RAFAEL
ROSSI
rafaelrossi6789@hotmail.com
Presidente
Prudente,
SP
(Brasil)
Espiritismo
e
Ciência:
por um
caminho
de união
O
Espiritismo,
como luz
e
caminho
seguro
que
conforta
os
corações
daqueles
que
provaram
o gosto
de
qualquer
tipo de
perda,
alcançou
patamares
de
divulgação
e de
adeptos
como
nunca se
registrou
até
hoje. O
que nos
importa
destacar
nesse
texto é
sua
relação
com a
Ciência,
ou seja,
como os
espíritas
hoje
contribuem
e
desenvolvem
uma
teoria
embasada
no campo
profissional
e de
pesquisa
em que
estão
inseridos,
porém
com as
reflexões
e
conhecimentos
da
doutrina
codificada
por
Kardec?
Mais que
isso...
Onde
estão as
iniciativas
dos
centros
espíritas
espalhados
pelo
território
nacional,
que
desenvolvem
algum
projeto
de
educação
cuja
finalidade
é unir
Ciência
e
Religião?
É tempo
de
união,
de
convergência!
A Idade
Média
foi um
período
necessário
para a
evolução
do
planeta
Terra,
porém,
as
consequências
no campo
das
descobertas
científicas
parecem
ter
deixado
essa
cisão
como
herança
para nós
até os
dias
atuais.
O
racionalismo
do
século
XVI e
XVII foi
o
estopim
de uma
corrente
de
Espíritos
encarnados
neste
plano
que
promoveram
um
fabuloso
avanço
das
técnicas.
No
entanto,
a mágoa
resultante
desse
movimento
tem sido
até hoje
o
preconceito
por
parte
dos
intelectuais
quanto
aos
princípios
do
Cristianismo,
quanto
ao
Espiritismo,
isso nem
se
fala...
Pensadores
positivistas,
marxistas,
fenomenólogos
etc.
ratificaram
suas
teses de
que a
religião
é
caminho
para a
ilusão,
um meio
da
população
não se
revoltar
perante
as
inúmeras
injustiças
e
desigualdades
socioespaciais
de toda
ordem.
Por isso
repito:
é tempo
de
união!
Uma
sábia
senhora,
chamada
D.
Maria,
em
inúmeras
das
reuniões
que ela
realiza
há mais
de
quarenta
anos em
sua
casa,
sempre
lembrou
o velho
ditado
espírita:
“Para
subirmos
até
Deus,
necessitamos
de duas
asas: a
da moral
e a do
conhecimento”,
ao que
poderíamos
acrescentar:
“Espíritas,
em
primeiro
lugar
amai-vos,
em
segundo
lugar
instruí-vos”.
A
doutrina
espírita
baseia-se
no tripé
Ciência-Religião-Filosofia
e, por
enquanto,
aquilo a
que
assistimos
é um
desenvolvimento
de ações
de
caráter
emergencial
e
assistencialista,
reflexões
sobre o
Cristianismo
e
questionamentos
sobre o
conhecimento
da
doutrina.
De
maneira
nenhuma
desprezo
tais
práticas,
somente
gostaria
de
chamar a
atenção
para a
evolução
também
do
conhecimento
científico
à luz do
Espiritismo.
Alguns
poderão
me
dizer:
“Calma...
Tudo a
seu
tempo”,
mas será
esse o
caminho?
Esperar
até que
alguém
comece
esse
movimento
de
renovação
dos
saberes?
Edgar
Morin é
um
brilhante
pensador
francês
que em
sua
teoria
do
pensamento
complexo
reflete
sobre o
que
denominou
operador
dialógico.
Esse,
por sua
vez, é o
mecanismo
pelo
qual se
exerce a
tentativa
de unir
coisas
que
aparentemente
estavam
separadas
como:
razão e
emoção,
teoria e
prática
e, a meu
ver,
Ciência
e
Religião.
O que
pude
observar
até
agora é
a
retomada
e (o que
poderíamos
chamar
de
epistemologia
do
Espiritismo)
a
discussão
no campo
da
Educação
da
Pedagogia
Espírita.
A
professora
Dora
Incontri
realiza
fascinante
trabalho
de
pesquisa
e estudo
nessa
área.
Espero
que
todos
nós
possamos
refletir
mais
sobre
nossa
área de
atuação,
a fim de
que o
eixo
Ciência
e
Religião
que
contribui
na
sustentação
da
doutrina
espírita
não se
torne um
elo
perdido.
Que nas
reuniões
e
trabalhos
em vigor
nos
Centros
Espíritas
desse
Brasil
enorme,
possam
também
surgir
espaços
de
diálogos
espíritas
sobre a
educação
para as
crianças
e
reflexões
sobre
como
podemos,
cada um
em sua
área de
atuação,
promover
mais
união e,
com
isso,
contribuir
para
enriquecer
essa
bela
doutrina
que a
tantos
corações
desperta
e
conforta
para uma
visão
mais
ampla da
vida.