Uma leitora de Sydney,
Austrália, pergunta-nos se
Jesus é realmente o Espírito
de Verdade que aparece como
autor de algumas mensagens
constantes do livro O
Evangelho segundo o
Espiritismo.
Já tratamos anteriormente
desse assunto, que já
provocou inúmeras discussões
no meio espírita, sem que as
hipóteses formuladas fossem
capazes de satisfazer a
todas as pessoas.
Há confrades respeitáveis em
nosso meio que entendem que
o nome Espírito de Verdade
refere-se a uma
coletividade, a uma plêiade
de Espíritos, mencionando,
como suportes de seu
pensamento, Cairbar Schutel,
Vinícius, Antônio Lima e
Bezerra de Menezes.
Paulo da Silva Neto
Sobrinho, um dos
colaboradores desta revista,
pensa de modo diferente.
Para ele, o Espírito de
Verdade é um pseudônimo
utilizado pelo próprio
mestre Jesus, e fundamenta
essa afirmativa em inúmeras
passagens da Revista
Espírita e de outras obras
respeitáveis. Ressalte-se
que confrades inúmeros
pensam como Paulo Neto, cuja
argumentação é realmente
consistente e capaz de
convencer as mentes mais
exigentes.
Jorge Rizzini, desencarnado
recentemente, entendia de
forma diferente. Segundo
ele, o Espírito de Verdade
nada tem a ver com uma
plêiade, muito menos com
Jesus. Ele seria, sim, um
Espírito familiar de Kardec
que, tendo vivido
anteriormente no planeta,
distinguiu-se como um
ilustre filósofo na
antiguidade.
Embora respeitemos tudo o
que Paulo Neto escreve,
pensamos como Jorge Rizzini.
Entendemos que, em face do
assunto, vale a pena
consultar a Revista
Espírita de 1862, pp. 72
e 172, bem como o livro
“Kardec, Irmãs Fox e Outros”,
de autoria de Jorge Rizzini,
após o que não será difícil
concluir que:
1o. O Espírito de
Verdade não é Jesus,
mas um Espírito familiar de
Allan Kardec. Espírito
familiar é alguém da família
espiritual, é “o amigo da
casa”, como foi explicado
depois numa das questões d´O
Livro dos Espíritos.
Como partiu de um orientador
espiritual essa informação,
não há por que duvidar de
que Kardec e esse Espírito
fossem pessoas próximas.
2o. O Espírito de
Verdade foi um
filósofo na Antiguidade,
cujo verdadeiro nome terreno
ele não quis declinar,
provavelmente porque sua
divulgação não traria à obra
em curso nenhum proveito.
3o. O Espírito de
Verdade não é uma
plêiade, uma falange, uma
reunião de Espíritos
superiores, mas uma
individualidade espiritual,
o que pôde ser comprovado
quando Jobard e Sanson,
então desencarnados,
afirmaram tê-lo visto no
recinto da Sociedade
Parisiense de Estudos
Espíritas, fato que
comprovou o que Kardec
escreveria mais tarde: “A
qualificação de Espírito de
Verdade não pertence senão a
um só, e pode ser
considerada como um nome
próprio. Está especificada
no Evangelho”.
(Revista Espírita de
1866, pág. 221.)
4o. Kardec
jamais entendeu ou deu a
entender que esse Espírito
fosse o próprio Jesus. Para
os que duvidam do que
dizemos convidamos a que
leiam o comentário que
Kardec fez a propósito de
uma comunicação atribuída a
Jesus inserta no item IX do
cap. XXXI d´O Livro dos
Médiuns.
Dois anos depois de seu
primeiro contato direto com
esse Espírito, Kardec anotou
em uma de suas obras: “Tendo
eu interrogado esse
Espírito, ele se deu a
conhecer sob um nome
alegórico (eu soube, depois,
por outros Espíritos, que
fora ele um ilustre filósofo
da Antiguidade)”.
(Instruções Práticas sobre
as Manifestações Espíritas,
Edicel, pp. 227 e 228.)
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