MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Evolução em Dois Mundos
André Luiz
(Parte
7)
Damos continuidade ao
estudo da obra
Evolução em Dois Mundos,
de André Luiz,
psicografada pelos médiuns
Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1959 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. No processo evolutivo
do princípio espiritual,
que é que vem primeiro:
o instinto ou o reflexo?
O reflexo é que, na
retaguarda do
transformismo, precede o
instinto, tanto quanto o
instinto precede a
atividade refletida, que
é base da inteligência
nos depósitos do
conhecimento adquirido
por recapitulação e
transmissão incessantes,
nos milhares de milênios
em que o princípio
espiritual atravessa
lentamente os círculos
elementares da Natureza,
qual vaso vivo, de fôrma
em fôrma, até
configurar-se no
indivíduo humano, em
trânsito para a
maturação sublimada no
campo angélico.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. IV, pp. 38 e 39.)
B. Podemos concluir que
o corpo espiritual,
veículo do Espírito, é o
resultado de
experiências
infinitamente repetidas?
Sim. O veículo do
Espírito, além do
sepulcro, no plano
extrafísico ou quando
reconstituído no berço,
é a soma de experiências
infinitamente repetidas,
avançando vagarosamente
da obscuridade para a
luz. Nele, situamos a
individualidade
espiritual, que se vale
das vidas menores
para afirmar-se –
vidas menores que
lhe prestam serviço,
recolhendo dela preciosa
cooperação para
crescerem a seu turno,
conforme os objetivos do
progresso.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. IV, pp. 39 e 40.)
C. Deduz-se então que os
órgãos do corpo
espiritual foram
construídos com extrema
lentidão, ao longo dos
séculos. É assim que
devemos entender?
Sim. Os órgãos do corpo
espiritual e também do
corpo físico foram
construídos
vagarosamente,
atendendo-se à
necessidade do campo
mental em seu
condicionamento e
exteriorização no meio
terrestre. O tato,
por exemplo, nasceu no
princípio inteligente em
sua passagem pelas
células nucleares em
seus impulsos amebóides.
O mesmo se deu com os
demais sentidos que hoje
utilizamos, cuja
aquisição se fez em
épocas e em
circunstâncias variadas.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. IV, pp. 40 e 41.)
Texto para leitura
25. Automatismo e
herança - Assim
como na coletividade
humana o indivíduo
trabalha para a
comunidade a que
pertence, entregando-lhe
o produto das próprias
aquisições, e a
sociedade opera em favor
do indivíduo que a
compõe, protegendo-lhe a
existência, no
impositivo do
aperfeiçoamento
constante, nos reinos
menores o ser inferior
serve à espécie a que se
ajusta, confiando-lhe,
maquinalmente, o fruto
das próprias conquistas,
e a espécie labora em
benefício dele,
amparando-o com todos os
valores por ela
assimilados, a fim de
que a ascensão da vida
não sofra qualquer
solução de continuidade.
Nas linhas da
Civilização, sob os
signos da cultura,
observa-se que, na
retaguarda do
transformismo, o reflexo
precede o instinto,
tanto quanto o instinto
precede a atividade
refletida, que é base da
inteligência nos
depósitos do
conhecimento adquirido
por recapitulação e
transmissão incessantes,
nos milhares de milênios
em que o princípio
espiritual atravessa
lentamente os círculos
elementares da Natureza,
qual vaso vivo, de fôrma
em fôrma, até
configurar-se no
indivíduo humano, em
trânsito para a
maturação sublimada no
campo angélico. Em
qualquer estudo acerca
do corpo espiritual não
podemos, desse modo,
esquecer a função
preponderante do
automatismo e da herança
na formação da
individualidade
responsável, para
compreendermos a
inexequibilidade de
qualquer separação entre
a Fisiologia e a
Psicologia, porquanto ao
longo da atração do
mineral, da sensação no
vegetal e do instinto no
animal, vemos a
crisálida de consciência
construindo as suas
faculdades de
organização,
sensibilidade e
inteligência,
transformando,
gradativamente, toda a
atividade nervosa em
vida psíquica.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. IV, pp. 38 e 39.)
26. Evolução e
princípios
cosmocinéticos -
Os dias da Criação,
assinalados nos livros
de Moisés, equivalem a
épocas imensas no tempo
e no espaço, porque o
corpo espiritual que
modela o corpo físico e
o corpo físico que
representa o corpo
espiritual constituem a
obra de séculos
numerosos, pacientemente
elaborada em duas
esferas diferentes da
vida, a se retomarem no
berço e no túmulo com a
orientação dos
Instrutores Divinos que
supervisionam a evolução
terrestre. A lei da
evolução prevalece para
todos os seres do
Universo, tanto quanto
os princípios
cosmocinéticos, que
determinam o equilíbrio
dos astros, são, na
origem, os mesmos que
regulam a vida orgânica,
na estrutura e movimento
dos átomos. O veículo do
espírito, além do
sepulcro, no plano
extrafísico ou quando
reconstituído no berço,
é a soma de experiências
infinitamente repetidas,
avançando vagarosamente
da obscuridade para a
luz. Nele, situamos a
individualidade
espiritual, que se vale
das vidas menores
para afirmar-se –
vidas menores que
lhe prestam serviço,
recolhendo dela preciosa
cooperação para
crescerem a seu turno,
conforme os objetivos do
progresso. (Evolução
em dois Mundos, Primeira
Parte, cap. IV, pp. 39 e
40.)
27. Gênese dos
órgãos psicossomáticos
- Todos os órgãos do
corpo espiritual e
também do corpo físico
foram, portanto,
construídos com
lentidão, atendendo-se à
necessidade do campo
mental em seu
condicionamento e
exteriorização no meio
terrestre. É assim que:
(1) o tato nasceu
no princípio
inteligente, na sua
passagem pelas células
nucleares em seus
impulsos ameboides; (2)
a visão
principiou pela
sensibilidade do plasma
nos flagelados
monocelulares expostos
ao clarão solar; (3) o
olfato começou
nos animais aquáticos de
expressão mais simples,
por excitações do
ambiente em que
evolviam; (4) o gosto
surgiu nas plantas,
muitas delas armadas de
pelos viscosos
destilando sucos
digestivos; (5) as
primeiras sensações do
sexo apareceram
com algas marinhas
providas não só de
células masculinas e
femininas que nadam,
atraídas umas para as
outras, mas também de um
esboço de epiderme
sensível, que podemos
definir como região
secundária de simpatias
genésicas. (Evolução
em dois Mundos, Primeira
Parte, cap. IV, pp. 40 e
41.)
28. Trabalho da
inteligência -
Examinando, pois, o
fenômeno da reflexão
sistemática, gerando o
automatismo que assinala
a inteligência de todas
as ações espontâneas do
corpo espiritual,
reconheceremos sem
dificuldade que a marcha
do princípio inteligente
para o reino humano e
que a viagem da
consciência humana para
o reino angélico
simbolizam a expansão
multimilenar da criatura
de Deus que, por força
da Lei Divina, deve
merecer, com o trabalho
de si mesma, a auréola
da imortalidade em pleno
Céu. (Evolução em
dois Mundos, Primeira
Parte, cap. IV, pág.
41.)
(Continua no próximo
número.)
Nota:
Muitos termos técnicos
usados na obra em estudo
não se encontram nos
dicionários que
comumente consultamos.
Clicando no link
abaixo, o leitor terá
acesso ao
texto integral do livro
Elucidário de
Evolução em Dois Mundos,
elaborado e publicado
com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf