PEDRO
DE ALMEIDA LOBO
lobocmemtms@terra.com.br
Campo Grande, MS
(Brasil)
A felicidade surge
naturalmente
No cancioneiro
popular há uma letra
que diz: “tristeza
não tem fim;
felicidade, sim”.
Para quem tem e
cultiva a fé e a
esperança como
sentido primordial
da vivência, o autor
dessa canção está
totalmente
equivocado.
É exatamente o
contrário. Não
interessa o motivo.
Toda tristeza é
passageira porque é
efeito de uma causa
nefanda, que pode
ser revista,
assimilada ou
esquecida. A
felicidade é perene,
porque é veiculada
pela esperança que
mora na cidade
divina chamada
perfeição.
Quando o ser
pensante do Universo
atingir a condição
de Espírito puro,
não haverá como se
viver triste, uma
vez que estará quite
com as Leis
Naturais, portanto,
imune às coisas,
pensamentos e
realizações
pecaminosas. A única
preocupação será
fazer o bem, cada
vez melhor.
Feliz daquele que na
presente
reencarnação já
entende e exercita
aquele surpreendente
ensinamento de
Jesus: “A Casa do
Pai tem muitas
moradas. Meu reino
não é deste mundo”,
referindo-se ao
Mundo Angelical onde
se vislumbra a
felicidade como
rotina na vida
espiritual.
É notório que quando
nasce uma criança, a
partir do momento em
que toma
conhecimento de si
mesma, ela procura
incessantemente,
durante toda a
existência terrena,
viver com alegria em
busca da felicidade
e da paz. Por vezes,
no afã de
encontrá-las de
maneira imediata,
envereda por atalhos
perniciosos e
jornadeia na
contramão das ordens
naturais e amoráveis
das coisas.
Não o conseguindo,
por vezes para,
analisa o tempo
perdido nas
devassidões, olha
para frente, as
esperanças são
sombrias e a
tristeza aflora como
única e implacável
companheira.
Ledo engano. Nunca é
tarde para ser
feliz, embora a
felicidade não seja,
ainda, perene neste
estágio em que
vivemos no planeta
Terra.
Tristeza faz parte
do cardápio egoísta
dos Espíritos em
desenvolvimento
educacional,
disciplinar, ético e
moral.
Somos vulneráveis,
portanto,
receptíveis às
vicissitudes que o
mundo mundano e as
pessoas
inconsequentes nos
impingem como fator
salutar.
A partir do momento
em que cairmos na
realidade de que a
verdadeira arte de
viver está em
construir algo que
seja mais duradouro
do que a nossa
própria existência
encarnada, as
mudanças
comportamentais
brotarão
naturalmente. Com
isso, as injunções
perniciosas de
terceiros tornam-se
infrutíferas e as
banalidades humanas
e sociais passam a
ser encaradas como
algo de somenos
importância, porque
a felicidade, então,
começará a reinar
naturalmente.