FRANCISCO
REBOUÇAS
franciscoreboucas@yahoo.com.br
Niterói, RJ (Brasil)
O espírita
diante das
provocações
As provocações
de qualquer
natureza são
doenças
contagiosas,
que, se aceitas,
produzirão
inevitáveis
desequilíbrios e
pesados
desajustes no
meio em que se
alastram, de consequências
imprevisíveis e
de difícil
erradicação.
O provocador é
alguém de mal
consigo mesmo e
com a vida à sua
volta, e, por
essa razão, não
descansa
enquanto não vê
espalhadas em
torno de si as
vibrações
tóxicas do
azedume, do mau
humor, da
anarquia,
irradiando
mal-estar em
tantos quantos
lhe dão acesso.
Sente-se feliz
por provocar
polêmicas e
discussão por
qualquer coisa,
agindo
normalmente com
insensatez,
contrariando a
tudo e a todos
que não se
coadunam com
suas loucas e
irrefletidas
proposições,
demonstrando a
cegueira
espiritual em
que está imerso,
exibindo
abundante
presunção,
achando-se em
qualquer assunto
o portador da
verdade
incontestável.
Considera-se até
mesmo fora de
qualquer
contestação, não
admitindo em
hipótese alguma
ser contrariado,
por quem quer
que seja,
procurando
demonstrar aos
olhos de todos o
quanto não se
preocupa com a
falta de
consideração e
respeito às
opiniões dos
seus opositores.
Sua forma de
polemizar, nada
mais esconde que
a força dos
sentimentos de
frustrações e
fracassos, que
abriga em seu
íntimo, nascida
do despeito, da
inveja, da
mágoa, que se
transforma em
paixão doentia e
danosa a
ferir-lhe o
"amor próprio"
mal-entendido,
produzindo
desarmonia,
trevas e
afastando-o cada
vez mais da luz
e do
esclarecimento,
empobrecendo-o
de bom senso e
discernimento.
Quando te
achares alvo do
fogo das
provocações
desses
insensatos e
infelizes
irmãos, medita
nas desvantagens
que te
acarretarão um
confronto com o
teu provocador,
e desvia tua
atenção para as
coisas que te
possas propiciar
na utilização do
teu tempo de
forma útil,
produtiva,
benéfica, e
procura entender
que de fato é o
doente que
precisa de
médico, como nos
asseverou o
Mestre de
Nazaré, e atende
ao apelo de tua
consciência que
pede respeitar
teu próximo,
amando-o como
ele é, certo de
que a opinião
dos outros sobre
o teu
procedimento
terá o valor que
lhes der.
Assim, evita as
discussões
inúteis, que
nada de positivo
te
proporcionarão,
e adota o
comportamento de
verdadeiro
cristão,
construtor da
paz, espargindo
esperanças,
iluminando as
consciências dos
equivocados do
teu caminho,
agindo como um
legítimo
mensageiro da
boa nova.
Segue o exemplo
do insigne
Codificador do
Espiritismo,
Allan Kardec,
que atacado por
adversários
gratuitos, e
combatido até
mesmo por amigos
que lhe
partilhavam a
convivência, mas
não lhe
correspondiam às
afeições, jamais
se defendeu,
debateu ou
polemizou no
campo da
vulgaridade.
Em todas as
oportunidades
que se dedicou a
responder às
críticas de seus
opositores,
sempre o fez com
equilíbrio,
dignidade,
elevação da
linguagem,
utilizando-se de
argumentação
sólida e clara
com respeito
pelo seu
oponente,
mantendo o nível
da discussão nos
limites das
ideias, não se
utilizando
jamais de termos
agressivos ou
com ofensas para
com quem quer
que fosse.
Jesus, nosso
Modelo e Guia,
constantemente
provocado pelos
inimigos da luz,
manteve-se em
alto padrão de
entendimento e
amor, aplicando
em favor de
todos os
recursos da
compaixão de que
se faziam
carentes.
A tantos quantos
te provocarem
com intuito de
chamar-te à
polêmica,
responde com teu
silêncio e tuas
atitudes
pacíficas e
moderadas, pois
tuas ações
equilibradas e
corretas
desmentirão as
possíveis
acusações de que
te tornares
vítima, sem que
necessites te
envolver em
polêmicas
desnecessárias e
sem proveito.