Grilhões Partidos
Manoel Philomeno de
Miranda
(Parte
16)
Continuamos a apresentar
o
estudo do livro
Grilhões Partidos,
de Manoel Philomeno de
Miranda, obra
psicografada por Divaldo
P. Franco e publicada
inicialmente no
ano de 1974.
Questões preliminares
A. As tarefas de
assistência a Ester
limitavam-se à sessão
mediúnica realizada?
Não. Além dos trabalhos
de assistência
espirituais realizados à
noite durante o sono
corporal, os pais de
Ester se empenhavam com
o objetivo de se
reabilitarem do
doloroso drama. Havia
em seu lar, agora
bafejado pelas
saturações da prece
constante e sob o
domínio das vibrações
edificantes, decorrentes
das leituras e dos
comentários elevados,
uma psicosfera superior,
envolvente, que
produzia bem-estar. Além
disso, Ester recebia
regularmente os passes
ministrados pelo irmão
Melquíades desde o
início da terapêutica
desobsessiva.
(Grilhões Partidos, cap.
20, pp. 179 e 180.)
B. Qual é o equívoco
que, segundo o autor
desta obra, muitos
profissionais da
Medicina e da Enfermagem
cometem?
Muitos profissionais da
Medicina e da Enfermagem
supõem que não existe
outra terapêutica,
quando falham os
recursos clássicos.
Olvidam, como é sabido,
a terapia do amor, a
psicoterapia do
entendimento e da
atenção. Quando o Dr.
Pinel foi criticado por
desejar libertar das
correntes os loucos
postos a seus cuidados,
em Bicêtre, Paris, seus
colegas lhe perguntaram,
zombeteiros: "Se não os
puderes curar, que farás
com eles?" –
"Amá-los-ei", respondeu
o Dr. Pinel. "Farei
sentirem-se criaturas
humanas outra vez.
Dar-lhes-ei atenção."
(Obra citada, cap. 20,
pp. 181 a 183.)
C. Que é que Philomeno
quis dizer ao afirmar
que “o homem é sempre o
que pensa”?
O homem é sempre o que
pensa, porque da fonte
mental fluem os rios das
realizações. As matrizes
mentais demoradamente
fixadas por viciações ou
desequilíbrios não
podem, de inopino, ser
removidas ou alteradas.
Da mesma forma ocorre
com as aspirações
superiores que fomentam
a dispersão das forças
densas e grosseiras que
decorrem do mergulho no
magnetismo da Terra,
ensejando a sintonia
com mais nobres ondas de
emissão espiritual,
sutilizando o
perispírito e
liberando-o dos
condicionamentos mais
fortes do corpo físico
que vitaliza e ao qual
se vincula.
(Obra citada, cap. 20,
pp. 183 a 186.)
Texto para leitura
97. Ester vai
também à reunião
- Na questão 872 d' O
Livro dos Espíritos,
que abre o capítulo,
lê-se, a propósito do
livre arbítrio: "O
homem não é fatalmente
levado ao mal; os atos
que pratica não foram
previamente
determinados; os crimes
que comete não resultam
de uma sentença do
destino. Ele pode, por
prova e por expiação,
escolher uma existência
em que seja arrastado ao
crime, quer pelo meio
onde se ache colocado,
quer pelas
circunstâncias que
sobrevenham, mas será
sempre livre de agir ou
não agir". Após a
reunião mediúnica, os
pais de Ester estavam
esperançosos e
agradeciam a Deus a
oportunidade que lhes
fora dada, prometendo
empenhar-se a fim de se
reabilitarem do
doloroso drama. Havia
em seu lar, agora
bafejado pelas
saturações da prece
constante e sob o
domínio das vibrações
edificantes, decorrentes
das leituras e dos
comentários elevados,
uma psicosfera superior,
envolvente, que
produzia bem-estar.
Antes de dormir, o casal
leu oportuna página de
excelente Obra que
mantinha à cabeceira. Em
seguida, adormeceu,
sendo reconduzido por
Manoel Philomeno, em
desdobramento parcial,
pelo sono, à sede da
Sociedade Espírita, onde
o Assistente o alojou em
local adredemente
reservado. Várias
entidades amigas que
cooperavam com Bezerra
de Menezes ali estavam
presentes. A pouco e
pouco chegaram os demais
participantes da tarefa.
Chamou a atenção de
Philomeno a facilidade
com que se movimentava o
médium Joel e a alta
lucidez que o possuía,
em incontida alegria com
a esposa desencarnada.
No momento oportuno,
Bezerra convidou
Melquíades e Philomeno a
irem com ele à Casa de
Saúde, a fim de trazerem
Ester, cuja presença na
reunião se fazia
imprescindível. Graças
às superiores
possibilidades do
Benfeitor Espiritual,
Ester foi prestamente
desenovelada das densas
malhas em que se
enredava, nos fluidos
orgânicos. (Cap. 20, pp.
179 e 180)
98. Quando faltam
os remédios, existe
ainda o amor -
Os passes ministrados
em Ester pelo irmão
Melquíades, com regular
frequência, desde o
início da terapêutica
desobsessiva, com o
afastamento de Matias,
produziram estimulantes
resultados. A
agressividade e a apatia
deram lugar à reflexão,
com momentos de lucidez
e discernimento, que
constituíam refrigério
no tormento demorado em
que sucumbia. Ninguém,
contudo, salvo
Rosângela, percebera na
Casa de Saúde os sinais
de recuperação
apresentados por Ester,
tal o abandono e o
descaso a que fora
relegada. Muitos
profissionais da
Medicina e da Enfermagem
supõem que não existe
outra terapêutica,
quando falham os
recursos clássicos...
