O centro
espírita no
combate ao
suicídio
O Centro
Espírita deve
ser um foco de
luz na Terra,
que clareia
caminhos,
apazigua
corações, cura
feridas da alma,
instrui,
conforta e faz a
criatura
sentir-se num
ambiente
familiar, como
se estivesse em
sua própria casa
em conversa com
amigos queridos,
onde pode falar
de seus dramas,
medos e
angústias, sem
qualquer
constrangimento.
Pode parecer
estranho o
início deste
artigo, mas irei
explicar melhor.
É que na Terra
deparamo-nos com
dores das mais
diversas, e
muita gente
arrefece o
ânimo,
literalmente cai
e se entrega ao
desalento.
Quando isto
ocorre, estão
abertas as
portas para que
a ideia do
suicídio comece
a perseguir a
pessoa.
Trabalhando
neste tema com
mais dois amigos
– o suicídio –,
tema, aliás, que
foi abordado por
Kardec diversas
vezes,
deparamo-nos com
uma infinidade
de casos que nos
entristecem e
mostram a
urgência e
necessidade que
se tem de fazer
ecoar a voz dos
Espíritos por
todos os cantos
deste planeta
para que livre
toda e qualquer
criatura da
ideia de
exterminar a sua
existência.
No presente
texto não iremos
levantar dados,
tampouco nos
aprofundar nas
questões que
levam o sujeito
a tentar colocar
um ponto final
em sua aventura
na Terra. Nosso
intento é o de
apenas sugerir
para que
dirigentes,
diretores e
coordenadores se
reúnam e
procurem alguma
forma de montar
uma central de
atendimento
direcionada ao
público que
acalenta a ideia
do suicídio.
Muitos dirão que
há o atendimento
fraterno e que
os trabalhadores
estão preparados
para desenvolver
tal atividade.
Concordo. Há,
sim, o sublime
trabalho de
atendimento
fraterno. A
própria USE
Intermunicipal
Bauru tem um
grupo competente
que promove
cursos para
diversas casas
espíritas que
querem implantar
o atendimento
fraterno em suas
fileiras.
Todavia,
refiro-me mais
precisamente a
oferecer algo
que seja
específico aos
casos de
suicídio. Seja
atendimento por
telefone, carta
ou e-mail –
muitas vezes a
pessoa fica
constrangida de
comparecer
pessoalmente ao
local –, mas que
os centros
espíritas pensem
seriamente na
proposta de
fornecer um
atendimento
personalizado ao
público que
intenta
exterminar a
própria vida,
como uma espécie
de marketing
antissuicídio.
Pesquisas
apontam: quem
cogita em se
matar não está
apenas falando
da boca para
fora. Pode, sim,
executar a sua
triste
pretensão.
E por qual razão
abordar o
assunto
suicídio?
É que há algum
tempo, por conta
do trabalho na
literatura
espírita, venho
recebendo
e-mails de
pessoas
dispostas a
partir desta
para uma pior.
Uma delas diz
que não mais
aguenta o peso
da existência,
ainda não se
matou por causa
dos pais. Outra
diz que não
aguenta mais a
solidão, enfim,
os relatos são
os mais
diferentes, mas
que em seu bojo
trazem a
tristeza,
insatisfação e
falta de fé da
criatura diante
da existência.
Em face da
procura,
resolvemos
pesquisar e
trabalhar em uma
obra sobre o
suicídio. E
pasmem: os
números são
assustadores,
mas por algumas
razões não os
repassaremos
aqui.
Entretanto, fico
a refletir: É
preciso que
façamos alguma
coisa para
exterminar ou
diminuir o
número de
pessoas que
chegam ao cúmulo
do suicídio. O
Espiritismo tem
as respostas.
Sua divulgação
ajuda? Sim, e
muito.
Entretanto,
pensemos
seriamente em
conversar e
montar uma
central para
trabalhar
especificamente
com esses casos.
Como faremos?
Questão de
planejar. Dará
trabalho? Com
certeza. Todos
sabemos que
precisaremos de
voluntários
capacitados para
identificar e
lidar com o
suicida em
potencial.
Teremos,
portanto, de
buscar
conhecimento
para qualificar
nossos
trabalhadores,
assim como
parcerias, e
visitar
instituições que
já oferecem este
tipo de
trabalho.
Não resta dúvida
de que a
Doutrina
Espírita tem
muito a
colaborar para
que o ser humano
possa ser feliz
o tanto quanto é
possível neste
planeta,
deixando de lado
a nefasta ideia
de atentar
contra a própria
vida.
Vários livros
foram escritos
sobre o tema.
Destaco, pela
linguagem
simples e
acessível, a
obra “Suicídio,
tudo o que você
precisa saber”,
de Richard
Simonetti.
Porém, é preciso
fazer mais.
Pensemos
seriamente
nestas questões.
O desafio está
lançado e o
Espiritismo é um
eficaz antídoto
para os males
humanos que
ameaçam jogar a
criatura no
fundo do poço.