A
invisível
rede da
interatividade
material-espiritual
A
hesitação
em
praticar
o mal é
a voz do
Espírito
bom, a
se fazer
ouvir
pela
consciência
“Os
Espíritos
influem
em nosso
pensamento
a tal
ponto
que, de
ordinário,
são eles
que nos
dirigem.”
- O
Livro
dos
Espíritos
– q.
459.
A
inter-relação
existente
entre o
Mundo
Material
e o
Mundo
Espiritual
é por
demais
ostensiva
para ser
ignorada...
Não é
por ser
invisível
e
transcendental
que deve
ser
negligenciada,
uma vez
que tal
interatividade
afeta a
economia
de nossa
vida,
nos dois
planos
existenciais
que
interagem
sem
cessar.
Assim
como
seremos
conhecidos
e
influenciados
pelas
companhias
que
elegemos,
seremos
também –
igualmente
influenciados
– pelas
companhias
espirituais
compatíveis
com o
nosso
“modus-vivendi”.
Segundo
o nobre
Codificador
da
Doutrina
dos
Espíritos,
“(...)
os
Espíritos
maus
‘farejam’
as
chagas
da alma,
como as
moscas
farejam
as
chagas
do corpo
físico.
Portanto,
assim
como se
limpa o
corpo
para
evitar
os
agentes
deletérios,
também
se deve
limpar a
alma,
para
evitar
os maus
Espíritos”.
Não
sintonizando
com as
vibrações
malsãs
estaremos
guarnecidos
com os
recursos
necessários
que nos
vacinarão
contra o
assédio
dos
Espíritos
maus.
“Assombração
sabe
para
quem
aparece”,
já dizia
sabiamente
o velho
brocardo
popular...
Vivendo
em um
planeta
de
provas e
expiações,
evidentemente
estaremos
sempre
rodeados
por uma
“nuvem
de
testemunhas”,
conforme
asseverou
o nobre
doutor
tarsense,
testemunhas
essas
constituídas
pelos
Espíritos
de
incontáveis
matizes
evolutivos
com
maior
abundância
dos de
baixo
estofo.
Nem
sempre
nossa
vigilância
e bom
padrão
vibracional
nos
colocarão
a salvo
deles,
entretanto,
buscando
sempre a
sintonia
junto
aos
Benfeitores
espirituais,
mais
força
teremos
para
resistir-lhes
às
investidas
tão
prejudiciais
em todos
os
sentidos.
Daí
Jesus
nos
recomendar
com
propriedade:
“Vigiai
e orai
para não
cairdes
em
tentação”.
Ainda
nesse
passo, o
insigne
Codificador
do
Espiritismo
esclarece:
“(...)
Duas
origens
podem
ter
qualquer
pensamento
mau: a
própria
imperfeição
de nossa
alma, ou
uma
funesta
influência
que
sobre
ela se
exerça.
Neste
último
caso, há
sempre
indício
de uma
fraqueza
que nos
sujeita
a
receber
essa
influência.
Há, por
conseguinte,
indício
de uma
alma
imperfeita;
de sorte
que
aquele
que
venha a
falir
não
poderá
invocar
por
escusa a
influência
de um
Espírito
estranho,
visto
que esse
Espírito
não o
teria
arrastado
ao mal
se o
considerasse
inacessível
à
sedução...
Quando
surge em
nós um
mau
pensamento,
podemos,
pois,
imaginar
um
Espírito
maléfico
a nos
atrair
para o
mal,
mas a
cuja
atração
podemos
ceder ou
resistir,
como se
se
tratara
das
solicitações
de uma
pessoa
viva.
Devemos,
ao mesmo
tempo,
imaginar
que, por
seu
lado, o
nosso
Espírito
protetor,
combate
em nós a
influência
e espera
com
ansiedade
a
decisão
que
tomemos.
A nossa
hesitação
em
praticar
o mal é
a voz do
Espírito
bom, a
se fazer
ouvir
pela
nossa
consciência.
Reconhece-se
que um
pensamento
é mau
quando
se
afasta
da
caridade,
que
constitui
a base
da
verdadeira
moral;
quando
tem por
princípio
o
orgulho,
a
vaidade,
ou o
egoísmo;
quando a
sua
realização
pode
causar
qualquer
prejuízo
a
outrem;
quando,
enfim,
nos
induz a
fazer
aos
outros o
que não
quereríamos
que nos
fizessem”.
Portanto,
impossível
será
oferecermos
passividade
aos
Espíritos
maus se
nos
mantivermos
sempre
dentro
de um
padrão
comportamental
situado
dentro
das
abendiçoadas
balizas
do
Evangelho
de
Jesus,
nosso
singularíssimo
“Modelo
e Guia”
maior.
- KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 88. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, q. 625.