Olvidam, como é sabido,
a terapia do amor, a
psicoterapia do
entendimento e da
atenção. Quando o Dr.
Pinel foi criticado por
desejar libertar das
correntes os loucos
postos a seus cuidados,
em Bicêtre, em Paris,
seus colegas lhe
perguntaram,
zombeteiros: "Se não os
puderes curar, que farás
com eles?" –
"Amá-los-ei", respondeu
o Dr. Pinel. "Farei
sentirem-se criaturas
humanas outra vez.
Dar-lhes-ei atenção." No
recinto da reunião
espiritual, Ester foi
colocada próxima aos
pais; todos os três,
porém, encontravam-se
inconscientes, sob o
amparo do sono salutar.
Os preparativos da
reunião iam adiantados.
Aparelhagem
especializada para a
assepsia psíquica do
ambiente fora posta em
funcionamento,
lembrando os aquecedores
terrestres à base de
resistências elétricas,
que produziam ondas
especiais de calor, e,
simultaneamente,
lâmpadas de emissão
infravermelha e
ultravioleta diluíam as
construções mentais
imperantes, vibriões
resultantes das
ideoplastias habituais
de alguns dos membros.
Philomeno viu também no
recinto delicada
aparelhagem de som e
imagem que era
utilizada nos dias de
trabalhos normais de
socorro aos
desencarnados, que se
encarregava de projetar
os diálogos e as
atividades fora dos
muros de defesa da Casa,
com o objetivo de
despertar alguns
transeuntes da rua em
que se localizava a
Sociedade. À porta
desta, atraídos pelo
labor, reuniam-se
perturbadores e enfermos
desencarnados, alguns
dos quais, apesar do
barulho reinante, se
sensibilizavam, passando
a meditar e ensejando
possibilidades de serem
recolhidos ao recinto,
para posterior
tratamento. (Cap. 20,
pp. 181 e 182)
99. Os Espíritos
não sabem tudo -
O aparelho receptor de
imagem constituía também
valioso recurso
utilizado para a
diagnose de muitas
enfermidades dos
candidatos que
solicitavam orientações
particulares para a
saúde. Além disso,
ensejava maior percepção
da aura dos consulentes,
de cujo estudo decorriam
as orientações para o
comportamento moral e as
atividades mais
compatíveis a
desdobrar... Engrenagens
que lembravam os
secadores para cabelos
eram aplicados em
operações de hipnose
mais profunda, criando
condicionamentos
subliminais com a
fixação de imagens
positivas no
inconsciente atormentado
dos comunicantes em
sofrimento. Havia ali
também pequenas caixas,
umas para medir a
intensidade vibratória
dos Espíritos hospedados
sob cuidados, outras
para cotejo de
resultados, para
registros e impressões
de dados, num complexo e
emaranhado mecanismo de
precisão e utilidade
incontestável. Os
Espíritos em processo
de evolução não são
anjos detentores do
conhecimento total e da
total sabedoria. Eles
evoluem adquirindo
experiências que
constituem conquistas
que se incorporam ao
patrimônio de que são
detentores. Na Esfera
Espiritual procede-se à
criação de sutis,
delicadas e mui
complexas elaborações
para os elevados fins de
progresso, que muitos
missionários da evolução
trazem à Terra,
transformando-as em
utilidades para os
impulsos da técnica da
civilização e do
desenvolvimento das
criaturas humanas. (Cap.
20, pp. 182 e 183)
100. O homem é
sempre o que pensa
- Chegado o momento
aprazado, Bezerra de
Menezes pediu aos seus
colaboradores que
ajudassem no
despertamento dos
membros do grupo ali
reunidos, facultando a
cada um a percepção
ambiente relativa ao seu
próprio estado psíquico
e espiritual. Cada
mente, na condição de
fixador e seletor de
aptidões, somente
permite ao Espírito o
que este cultiva e grava
no perispírito,
conseguindo ligeiras
conquistas que decorrem
da misericórdia do Pai,
não se podendo permitir
maiores incursões por
ausência de conquistas
psíquicas e de energias
encarregadas de
produzir-lhes o "peso
específico" para
movimentar-se ou
permanecer nas diversas
faixas vibratórias acima
das densas correntes do
corpo somático. Assim, o
homem é sempre o que
pensa, porquanto da
fonte mental fluem os
rios das realizações. As
matrizes mentais
demoradamente fixadas
por viciações ou
desequilíbrios não
podem, de inopino, ser
removidas ou
alteradas... Da mesma
forma ocorre com as
aspirações superiores
que fomentam a dispersão
das forças densas e
grosseiras que decorrem
do mergulho no
magnetismo da Terra,
ensejando a sintonia
com mais nobres ondas de
emissão espiritual,
sutilizando o
perispírito e
liberando-o dos
condicionamentos mais
fortes do corpo físico
que vitaliza e ao qual
se vincula... Por isso,
as reações dos
convidados eram as mais
variadas. Matias
continuava dormindo.
Ester não dava sinais de
lucidez. Os encarnados
foram dispostos em forma
de círculo, em cujas
bordas se postou Bezerra
de Menezes. Sobreira
ficou a seu lado e dava
para notar a sua
condição espiritual de
destaque no grupo,
inferior entre os
encarnados apenas à de
Joel. (Cap. 20, pp. 183
a 186) (Continua no próximo
número.)