Acerca da aura
humana
F. Labouriau
Meus amigos:
Para alinhar
algumas notas
acerca da aura
humana,
recordemos o que
seja irradiação,
na ciência
atômica dos
tempos modernos.
Temo-la, em
nossas
definições, como
sendo a onda de
forças
dinâmicas,
nascida do
movimento que
provocamos no
espaço, cujas
emanações se
exteriorizam por
todos os lados.
Todos os corpos
emitem
ondulações,
desde que sofram
agitação ou que
a produzam, e as
ondas
respectivas
podem ser
medidas pelo
comprimento que
lhes é
característico,
dependendo esse
comprimento do
emissor que as
difunde.
A
queda de um
grânulo de
chumbo sobre a
face de um lago,
estabelecerá
ondas diminutas
no espelho
líquido, mas a
imersão violenta
de um calhau de
grandes
proporções
criará ondas
enormes.
A
quantidade das
ondas formadas
por segundo,
pelo núcleo
emissor, é o
fenômeno que
denominamos
frequência,
gerando
oscilações
eletromagnéticas
que se fazem
acompanhar da
força de
gravitação que
lhes
corresponde.
Assim é que cada
corpo em
movimento, dos
átomos às
galáxias, possui
um campo próprio
de tensão e
influência,
constituído pela
ondulação que
produz.
Para
mentalizarmos o
que seja um
campo de
influência,
figuremos uma
lâmpada vulgar.
Toda a área de
espaço clareada
pelos fótons que
arroja de si
expressa o campo
que lhe é
próprio, campo
esse cuja
influência
diminui à medida
que os fótons se
distanciam do
seu foco
gerador,
fragmentando-se
ao infinito.
Qual ocorre com
a matéria densa,
sob estrita
observação
científica,
nosso Espírito é
fulcro de
criação mental
incessante,
formando para si
mesmo um halo de
eflúvios
eletromagnéticos,
com o teor de
força
gravitativa que
lhes diz
respeito.
Nossos
pensamentos,
assim, tecendo a
nossa auréola de
emanações vitais
ou a ondulação
que nos
identifica,
representam o
campo em que nos
desenvolvemos.
Mas se no físico
a agitação da
matéria primária
pode ser
instintiva, no
plano da
inteligência e
da razão, em que
nos situamos,
possuímos na
vontade a
válvula de
controle da
nossa
movimentação
consciente,
auxiliando-nos a
dirigir a onda
de nossa vida
para a ascensão
à luz, ou para a
descida às
trevas.
Sentimentos e
ideias, palavras
e atos são
recursos íntimos
de transformação
e purificação da
nossa esfera
vibratória, de
conformidade com
a direção que
lhes imprimimos,
tanto quanto as
dores e as
provas, as
aflições e os
problemas são
fatores externos
de luta que nos
impelem a
movimento
renovador.
Sentindo e
pensando,
falando e
agindo,
ampliamos a
nossa zona de
influência,
criando em nós
mesmos a atração
para o
engrandecimento
na Vida
Superior, ou
para a miséria
na vida
inferior,
segundo as
nossas
tendências e
atividades para
o bem ou para o
mal.
Enriqueçamo-nos,
pois, de luz,
amealhando
experiências
santificantes
pelo estudo
dignamente
conduzido e pela
bondade
construtivamente
praticada.
Apenas dessa
forma
regeneraremos o
manancial
irradiante de
nosso Espírito,
diante do
passado,
habilitando-nos
para a grandeza
do futuro.
Constelações e
mundos, almas e
elementos, todos
somos criações
de Deus,
adstritos ao
campo de nossas
próprias
criações, com o
qual
influenciamos e
somos
influenciados,
vivendo no campo
universal e
incomensurável
da Força Divina.
Se nos propomos,
desse modo,
aprimorar nosso
cosmo interior,
caminhando ao
encontro dos
tesouros de amor
e sabedoria que
nos são
reservados,
sintonizemos, no
mundo, a onda de
nossa existência
com a onda do
Cristo, e então
edificaremos nas
longas curvas do
tempo e do
espaço o atalho
seguro que nos
erguerá da Terra
aos pináculos da
gloriosa
imortalidade.
Do livro
Vozes do Grande
Além, obra
recebida
psicofonicamente
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier,
de autoria de
Espíritos
Diversos. A
mensagem acima
foi transmitida
pelo professor
F. Labouriau na
noite de 22 de
setembro de
1955, em Pedro
Leopoldo-MG.