FRANCISCO
REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, RJ (Brasil)
A Celeste
indulgência
Porque também
nós éramos,
outrora,
insensatos,
desobedientes,
extraviados,
servindo a
várias paixões e
deleites,
vivendo em
malícia e
inveja, odiosos,
odiando-nos uns
aos outros. -
Paulo (Tito,
cap. 3,
versículo 3.)
Sempre que
estivermos à
beira da
intemperança, a
ponto de
explodir como um
vulcão de
loucura, façamos
uma pequena
pausa para
meditar na
Indulgência
Divina com que
somos agraciados
diariamente,
para não cairmos
em
desequilíbrio,
de graves
consequências
para nós e para
o nosso
próximo.
Não podemos
esquecer que
estávamos
outrora
desarvorados e
oprimidos,
sofríamos de
desilusão e
cegueira,
jazíamos
desassisados na
sombra,
andávamos
desesperados a
blasfemar contra
a vida,
estávamos surdos
e rebelados
contra as leis;
o Senhor, porém,
jamais deixou de
nos prestar
auxílio em todos
esses momentos
de nossa
existência.
A cada situação
de opressão e
sofrimento,
socorreu-nos com
a concessão de
um novo dia,
para recomeçar
de forma
diferente e
melhor; ante a
cegueira que nos
obstruía a
ascensão em
direção à luz,
reformulou-nos a
esperança e a
maneira de
assimilar as
novas
experiências, e
investiu-nos com
a bênção do
equilíbrio para
falar e agir com
acerto; ante
nossa
desobediência às
leis,
facultou-nos o
raciocínio para
assimilar e
praticar as
normas do bom
convívio.
Dessa forma, não
olvidemos a
tolerância e a
paciência com
que Jesus, nosso
Mestre e Guia,
nos suporta a
ignorância há
milênios,
amparando e
confortando
nossos corações
através de mil
maneiras a cada
passo de nossa
caminhada, e
entendamos
definitivamente
que é hora de
mostrar toda a
nossa gratidão a
ELE, que até
mesmo na hora
suprema de seu
testemunho
demonstrou seu
alto grau de
benevolência
para conosco, ao
rogar ao Pai que
nos perdoasse,
pois não
sabíamos o que
estávamos
fazendo.
Sigamos seu
Evangelho de
amor e Luz, e
tornemo-nos seus
aprendizes
autênticos,
praticando a
caridade para
com o
semelhante, como
ele exemplificou
para conosco,
perdoando
incondicionalmente
nossas faltas;
e, dessa forma,
procuremos
atender ao seu
supremo apelo –
“Amai-vos uns
aos outros como
eu vos amei”.
Em O Evangelho
segundo o
Espiritismo, os
Imortais da Vida
maior nos falam
dos benefícios
dessa sublime
virtude para
todos que a
praticam,
conforme segue:
“Caridade!
sublime palavra
que sintetiza
todas as
virtudes, és tu
que hás de
conduzir os
povos à
felicidade.
Praticando-te,
criarão eles
para si
infinitos gozos
no futuro e,
enquanto se
acharem exilados
na Terra, tu
lhes serás a
consolação, o
prelibar das
alegrias de que
fruirão mais
tarde, quando se
encontrarem
reunidos no seio
do Deus de amor.
Foste tu,
virtude divina,
que me
proporcionaste
os únicos
momentos de
satisfação de
que gozei na
Terra. Que os
meus irmãos
encarnados
creiam na
palavra do amigo
que lhes fala,
dizendo-lhes: É
na caridade que
deveis procurar
a paz do
coração, o
contentamento da
alma, o remédio
para as aflições
da vida. Oh!
quando
estiverdes a
ponto de acusar
a Deus, lançai
um olhar para
baixo de vós;
vede que de
misérias a
aliviar, que de
pobres crianças
sem família, que
de velhos sem
qualquer mão
amiga que os
ampare e lhes
feche os olhos
quando a morte
os reclame!
Quanto bem a
fazer! Oh! não
vos queixeis; ao
contrário,
agradecei a Deus
e prodigalizai a
mancheias a
vossa simpatia,
o vosso amor, o
vosso dinheiro
por todos os
que, deserdados
dos bens desse
mundo,
enlanguescem na
dor e no
insulamento!
Colhereis nesse
mundo bem doces
alegrias e, mais
tarde..., só
Deus o sabe!...”
Adolfo, bispo de
Argel. (Bordéus,
1861.)
Que o Mestre de
Nazaré nos
fortaleça a
disposição de
amar, crescer e
servir cada dia
mais e melhor,
tornando-nos
mensageiros
fiéis de sua
Divina mensagem.
Bibliografia:
1) Paulo: Tito,
cap. 3,
versículo 3.
2) O Evangelho
segundo o
Espiritismo –
FEB, 115ª edição
– Cap. XIII,
item 11.