O
inestimável
farol
kardequiano
Não há
outra
alternativa
hoje,
senão
palmilhar
os
caminhos
que
Jesus
percorreu
“(...)
E eu
rogarei
ao
Pai, e
Ele vos
dará
outro
Consolador,
para que
fique
convosco
para
sempre.”
- Jesus.
(Jo,
14:16.)
O tempo
passou
célere,
desde
aqueles
primórdios
de
curiosidades
que
despertaram
os
fenômenos
de
Hydesville
e das
mesas
girantes
nos
salões
parisienses...
Eles
foram o
alvorecer
do tempo
da Nova
Era
profetizado
pelo
Cristo:
a do
advento
do
Consolador
para
fazer
reverdecer
a árvore
do
Cristianismo,
seca até
a raiz
pela
negligência
e
desfaçatez
dos
ecônomos
infiéis
que,
maus
pomicultores,
só
apresentaram,
até
então,
os
frutos
apodrecidos
de seus
interesses
subalternos,
custodiando
por
todos os
tempos a
ignorância
do povo.
As
religiões
ditas
“cristãs”,
mas, sem
o
Cristo,
igualam-se
em
fausto
com seus
dourados
ouropéis
da
ilusão,
da
presunção
e da
prepotência
às
antigas
monarquias
opressoras
e
impiedosas.
Mas eis
que
chega à
Terra –
finalmente
– o
Consolador
prometido
pelo
Cristo a
fim de
alavancar
em
definitivo
a
alforria
espiritual
das
criaturas,
emancipando-as
do
guante
escravizador
daqueles
que até
hoje
outra
coisa
não
fizeram
senão
vender o
Cristo a
grosso e
a
retalho...
A árvore
do
Cristianismo
que se
apresentava
com uma
galharia
seca,
árida,
sem
folhas e
frutos,
começa a
reverdecer
ao
influxo
da Nova
Era, e
qual a
Phênix
mitológica,
rediviva,
alçará
voo aos
alcandorados
cimos da
Espiritualidade,
apresentando-se
translúcido
em
espírito
e
verdade,
portanto,
despojado
de
dogmas e
cerimônias
exteriores
que nada
falam ao
coração
e muito
menos ao
raciocínio.
Suas
balizas
já estão
firmemente
implantadas
no chão
planetário.
Nenhum
obstáculo
poderá
frustrar
sua
influência
benéfica
no mundo
combalido
de hoje,
mesmo
porque é
da
vontade
do Pai
que
assim
seja...
Mas, sem
embargo,
no
entendimento
do Dr.
Bezerra
de
Menezes,
“(...) o
momento
da sega
encontra-se
ainda
distante,
uma vez
que o
solo que
deve ser
arroteado
aguarda
obreiros
diligentes.
Os Céus
permanecem
penumbrosos
e as
dificuldades,
desafiadoras.
Indispensável
que o
semeador
dê
prosseguimento
ao
compromisso
de
ensementar
a
palavra
de luz
na terra
dos
corações.
Em quase
toda
parte
medra o
escalracho
ameaçador...
O sarçal
permanece
estrangulando
as
plântulas
que
começam
a
apontar
bandeiras
de
esperança
após a
germinação.
Mais do
que
nunca se
tornam
indispensáveis
os
cuidados
com a
irrigação,
com a
adubagem,
em
relação
às
pragas
que se
vêm
aninhando
multimilenarmente
na
ensementação
do Bem.
Alarga-se
a
proposta
de Jesus
desvelada
pela
Revelação
Espírita.
Uma
grande
alegria
toma
conta
das
mentes e
dos
corações
que
laboram
na seara
de luz.
“Merece,
no
entanto,
considerar
que tudo
aquilo
que se
desenvolve
na
superfície
padece a
hipertrofia
da
profundidade.
Os
ideais,
à medida
que se
vulgarizam,
perdem
em
qualidade
o que
logram
conquistar
em
quantidade.
“A
Terceira
Revelação
não é
excepcional
concessão
de Deus
que
passe
entre os
homens
em
caráter
privilegiado.
Constitui-nos,
a nós,
espíritas
de
ambos
os
planos
da vida,
bênção e
honra a
vinculação
aos
postulados
da
Codificação
Espírita,
mas
também
sobre
nós
repousam
as
responsabilidades
graves
em torno
de como
nos
utilizaremos
da
concessão
superior
para
torná-la
aceita
pelas
multidões
necessitadas
de paz,
perdidas
no
báratro
de si
mesmas,
ansiosas
por
encontrar
o
rumo...
“Um
labor,
como o
do
Espiritismo,
que visa
à
transformação
moral da
Terra
mediante
a
modificação
interior
da
criatura
para
melhor,
é o mais
grandioso
desafio
que a
inteligência
contemporânea
enfrenta
e que os
sentimentos
humanos
defrontam.
“É
natural,
meus
filhos,
que haja
chuvas
de
calhaus,
que haja
problemas
à
frente,
que
surjam
incompreensões,
que
apareçam
provocações
de toda
natureza.
