ÉDO MARIANI
edo@edomariani.com.br
Matão, SP
(Brasil)
O saber e o
sentir
Há muitos
argumentadores
insistentes que
pregam com certa
ênfase que o que
falta para a
humanidade ser
feliz é a
educação do
povo. Entende-se
por educação, a
formal, aquela
que se obtém
através de
cursos escolares
avançados. Por
essa razão,
todos ou quase
todos defendem a
necessidade de
mais escolas
para que a
criança e o
jovem tenham
mais
oportunidades de
estudar e, com o
saber, encontrar
solução para
todos os
problemas que
nos ensombram.
Concordamos que
a educação
formal é
importante e
necessária, mas,
só ela, é
insuficiente
para fazer o
homem feliz.
Segundo os
ensinamentos
trazidos pela
doutrina
espírita,
aprendemos que
apenas o saber
não é suficiente
para fazer o
homem feliz. É
preciso algo
mais para que
haja a
implantação, na
Terra, da paz e
da felicidade
tão sonhada e
cantada em prosa
e verso. No
capítulo XVIII
do livro “A
Gênese”, de
autoria de Allan
Kardec,
encontramos
segura
orientação a
respeito do
assunto: “O
progresso
intelectual
realizado até
hoje nas mais
vastas
proporções é um
grande passo, e
marca a primeira
fase da
humanidade;
porém, sozinho,
é impotente para
regenerá-la;
enquanto o homem
for dominado
pelo orgulho e
pelo egoísmo,
utilizará sua
inteligência e
seus
conhecimentos
para vantagem de
suas paixões e
seus interesses
pessoais; é por
isso que ele os
aplica no
aperfeiçoamento
dos meios de
prejudicar os
seus
semelhantes, e
os destruir.
“Unicamente o
progresso moral
pode assegurar a
felicidade dos
homens sobre a
Terra, pondo um
freio às más
paixões;
unicamente ele
pode fazer
reinar entre os
homens a
concórdia, a paz
e a
fraternidade.
“É ele que
derribará as
barreiras dos
povos, que fará
cair os
preconceitos de
casta e calar os
antagonismos de
seitas,
ensinando aos
homens a se
considerarem
como irmãos
chamados a se
auxiliar
reciprocamente,
e não a viver às
expensas uns dos
outros.
“É ainda o
progresso moral,
secundado aqui
pelo progresso
da inteligência,
que confundirá
os homens numa
mesma crença,
estabelecendo
sobre as
verdades
eternas, não
sujeitas à
discussão, e por
isso mesmo
aceitas por
todos”.
Conhecendo esses
ensinamentos
básicos, se
poderá analisar
com maior
segurança o
porquê das
atitudes dos
poderosos, tanto
os possuidores
de bens
materiais como
também os que
detêm o poder de
mando e o
político.
Geralmente são
todos graduados,
têm educação
formal; cursaram
faculdades;
fizeram
doutorado; são
portadores de
cultura
intelectual.
Entretanto,
suas atitudes
são sempre no
sentido de
protegerem o
grupo de suas
predileções e
dos seus
interesses
imediatos. São
incapazes de
valorizar o
trabalho dos
outros, por mais
eficiente que
seja, desde que
não façam parte
do grupo dos
privilegiados.
Isso é
demonstração de
egoísmo, uma das
maiores chagas
da humanidade,
junto com o
orgulho. Nenhum
deles usa de
compreensão e
bom senso,
distribuindo o
poder com
justiça e
sabedoria. Ainda
prevalece a
mentalidade do
passado: “aos
amigos tudo, aos
inimigos nada”.
Além disso, por
falta da moral,
as criaturas se
tornam
preconceituosas
e têm os olhos
fechados para o
direito dos
outros e são
incapazes de
enxergar e saber
separar o justo
do injusto.
Para melhorar a
atual situação
de tanta
desigualdade,
torna-se
necessário que
todos
trabalhemos para
implantar na
Terra o
desenvolvimento,
não só o
intelectual das
criaturas, mas,
com maior
ênfase, a
educação moral,
ética e
emocional, pois
esta, junto com
a intelectual,
fará o homem
feliz. Sabemos
que essa
conquista não se
fará de um dia
para o outro,
pois as boas
coisas precisam
ser construídas
tijolo a tijolo
para a sua
segurança. Se
iniciarmos o
trabalho ainda
hoje, estaremos
antecipando o
advento de um
mundo melhor.
Somos Espíritos
imortais com
direito à
evolução e será
através das
vidas
sucessivas, isto
é, da
reencarnação,
como preconiza o
ensinamento
espírita, que
atingiremos o
nosso progresso.