MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Evolução em Dois Mundos
André Luiz
(Parte
5)
Damos continuidade ao
estudo da obra
Evolução em Dois Mundos,
de André Luiz,
psicografada pelos médiuns
Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1959 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Que relação existe
entre as algas verdes e
a reprodução sexuada?
Essa relação é íntima,
porque foi com as algas
verdes de feição
pluricelular que se
inaugurou em nosso orbe
a reprodução sexuada, o
que permitiu a sucessão
de metamorfoses
contínuas, que
perdurarão, no decurso
das eras, em dinamismo
profundo, mantendo a
edificação das formas do
porvir. (Evolução em
dois Mundos, Primeira
Parte, cap. III, pp. 32
e 33.)
B. A aquisição dos
rudimentos das reações
psicológicas pelo
princípio espiritual
ocorreu em que momento?
Foi entre os dromatérios
(1)
e anfitérios
(2)
que o princípio
espiritual adquiriu os
rudimentos das reações
psicológicas superiores,
incorporando as
conquistas do instinto e
da inteligência.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. III, pp. 33 e 34.)
C. A experiência
evolutiva do princípio
espiritual ocorreu
apenas no plano físico?
Não. Não podemos
circunscrever sua
experiência ao plano
físico, porquanto,
através do nascimento e
morte da forma, ele
sofre constantes
modificações nos dois
planos em que se
manifesta, razão pela
qual variados elos da
evolução fogem à
pesquisa dos
naturalistas, por
representarem estágios
da consciência
fragmentária fora do
campo carnal
propriamente dito, nas
regiões extrafísicas em
que essa mesma
consciência incompleta
prossegue elaborando o
seu veículo sutil, então
classificado como
protoforma humana,
correspondente ao grau
evolutivo em que se
encontra. (Evolução
em dois Mundos, Primeira
Parte, cap. III, pág.
35.)
Texto para leitura
17. Formação das
algas -
Sustentado pelos
recursos da vida que na
bactéria e na célula se
constituem do líquido
protoplásmico, o
princípio inteligente
nutre-se agora na
clorofila, que revela um
átomo de magnésio em
cada molécula,
precedendo a
constituição do sangue
de que se alimentará no
reino animal. O tempo
age sem pressa, e
aparecem as algas
nadadoras, quase
invisíveis, com suas
caudas flexuosas,
circulando no corpo das
águas, vestidas em
membranas celulósicas, e
mantendo-se à custa de
resíduos minerais,
dotadas de extrema
motilidade e
sensibilidade, como
formas monocelulares em
que a mônada já evoluída
se ergue a estágio
superior. Elas são,
todavia, plantas ainda e
que persistem até hoje
na Terra, como filtros
da evolução primária dos
princípios inteligentes
em constante expansão,
mas plantas
superevolvidas nos
domínios da sensação e
do instinto embrionário,
guardando o magnésio da
clorofila como atestado
da espécie.
Sucedendo-as, emergem,
por ordem, as algas
verdes de feição
pluricelular, com novo
núcleo a salientar-se,
inaugurando a reprodução
sexuada e estabelecendo
vigorosos embates nos
quais a morte comparece,
na esfera de luta,
provocando metamorfoses
contínuas, que
perdurarão, no decurso
das eras, em dinamismo
profundo, mantendo a
edificação das formas do
porvir. (Evolução em
dois Mundos, Primeira
Parte, cap. III, pp. 32
e 33.)
