O emprego da
vírgula e
das aspas
constitui, não
raro, uma
dificuldade para
quem escreve.
Diz-se comumente
que a vírgula
indica pequena
pausa. A
recíproca:
“Havendo pausa,
há vírgula” não
é, porém,
verdadeira, como
bem acentuava,
ao tratar do
assunto, o
saudoso
professor
Napoleão Mendes
de Almeida.
Vejamos, pois, a
partir desta
edição algo
sobre vírgula e
aspas.
Observe o leitor
esta oração:
“Iremos levar a
encomenda a
Curitiba amanhã
de manhã”.
Como os termos
da oração –
sujeito,
predicado,
objeto direto
etc. – estão
postos na ordem
direta, não
existe nela
necessidade
nenhuma de
vírgula, o que
seria diferente
caso houvesse
inversão ou
intercalação dos
termos.
Vejamos:
“Iremos (amanhã
de manhã) levar
a encomenda a
Curitiba”.
A vírgula neste
caso se impõe,
fazendo a função
dos parênteses,
e a oração
ficará assim
redigida:
“Iremos, amanhã
de manhã, levar
a encomenda a
Curitiba”.
Vê-se, assim,
que uma das
funções da
vírgula é
indicar na
oração a
intercalação dos
termos.
*
Chamadas de
comas ou
vírgulas
dobradas, as
aspas são
usadas no início
e no fim das
citações, para
distingui-las da
parte restante
do texto.
Exemplo:
Allan Kardec
disse: “Fora da
caridade não há
salvação”.
Quando em um
mesmo texto
colocado entre
aspas houver
necessidade de
novas aspas,
estas serão
simples – isto
é, não dobradas
–, conforme o
exemplo
seguinte:
Eis o que meu
velho professor
dizia: “Filhos,
não se esqueçam
de que no templo
de Delfos alguém
escrevera:
‘Conhece-te a ti
mesmo… e
conhecerás o
Universo e os
deuses’, frase
que é, em
verdade, um
verdadeiro
tesouro se for
por nós bem
compreendida”.