MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Evolução em Dois Mundos
André Luiz
(Parte
6)
Damos continuidade ao
estudo da obra
Evolução em Dois Mundos,
de André Luiz,
psicografada pelos médiuns
Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1959 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Quanto tempo o
princípio inteligente
despendeu, em seu
processo evolutivo, até
chegar aos primórdios da
época quaternária?
Cerca de um bilhão e
meio de anos. Como a
civilização terrena
floresceu há mais ou
menos duzentos mil anos,
preparando o homem, com
a bênção do Cristo, para
a responsabilidade, é
preciso reconhecer o
caráter recente dos
conhecimentos
psicológicos, destinados
a automatizar na
constituição
fisiopsicossomática do
espírito humano as
aquisições morais que
habilitarão sua
consciência terrestre a
mais amplo degrau de
ascensão à Consciência
Cósmica.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. III, pp. 35 e 36.)
B. Como se constrói o
automatismo fisiológico,
pelo qual os seres
executam, sem qualquer
obstáculo, os atos
primários de manutenção,
preservação e renovação
da vida?
É o princípio
inteligente, no decurso
dos evos, que plasma em
seu próprio veículo de
exteriorização as
conquistas que lhe
alicerçarão o
crescimento para maiores
afirmações nos
horizontes evolutivos.
Dominando as células
vivas, de natureza
física e espiritual,
como que as empalmando a
seu próprio serviço,
sofre ele no plano
terrestre e no plano
extraterrestre as
profundas experiências
que lhe facultarão o
automatismo fisiológico,
que lhe permite executar
todos os atos primários
mencionados.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. IV, pág. 37.)
C. A repetição foi um
fator importante nesse
processo?
Sim. Com a incessante
repetição dos atos
indispensáveis ao seu
próprio desenvolvimento,
vestindo-se de matéria
densa no plano físico e
desnudando-se dela no
fenômeno da morte, para
revestir-se de matéria
sutil no plano
extrafísico e renascer
de novo na Crosta da
Terra, em inumeráveis
estações de aprendizado,
é que o princípio
espiritual incorporou
todos os cabedais da
inteligência que lhe
brilhariam no cérebro do
futuro, pelas chamadas
atividades reflexas do
inconsciente.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. IV, pp. 37 e 38.)
Texto para leitura
21. Evolução no
tempo - Desse
modo, dos organismos
monocelulares aos
organismos complexos, em
que a inteligência
disciplina as células,
colocando-as a seu
serviço, o ser viaja no
rumo da elevada
destinação que lhe foi
traçada do Plano
Superior, tecendo com os
fios da experiência a
túnica da própria
exteriorização, segundo
o molde mental que traz
consigo, dentro das leis
de ação, reação e
renovação em que
mecaniza as próprias
aquisições, desde o
estímulo nervoso à
defensiva imunológica,
construindo o centro
coronário no próprio
cérebro, através da
reflexão automática de
sensações e impressões,
em milhões e milhões de
anos, pelo qual, com o
Auxílio das Potências
Sublimes que lhe
orientam a marcha,
configura os demais
centros energéticos do
mundo íntimo, fixando-os
na tessitura da própria
alma. Contudo, para
alcançar a idade da
razão, com o título de
homem, dotado de
raciocínio e
discernimento, o ser,
automatizado em seus
impulsos, na romagem
para o reino angélico,
despendeu para chegar
aos primórdios da época
quaternária – em que a
civilização elementar do
sílex denuncia algum
primor de técnica – nada
menos de um bilhão e
meio de anos. Isso é
perfeitamente
verificável na
desintegração natural de
certos elementos
radioativos na massa
geológica do Globo.