18. Dos artrópodes
aos dromatérios e
anfitérios -
Mais tarde, assinala-se
o ingresso da mônada nos
domínios dos artrópodes,
de exosqueleto quitinoso,
cujo sangue diferenciado
acusa um átomo de cobre
em sua estrutura
molecular, para, em
seguida, surpreendê-la,
guindada à condição de
crisálida da
consciência, no reino
dos animais superiores,
em cujo sangue –
condensação das forças
que alimentam o veículo
da inteligência no
império da alma – detém
a hemoglobina por
pigmento básico,
demonstrando o
parentesco inalienável
das individuações do
espírito, nas mutações
da forma que atende ao
progresso incessante da
Criação Divina. Das
cristalizações atômicas
e dos minerais, dos
vírus e do protoplasma,
das bactérias e das
amebas, das algas e dos
vegetais do período
pré-câmbrico aos fetos e
às licopodiáceas, aos
trilobites e cistídeos,
aos cefalópodes,
foraminíferos e
radiolários dos terrenos
silurianos, o princípio
espiritual atingiu os
espongiários e
celenterados da era
paleozoica, esboçando a
estrutura esquelética.
Avançando pelos
equinodermos e
crustáceos, entre os
quais ensaiou, durante
milênios, o sistema
vascular e o sistema
nervoso, caminhou na
direção dos ganoides e
teleósteos,
arquegossauros e
labirintodontes para
culminar nos grandes
lacertinos e nas aves
estranhas, descendentes
dos pterossaúrios, no
jurássico superior,
chegando à época
supracretácea para
entrar na classe dos
primeiros mamíferos,
procedentes dos répteis
teromorfos. Viajando
sempre, adquire entre os
dromatérios e anfitérios
os rudimentos das
reações psicológicas
superiores, incorporando
as conquistas do
instinto e da
inteligência.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. III, pp. 33 e 34.)
19. Faixas
inaugurais da razão
- Estagiando nos
marsupiais e cetáceos do
eoceno médio, nos
rinocerotídeos,
cervídeos, antilopídeos,
equídeos, canídeos,
proboscídeos e
antropoides inferiores
do mioceno e
exteriorizando-se nos
mamíferos mais nobres do
plioceno, o princípio
espiritual incorpora
aquisições de
importância entre os
megatérios e mamutes,
precursores da fauna
atual da Terra, e,
alcançando os
pitecantropoides da era
quaternária, que
antecederam as
embrionárias
civilizações
paleolíticas, a mônada
vertida do Plano
Espiritual sobre o Plano
Físico atravessou os
mais rudes crivos da
adaptação e seleção,
assimilando os valores
múltiplos da
organização, da
reprodução, da memória,
do instinto, da
sensibilidade, da
percepção e da
preservação própria,
penetrando, assim, pelas
vias da inteligência
mais completa e
laboriosamente
adquirida, nas faixas
inaugurais da razão.
(N.R.: André Luiz
informa que utiliza
nesta obra as expressões
“Plano Físico” e “Plano
Extrafísico”, por falta
de termos mais precisos
que designem as esferas
evolutivas dos Espíritos
encarnados e
desencarnados
pertencentes ao
“habitat” planetário.)
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. III, pág. 34.)
20. Elos
desconhecidos da
evolução -
Compreendendo-se que o
princípio divino aportou
na Terra, emanando da
Esfera Espiritual e
trazendo em seu
mecanismo o arquétipo a
que se destina, qual a
bolota de carvalho
encerra em si a árvore
veneranda que será de
futuro, não podemos
circunscrever sua
experiência ao plano
físico, porquanto,
através do nascimento e
morte da forma, ele
sofre constantes
modificações nos dois
planos em que se
manifesta, razão pela
qual variados elos da
evolução fogem à
pesquisa dos
naturalistas, por
representarem estágios
da consciência
fragmentária fora do
campo carnal
propriamente dito, nas
regiões extrafísicas em
que essa mesma
consciência incompleta
prossegue elaborando o
seu veículo sutil, então
classificado como
protoforma humana,
correspondente ao grau
evolutivo em que se
encontra. (Evolução
em dois Mundos, Primeira
Parte, cap. III, pág.
35.)
(Continua no próximo
número.)
Notas:
Muitos termos técnicos
usados na obra em estudo
não se encontram nos
dicionários que
comumente consultamos.
Clicando no link
abaixo, o leitor terá
acesso ao
texto integral do livro
Elucidário de
Evolução em Dois Mundos,
elaborado e publicado
com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf