Dona Esmeralda Bittencourt,
residente na cidade do Rio
de Janeiro, perdera quatro
filhos em uma tragédia.
Através de uma carta, Chico
tenta explicar uma das
possíveis causas daquele
sofrimento. É Ranieri quem
comenta o fato, registrando
comentários sobre o ocorrido
em seu livro “Recordações de
Chico Xavier”, editado pela
Editora da Fraternidade S/C
Ltda., de Guaratinguetá, SP.
Diz Ranieri:
“... Ele (Chico) contava que
certa ocasião se viu
desprendido do corpo
surgindo nas pedras das ruas
de Paris. Sentiu que saía
das próprias pedras e se
tornava uma menina de nove
anos. Viu-se caminhando pela
rua, entrando pelas portas
de um palácio, subindo uma
escada, e, chegando a um
salão. Ali, viu Catarina de
Médici, o Duque de Guise, a
Duquesa de Nemour e outra
pessoa, que era filha ou
filho de Catarina de Médici.
Eles discutiam o massacre a
ser desencadeado na noite de
São Bartolomeu. Catarina
vacilava, mas a Duquesa de
Nemour insistia com ela para
que desse a ordem de
massacre. Sob a influência e
coação da duquesa, Catarina,
de repente, embora
contrariada, indecisa, deu a
ordem e o massacre se
realizou com a morte de mais
de 10.000 protestantes. A
criança assistiu à cena e
Chico Xavier, que fora essa
criança, revelara a dona
Esmeralda que ela fora a
duquesa de Nemour, que
colaborara decisivamente
para que o massacre
ocorresse.”
Observação:
O massacre da noite de São
Bartolomeu foi um episódio
sangrento ocorrido na
repressão dos protestantes
na França pelos reis
franceses, católicos. As
matanças, organizadas pela
casa real francesa,
começaram em 24 de agosto de
1572 (Noite de São
Bartolomeu) e duraram vários
meses, inicialmente em Paris
e depois em outras cidades
francesas, vitimando entre
30 mil e 100 mil
protestantes franceses,
chamados huguenotes. Poucos
dias antes, era calmo o
ambiente na capital.
Celebrara-se um matrimônio
real, que deveria encerrar
um terrível decênio de lutas
religiosas entre católicos e
huguenotes. Os noivos eram
Henrique, rei de Navarra e
chefe da dinastia dos
huguenotes, e Margarida
Valois, princesa da França,
filha do falecido Henrique
II e de Catarina de Médici.
Margarida era irmã do rei
Carlos IX. Alguns milhares
de huguenotes de todo o país
– a nata da nobreza francesa
– foram convidados a
participar das festas do
casamento em Paris. Uma
armadilha sangrenta, como se
constataria mais tarde.
(Fonte: Internet.)