WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, SP (Brasil)
O exemplo dado
por Jesus
“Zaqueu,
desça depressa,
porque hoje devo
ficar em sua
casa. Ele desceu
rapidamente e o
acolheu com
alegria.”
(Lucas, 19:5.)
Jesus, passando
por Jericó, uma
das mais antigas
cidades do
mundo, situada
na Palestina,
tinha à sua
disposição
inúmeras casas
para se
hospedar, mas ao
observar Zaqueu,
o cobrador de
impostos da
localidade e
tido como homem
de má vida, pelo
seu
enriquecimento
ilícito, que o
observava de
cima de uma
árvore, decidiu
por ficar em sua
casa.
Naquela
oportunidade, o
Mestre, dentro
da sua
inquestionável e
reconhecida
sabedoria,
aproveitou o
momento que se
fez oportuno,
pois que não
perdia uma única
chance de
apresentar belas
e expressivas
lições à
humanidade, para
legar a todos
nós mais um
notável exemplo
de compreensão e
fraternidade.
Não só entrou na
casa física de
Zaqueu, para
breve repouso,
mas
principalmente
penetrou a casa
mental do
publicano, que
após a decisão
de Jesus,
apresentou
espontânea e
significativa
transformação ao
afirmar, mesmo
sob os protestos
da multidão que
não compreendeu
o gesto do
Cristo: “Senhor,
dou aos pobres
metade dos meus
bens, e, se
defraudei alguém
em algum coisa,
vou restituir o
quádruplo”.
O que Jesus
pretendia com a
sua decisão era
exatamente isso,
que Zaqueu
direcionasse sua
vida para outro
rumo; o da
dignidade,
honestidade e
honradez, pois
que não cansava
de dizer que
“não necessitam
de médicos os
sãos, mas sim os
doentes” (Mateus
IX, 12).
Todos nós
voltamos à Terra
em sucessivas
reencarnações,
trazendo sempre
na bagagem dos
nossos ideais a
imensa vontade
de crescer rumo
à perfeição a
que estamos
destinados. A
condição
inferior que
ainda ostentamos
impede que
cheguemos à paz
e à felicidade;
consequentemente
nos remete a uma
posição de
aflições e
sofrimentos. Só
será possível o
crescimento
espiritual se
deliberamos nas
mesmas condições
de Zaqueu,
criando
mecanismos
interiores, para
que Jesus também
possa se
hospedar em
nossa casa
mental.
Hoje, não somos
melhores do que
foi Zaqueu
ontem. Temos uma
imensa gama de
defeitos que
precisam ser
reparados e uma
quantidade
enorme de
virtudes para
serem
adquiridas. Os
recursos da
Providência
Divina estão
sempre à
disposição, mas
para que
permaneçam em
nossas vidas
necessitam de
campo fértil, em
nosso âmago,
isto é,
precisamos
querer.
Zaqueu subiu em
uma árvore para
ver Jesus,
simbolizando que
precisamos subir
nossa força de
vontade para
vislumbrar o
Cristo e depois
desceu
rapidamente,
atendendo
alegremente ao
seu chamado, e
de nossa parte
temos urgente
necessidade de
descermos do
orgulho, da
vaidade, do
egoísmo, da
inveja, da
preguiça e de
muito mais,
defeitos que têm
nos causado
grandes
prejuízos e
feito correr
rios de
lágrimas.
Depois disso,
imprescindível
se torna que
cuidemos muito
bem das
conquistas
espirituais,
pois que as
materiais,
embora
importantes
quando dentro do
equilíbrio, são
efêmeras,
passageiras e
não seguirão
definitivamente
conosco.
Poderemos
observar,
fazendo uma
análise da nossa
vida, quanto nos
preocupamos mais
com aquilo que é
material,
ilusório,
fantasioso e
descartável, em
detrimento dos
valores
espirituais,
aglutinadores de
conquistas que
nos farão
realmente
felizes.
Tomemos Zaqueu
como exemplo e
busquemos
urgentemente por
Jesus, não
apenas na
aparência ou em
atos exteriores,
mas o hospedemos
em nosso coração
para que ele
possa modificar,
de vez, a nossa
vida.
Reflitamos...