Leontina Laurentino:

“As obras espíritas desenvolvidas na cidade recebem apoio mesmo dos adversários”

A confreira paulista fala sobre o movimento espírita na bela
cidade de Mogi Mirim-SP

 

Leontina Laurentino (foto), espírita desde a adolescência, nasceu e reside em Mogi Mirim, interior paulista. Professora aposentada, é trabalhadora do Centro Espírita Apóstolo Paulo, onde é coordenadora do Departamento de Doutrina e das Reuniões Mediúnicas e atua também nos serviços dos passes e do atendimento fraterno. Em suas respostas, o leitor terá uma visão rápida do simpático movimento espírita da cidade. Situe para nós a cidade de Mogi Mirim.

A cidade está situada a 45 km de Campinas, na Baixa Mogiana, entre o rio Atibaia e o rio Mogi Guaçu, brilhando sempre como uma joia, não só de São Paulo, mas do Brasil inteiro, como situou Chico Xavier no livro "Entender Conversando", edição do IDE de Araras numa homenagem feita em 1980 a Juca de Andrade.

Quem foi o pioneiro do Espiritismo na cidade?

Juca de Andrade, que no ano de 1926 fundou a primeira Casa Espírita da cidade.

Qual é a instituição espírita mais antiga da cidade? E quantas são as instituições de Mogi Mirim?

Fundado em 3 de maio de 1926, o Centro Espírita Regenerador e Caridade, hoje Associação Espírita Jesus e Caridade, é a instituição espírita mais antiga de Mogi Mirim, onde existem, ao todo, dez instituições espíritas.

Como vocês alcançaram a experiência de tão perfeita integração entre as diferentes casas na cidade?

Procurando exercitar as determinações do Evangelho de Jesus, com respeito e fraternidade entre todos.

Qual o principal perfil da atividade espírita na cidade?

A prática da caridade e o amor ao próximo, indistintamente.

Conte-nos alguma experiência marcante do movimento espírita de Mogi Mirim.

O debate realizado com o Padre Nora, que consta do livreto "VÔ JUCA: TEXTOS DE GEZIEL ANDRADE". O padre, recém-chegado à cidade, começou com fortes ataques infundados ao Espiritismo através da imprensa local. Juca não conseguiu assistir calado a tais infâmias e distorções e começou a responder às calúnias lançadas, esclarecendo os pontos levantados e ressaltando os verdadeiros princípios e fundamentos do Espiritismo, sem jamais levar o debate para as ofensas pessoais. Hoje já temos aqui notícias do trabalho edificante do referido padre no plano espiritual.

Como você vê o avanço da ideia espírita nas atividades desenvolvidas em Mogi Mirim?

Com respeito e confiabilidade, pois as obras espíritas desenvolvidas na cidade recebem apoio mesmo das religiões contrárias ao Espiritismo.

A cidade possui clube do livro espírita e também realiza feiras de livro?

Possui clube do livro espírita, mas não realiza feiras de livro, porque existe na cidade a banca do livro espírita, que funciona diariamente na praça principal da cidade, havendo, portanto, uma feira constante que é responsável pelo clube do livro espírita.

O que você destacaria em sua atividade no setor de palestras, seja como palestrante, seja recepcionando companheiros de outras cidades convidados a falar em Mogi Mirim?

Destaco a troca de experiências e a ampliação dos laços de amizade, o que é muito gratificante, pela oportunidade de divulgar e também ampliar os conhecimentos a respeito da doutrina espírita.