– Sua atividade no campo
espírita, desde o
momento em que você
conheceu o Espiritismo,
prossegue até hoje...
Raul Teixeira:
Até hoje. E com isso já
se vão 44 anos e tenho
essa felicidade de ter
conhecido o Espiritismo
através do Espiritismo.
Não conheci o
Espiritismo através de
médiuns de mediunidade
famosa; eu não me
cerquei dessas coisas,
eu apaixonei-me pelo
Espiritismo, pela ideia,
pela proposta, pela
mensagem. E daí até hoje
tenho muita dificuldade
em admitir que um
movimento espírita possa
enraizar-se quando ele
nasce em redor de
médiuns e de
mediunidade, porque na
medida em que os médiuns
falham, em que os
médiuns se equivocam,
uma vez que são seres
humanos, tudo o que foi
criado em cima deles
desaba junto.
– Claro.
Raul Teixeira:
Quando você se torna
espírita em torno da
doutrina espírita, quem
quiser pode cair, quem
quiser pode levantar-se,
você está com o
Espiritismo. Essa tem
sido a minha felicidade
até hoje de ter começado
pelo Espiritismo e ter
tido muita resistência
por aceitar a
mediunidade em mim;
resisti muito e quem me
ajudou sobremodo nessa
minha fase inicial do
Espiritismo para que eu
aceitasse a mediunidade,
admitisse a mediunidade,
foi Divaldo Franco.
Devo-lhe os diálogos
pacientássemos comigo,
devo-lhe as orientações
que me deu nesse
capítulo, as
oportunidades que ele me
deu de exercitar a minha
mediunidade no grupo
espírita, no Centro
Espírita Caminho da
Redenção, nas suas
reuniões mediúnicas a
convite dele. Tive essa
segurança de saber que
qualquer deslize,
qualquer coisa, ele me
orientaria e me falaria.
Foi só depois dessas
orientações de Divaldo
Franco que eu tive
coragem de me apresentar
como médium
publicamente.
Extraído de entrevista
concedida ao Jornal
de Espiritismo, da
ADEP, Portugal, quando
do 6º Congresso Espírita
Mundial, realizado em
Valência, Espanha, em
outubro de 2010.
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