“Não
estranhemos,
portanto,
as
conjunturas
difíceis,
as lutas
inevitáveis
e,
forrados
de
fraternidade,
de
espírito
de amor,
sejamos
nós
aqueles
que
compreendamos
os que
nos não
compreendem,
que
toleremos
aqueles
que não
estejam
caminhando
conosco,
envolvendo-os
na
vibração
dúlcida
da nossa
simpatia
em
prece,
dando-lhes
o
direito
de ser
livres
na forma
de
proceder,
de nos
encarar
e até
mesmo
nos
combater.
“Se, por
acaso,
alguém
se
levanta
como
nosso
adversário
ideológico
ou se
ergue
como
nosso
inimigo
pessoal,
eis-nos
diante
do
testemunho
da nossa
fé.
Espiritismo
hoje é
Cristianismo
pulsante
de
ontem,
convidando-nos
ao amor,
para que
todos
saibam
em
definitivo
que
somos
discípulos
de
Jesus, o
Amigo
antagonizado
pelo
poder
temporal,
pelas
injunções
políticas,
pelos
caprichos
religiosos,
fiel, no
entanto,
a Deus,
ao
objetivo
do
trabalho
a que Se
entregou
até a
consumpção
do
corpo.
“Não há
outra
alternativa
hoje
senão
palmilhar
os
caminhos
que Ele
percorreu...
A
unificação
dos
espíritas
é nosso
trabalho
para
todos os
dias,
para
todas as
horas do
nosso
Movimento.
Paulatinamente
é
conquista
realizada,
passo a
passo,
urgente,
porquanto
se torna
necessária,
para que
a
fragmentação,
para que
as
dissensões,
para que
o
egotismo
dos
indivíduos
e dos
grupos
não
semeiem
discórdias
graves
nem
ameacem
o
patrimônio
doutrinário.
Cumpre-vos
transferirdes
às
gerações
porvindouras,
com a
pulcritude
que
recebestes,
o
patrimônio
espírita
legado
pelos
Benfeitores
da
Humanidade
e
codificado
pelo
ínclito
Allan
Kardec,
preparando
as
gerações
novas,
que nos
sucederão
na
jornada
de
construção
do mundo
novo.
“Porfiai
com
espírito
de
combate,
desarmado
dos
instrumentos
fratricidas
e
equipado
com os
admiráveis
recursos
do amor,
da
solidariedade,
da
caridade...
Uni-vos,
amando-vos
uns aos
outros,
mesmo
quando
discrepando
nas
observações,
mas
firmados
nos
ideais
estruturais
dos
postulados
espíritas
exarados
na
introdução
da Obra
Básica:
O
Livro
dos
Espíritos.
“Que a
maneira
de
interpretar
não
constitua
obstáculo
para o
objetivo
do amor,
desde
que
pretendemos
unir-nos
aos que
ainda
não
conhecem
Deus ou
se
negam a
aceitá-lO;
àqueles
que não
fazem
parte da
grei na
qual
mourejamos,
ou a
essoutros
que se
colocam
como
adversários
irônicos
e cruéis
do
Cristo
redivivo.
“Abrem-se
novos
horizontes;
estamos
mais
perto.
Entidades
e
criaturas,
retifiquemos
nossas
arestas
com o
buril da
parlamentação,
evitando
a lixa
grosseira
da
acrimônia,
da
crítica
mordaz,
que
somente
perturbam
ao invés
de
tranquilizar,
de
ajudar.
“Guardemos
na mente
que os
maiores
inimigos
não
estão
fora,
não são
aqueles
que
erguem o
dedo e a
voz
acusadores;
são as
nossas
imperfeições,
que nos
levam a
revidar,
a
anatematizar,
a ferir
e a nos
tornarmos
inimigos
em nome
de um
ideal de
fraternidade.
“Se não
lograrmos,
identificados
no
postulado
maior do
amor,
tolerar-nos,
se não
conseguirmos
respeitar-nos,
como
teríamos
a
coragem
de
pregar a
solidariedade
aos
outros,
tolerância
para com
os
outros,
em nome
do
trabalho
de
construção
do mundo
novo?!
“Espírita,
a
palavra
é uma
condecoração,
que não
se
coloca
sobre
indumentária
para
evidenciar
indivíduos,
mas que
se
implanta,
no cerne
do ser,
muitas
vezes
como
ferida
aberta
em chaga
viva a
exsudar
esperança
e amor.
“Semeai
e
semeai!...
Não
importa
que
alguns
grãos
caiam em
solo
árido,
na greta
do
asfalto,
porque o
que
tombar
no solo
ubérrimo
dará
espigas
de luz
de mil
por um
grão,
reverdecendo
o mundo.
“Estais
convidados
à união,
trabalhando
pela
unificação
das
Casas
Espíritas
no
Brasil e
no
Mundo.
Sede,
pois,
fiéis
até o
fim. Não
há outra
alternativa
que vos
possamos
oferecer”.
Salve o
“O Livro
dos
Espíritos”,
esse
inestimável
Farol
Kardequiano!...