
não é
possível
esquecer
a
criatura
aquela
expressão
de
confiança
em si
mesma, e
que deve
manter
na
esfera
das
obrigações
que tem
de
cumprir
à face
de Deus.
Os que
vivem na
certeza
das
promessas
divinas
são os
que
guardam
a fé no
poder
relativo
que lhes
foi
confiado
e,
aumentando-o
pelo
próprio
esforço,
prosseguem
nas
edificações
definitivas,
com
vistas à
Eternidade.
Os que,
no
entanto,
permanecem
desalentados
quanto
às suas
possibilidades,
esperando
em
promessas
humanas,
dão a
ideia de
fragmentos
de
cortiça,
sem
finalidade
própria,
ao sabor
das
águas,
sem
roteiro
e sem
ancoradouro.
Naturalmente,
ninguém
poderá
viver na
Terra
sem
confiar
em
alguém
do seu
círculo
mais
próximo;
mas a
afeição,
o laço
amigo, o
calor
das
dedicações
elevadas
não
podem
excluir
a
confiança
em si
mesmo,
diante
do
Criador.
Na
esfera
de cada
criatura
Deus
pode
tudo;
não
dispensa,
porém, a
cooperação,
a
vontade
e a
confiança
do filho
para
realizar.
Por que
te
manterás
indeciso,
se o
Senhor
te
conferiu
este ou
aquele
trabalho
justo?
Faze-o
retamente,
porque
se Deus
tem
confiança
em ti,
para
alguma
coisa,
deves
confiar
em ti
mesmo,
diante
d`Ele”.
Joanna
de
Ângelis
aconselha:
“(...) O
desenvolvimento
dos
valores
éticos e
emocionais
não deve
cessar
nunca,
interrompendo-se
o homem
na
marcha
que o
leva a
alcançar
mais
altos e
expressivos
índices
de
conhecimento,
de
vivência,
de
atividade...
Assim, o
objetivo
é viver
com
consciência
criativa,
sinceridade
e
bondade
no
coração,
tornando
a
existência
um hino
de
louvor
que não
deve
cessar
nem
mesmo
com a
morte
corporal.
Não
consideres
instáveis
estes
tempos,
ante o
programa
que
estabeleceste
para a
tua
autorrealização.
Se não
dispões
de amor
e
coragem
para
sobrepô-los
às
circunstâncias
de tempo
e lugar,
não
estás
edificando
para o
porvir.
Seja
qual for
a tua
idade
cronológica,
concede-te
viver o
encanto
e a
beleza
próprios
que te
são
inerentes,
aplicando
os teus
recursos
nas
metas
psicológicas
e
espirituais
que
deves
atingir.
A tua
idade
ideal é
aquela
que te
propicia
mais
amplas
possibilidades
de
autodescobrimento,
de
autoiluminação
e
serviços
em favor
do bem
geral.
O homem
vem,
pouco a
pouco,
perdendo
o
significado
da vida
e o
senso da
sua
dignidade.
Os
indivíduos
tornam-se
estranhos
a si
próprios,
desinteressados,
sem
identidade...
Integra-te
no
programa
de
ascensão
das
almas.
Participa
das
atividades
gerais,
vinculando-te
ao grupo
social
no qual
te
encontras,
e
contribua
para o
seu
desenvolvimento.
Cultiva
o senso
de humor
e do
riso,
desmanchando
a
carranca
da
insatisfação
e da
cólera.
Preserva-te
como
indivíduo,
não te
deixando
devorar
pelos
apressados.
Mediante
uma
consideração
apreciável
de ti
mesmo,
dar-te-ás
conta
que és
um
indivíduo
atuante,
em uma
realidade
objetiva,
com
metas
definidas,
bem
elaboradas.
Assim te
libertarás
de dois
adversários:
a
ansiedade
e o
vazio.
A
redescoberta
do
sentido
da vida
e da
reumanização
é um
avanço
histórico
na busca
da
maturidade
psicológica,
da
tomada
de consciência
de si
mesmo.
Jesus,
consciente
da
missão
que veio
desempenhar
na
Terra,
conclamou
as
massas à
responsabilidade,
aos
elevados
significados
da vida,
ao mesmo
tempo
buscou a
identidade
de cada
discípulo,
trabalhando
pela sua
humanização
e
insistindo
na
valorização
dos
conceitos
éticos
da
existência,
a fim de
levá-lo
a uma
perfeita
integração
no
programa
libertador
de si
próprio,
primeiro,
e da
sociedade,
depois...
O Seu
triunfo
não
foram os
aplausos,
a
aceitação,
a glória
da
mensagem,
mas a
cruz e o
escárnio,
ensinando
que a
consciência
de si
mesmo
somente
é
conseguida
quando o
homem se
imola
nos
madeiros
das
paixões,
vencendo-as
de pé
com os
braços
abertos
em
atitude
de
fraternidade
amorosa”.