É confortadora a ideia de
que os animais possuem alma
e que sobrevivem à morte do
corpo. Mais confortadora
ainda são as notícias de que
elas muitas vezes são vistas
acompanhando o Espírito de
seus antigos donos, no mundo
espiritual.
No ano de 1951, Chico, em
carta a seu amigo pessoal
Wantuil de Freitas, então
presidente da Federação
Espírita Brasileira – carta
esta registrada no livro
“Testemunhos de Chico
Xavier”, de Suely Caldas
Schubert – , assim comenta o
assunto:
“Em 1939, o meu irmão José
deixou-me um desses amigos
fiéis (um cão). Chama-se
Lorde e fez-se o meu
companheiro, inclusive de
preces, porque, à noite,
postava-se junto a mim, em
silêncio, ouvindo música. Em
1945, depois de longa
enfermidade, veio a falecer.
Mas, no último instante, vi
o Espírito de meu irmão
aproximar-se e arrebatá-lo
ao corpo inerte e, durante
alguns meses, quando o José,
em Espírito, vinha ter
comigo era sempre
acompanhado por ele, que se
me apresentava à visão
espiritual com
insignificante diferença.
Atrevo-me a contar-te as
minhas experiências, porque
também passaste agora por
essa dor de perder um cão
leal e amigo. Geralmente,
quando falamos na
sobrevivência dos animais,
muita gente sorri e nos
endereça atitudes de
piedade. Mas a vida é uma
luz que se alarga para
todos. (...)”