LEONARDO QUEIROZ LEITE
leonardo.queirozleite@gmail.com
Franca, SP (Brasil)
Pós-modernidade e a
nova geração
Vivemos os tempos da
pós-modernidade:
consumismo desenfreado,
comunicação instantânea
e tecnologia de ponta
acelerando a vida
humana, ausência de
referenciais éticos,
morte das ideologias,
afrouxamento dos laços
afetivos e
individualismo radical.
Essas são algumas das
características dos
novos tempos
pós-modernos que geram
muitas angústias. Todas
essas mudanças
aceleradas e as crises
que estão ocorrendo nas
várias esferas da vida
humana apontam para o
processo de construção
do mundo de Regeneração,
o qual não pode estar
baseado nos fundamentos
materialistas do nosso
atual e atrasado estágio
evolutivo.
Dada a inadequação atual
dos moldes materialistas
sobre os quais as nossas
sociedades foram
forjadas, é natural que
nos deparemos hoje com
tantas crises na
humanidade, as quais são
um aviso de que algo
definitivamente não vai
bem e necessita de
correções urgentes, em
todas as áreas: no
sistema econômico, na
ciência, na política,
nas relações humanas,
enfim, a humanidade
precisa evoluir para
superar o paradigma
materialista.
Para conduzir esse
processo, precisaremos
de uma nova safra de
líderes com consciência
crítica para realizar as
muitas transformações
necessárias e abrir
caminhos para o
florescimento de novos
paradigmas na ciência,
na economia, na
sociedade, na cultura e
na política, uma vez que
está mais do que
constatado o esgotamento
crítico das antigas
formas do homem se
relacionar com o seu
semelhante e com a
natureza, sendo urgente
uma modificação de
conduta individual e
coletiva. Obviamente,
todas essas mudanças
exigirão a cooperação
dos homens com os
elevados propósitos dos
mentores espirituais que
presidem o processo de
transição da Terra e,
para avançar nessa
construção longa e
complexa, será
absolutamente necessário
o surgimento de uma nova
geração.
Essa nova geração, que
está em parte encarnada
ou em via de encarnar no
momento delicado de
transição, já vem com
uma preparação
específica do mundo
espiritual e sabe da
árdua missão de tomar a
frente desse desafio
civilizacional. Estão
comprometidos com
missões diversas para o
bem coletivo, com o
objetivo de promover as
mudanças necessárias que
estão previstas na Lei
do Progresso. No
entanto, esses Espíritos
renovadores do velho
mundo deverão ir muito
além do aspecto material
e científico para serem
bem-sucedidos em sua
missão com o planeta,
devendo atuar
especialmente na
conscientização e na
espiritualização da
humanidade, para
libertá-la da masmorra
materialista que não nos
permite enxergar além
dos estreitos limites do
mundo material, passando
assim a descortinar, com
os instrumentos da
razão, da filosofia e da
ciência espírita, novos
horizontes para a
integração plena dos
homens encarnados com o
mundo espiritual.
Atualmente, muito se
especula sobre essa nova
geração e suas
características, mas
Allan Kardec, em “A
Gênese”, nos explica
que: “Cabendo-lhe fundar
a era do progresso
moral, a nova geração se
distingue por
inteligência e razão
geralmente precoces,
aliadas ao sentimento
inato do bem e a crenças
espiritualistas, o que
constitui sinal
indubitável de certo
grau de adiantamento
anterior”.
Portanto, não se trata
de uma geração de seres
totalmente evoluídos que
irá promover uma
revolução fantástica na
Terra, mas sim de
Espíritos já
experimentados nas
múltiplas encarnações
terrestres que, mais
maduros e instruídos,
buscam uma remissão do
passado e a construção
do futuro luminoso,
sabedores de que, sem a
evolução moral através
da observância das Leis
Morais, será impossível
a edificação do mundo de
regeneração.