Entendendo que a
Civilização aludida
floresceu há mais ou
menos duzentos mil anos,
preparando o homem, com
a bênção do Cristo, para
a responsabilidade,
somos induzidos a
reconhecer o caráter
recente dos
conhecimentos
psicológicos, destinados
a automatizar na
constituição
fisiopsicossomática do
espírito humano as
aquisições morais que
habilitarão a sua
consciência terrestre a
mais amplo degrau de
ascensão à Consciência
Cósmica. (Evolução em
dois Mundos, Primeira
Parte, cap. III, pp. 35
e 36.)
22. Automatismo
fisiológico -
Compreensível salientar
que o princípio
inteligente, no decurso
dos evos, plasmou em seu
próprio veículo de
exteriorização as
conquistas que lhe
alicerçariam o
crescimento para maiores
afirmações nos
horizontes evolutivos.
Dominando as células
vivas, de natureza
física e espiritual,
como que as empalmando a
seu próprio serviço, de
modo a senhorear
possibilidades mais
amplas de expansão e
progresso, sofre no
plano terrestre e no
plano extraterrestre as
profundas experiências
que lhe facultarão, no
bojo do tempo, o
automatismo fisiológico,
pelo qual, sem qualquer
obstáculo, executa todos
os atos primários de
manutenção, preservação
e renovação da própria
vida. (Evolução em
dois Mundos, Primeira
Parte, cap. IV, pág.
37.)
23. Atividades
reflexas do inconsciente
- Todos sabemos que, em
nos propondo aprender a
ler e a escrever, antes
de tudo nos consagramos
à difícil empresa de
assimilação do alfabeto
e da escrita, consumindo
energia cerebral e
coordenando o movimento
dos olhos, dos lábios e
das mãos, em múltiplas
fases de atenção e
trabalho, de maneira a
superar nossas próprias
inibições, para, depois,
conseguirmos ler e
escrever, mecanicamente,
sem qualquer esforço, a
não ser aquele que se
refere à absorção,
comunicação ou
materialização do
pensamento lido ou
escrito, porquanto a
leitura e a grafia
ter-se-ão tornado
automáticas na esfera de
nossa atividade mental.
Nessa base de incessante
repetição dos atos
indispensáveis ao seu
próprio desenvolvimento,
vestindo-se de matéria
densa no plano físico e
desnudando-se dela no
fenômeno da morte, para
revestir-se de matéria
sutil no plano
extrafísico e renascer
de novo na Crosta da
Terra, em inumeráveis
estações de aprendizado,
é que o princípio
espiritual incorporou
todos os cabedais da
inteligência que lhe
brilhariam no cérebro do
futuro, pelas chamadas
atividades reflexas do
inconsciente.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. IV, pp. 37 e 38.)
24. Teoria de
Descartes -
Atento a isso e
espantado diante do
gigantesco patrimônio da
mente humana é que
Descartes, no século
XVII, indagando de si
mesmo sobre a
complexidade dos nervos,
formulou a “teoria dos
espíritos animais” que
estariam encerrados no
cérebro, perpassando nas
redes nervosas para
atender aos movimentos
da respiração, dos
humores e da defesa
orgânica, sem
participação consciente
da vontade, chegando o
filósofo a asseverar que
esses “espíritos se
conjugavam
necessariamente
refletidos”, aplicando
semelhante regra
notadamente aos animais
que ele classificava por
máquinas desprovidas de
pensamento.
Evidentemente, Descartes
não conseguiu apreender
toda a amplitude dos
caminhos que se
descerram à evolução na
esteira dos séculos, mas
abordou a verdade do ato
reflexo que obedece ao
influxo nervoso, no
automatismo em que a
alma evolui para mais
altos planos de
consciência, através do
nascimento, morte,
experiência e
renascimento na vida
física e extrafísica, em
avanço inevitável para a
vida superior.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. IV, pág. 38.)
(Continua no próximo
número.)
Nota:
Muitos termos técnicos
usados na obra em estudo
não se encontram nos
dicionários que
comumente consultamos.
Clicando no link
abaixo, o leitor terá
acesso ao
texto integral do livro
Elucidário de
Evolução em Dois Mundos,
elaborado e publicado
com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf