WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 244 - 22 de Janeiro de 2012

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, MG (Brasil)
 
 

A insofismável existência
do mundo espiritual

O Espiritismo prova a sua existência por fatos patentes, irrecusáveis.
Allan Kardec 


Os fenômenos espíritas vêm hoje lançar uma luz toda nova sobre certos efeitos relegados, até então, ao domínio fantástico do maravilhoso e permitindo-nos saber o que é possível e o que é impossível...

Primeiramente, o que é o maravilhoso? 

O ceticismo responde: É tudo o que, estando fora das leis da Natureza, é impossível; depois acrescenta: Se os relatos antigos são férteis em fatos desse gênero, isso se prende ao amor do homem pelo maravilhoso. Mas de onde vem esse amor? É o que ele não diz, e é o que vamos tentar explicar: O que o homem chama de maravilhoso, o transporta pelo pensamento além dos limites do conhecido, e é aspiração íntima para uma ordem de coisas melhores.

Essa aspiração vem da intuição que ele tem de que certa ordem de coisas deve existir. Não a encontrando sobre a Terra, procura-a na esfera do desconhecido. Mas essa própria aspiração não é indício providencial de que há alguma coisa, além da vida corpórea? O homem compreende intuitivamente que há, fora do mundo visível, um poder do qual se faz uma ideia mais ou menos justa, segundo o desenvolvimento de sua inteligência, e muito naturalmente vê a ação direta desse poder em todos os fenômenos que ele não compreende. Uma multidão de fatos, hoje perfeitamente explicados e já situados no domínio das leis naturais, passava outrora por maravilhosos. Disso resulta que todos os homens que possuem faculdades ou conhecimentos superiores ao vulgo, por ter uma porção desse poder invisível, ou ter dele seu poder, foram chamados mágicos ou feiticeiros. A opinião da Igreja tendo feito prevalecer que esse poder não podia provir senão do Espírito do mal, quando se exercia fora de seu seio, nos tempos de barbárie e de ignorância, queimavam-se os pretensos mágicos ou feiticeiros. 

Alguns críticos argumentam: Onde encontrais mais relatos maravilhosos? Não é na Antiguidade, nos povos selvagens, nas classes menos esclarecidas?!  Não é uma prova de que são o produto da superstição, filha da ignorância?! 

Da ignorância, é incontestável, e isto por uma razão muito simples: Os antigos, que sabiam menos do que nós, não eram menos tocados pelos mesmos fenômenos; conhecendo menos causas verdadeiras, procuravam as causas sobrenaturais para as coisas mais naturais, e, com a ajuda da imaginação, secundada pelo medo de um lado, do outro pelo gênio poético, aumentavam acima dos contos fantásticos amplificados pelo gosto da alegoria particular aos povos do Oriente.

Prometeu, arrancando o fogo do Céu que o consumia, devia passar por um ser sobre-humano punido por sua temeridade, por ter impiedade sobre os direitos de Júpiter; Franklin, o Prometeu moderno, é para nós simplesmente um sábio.

Tendo a ciência feito reentrar uma multidão de fatos na ordem natural, reduziu muito os fatos maravilhosos. Mas explicou tudo? Conhece todas as leis que regem os mundos? Não tem nada mais a aprender? Cada dia surge um desmentido a essa orgulhosa pretensão!...

Não tendo, pois, pesquisado todos os segredos de Deus, disso resulta que muitos fatos antigos estão ainda inexplicados. Ora, não admitindo como possível o que ela não compreende, acha mais simples chamá-los maravilhosos, fantásticos, quer dizer, inadmissíveis para a razão; aos seus olhos, todos os homens que são considerados tê-los produzidos são impostores.

A lei de gravitação universal abriu um novo caminho para a ciência, e deu conta de uma multidão de fenômenos sobre os quais se construíram teorias absurdas; a lei das afinidades moleculares veio lhe dar um novo passo; a descoberta de um mundo microscópico abriu-lhe novos horizontes; a eletricidade, a seu turno, veio revelar-lhe uma nova força que ela não supunha; a cada uma dessas descobertas, viram-se resolver muitas dificuldades, muitos problemas, muitos mistérios incompreendidos ou falsamente interpretados; mas quantas coisas restam ainda a esclarecer? Não se pode admitir a descoberta de uma nova lei, de uma nova força vindo lançar luz sobre os pontos ainda obscuros? Pois bem! É uma nova força que o Espiritismo vem revelar, e essa força é a ação do mundo invisível sobre o mundo visível. Mostrando nessa ação uma lei natural, recua ainda os limites do maravilhoso e do sobrenatural, porque explica uma multidão de coisas que pareciam inexplicáveis, como outras pareciam inexplicáveis antes da descoberta da eletricidade.

O Espiritismo limita-se a admitir o mundo invisível como hipótese e como meio de explicação? Não, porque isso seria explicar o desconhecido pelo desconhecido. Ele prova a sua existência por fatos patentes, irrecusáveis, como o microscópio provou a existência do mundo dos infinitamente pequenos.

Estando, pois, demonstrado que o mundo invisível nos rodeia e que esse mundo é essencialmente inteligente, uma vez que se compõe das almas dos homens que viveram, concebe-se facilmente que ele possa desempenhar um papel ativo no mundo visível, e produzir fenômenos de uma ordem particular. São esses fenômenos que a ciência, não podendo explicar pelas leis conhecidas, chama de maravilhosos. 

Esses fenômenos, sendo uma lei da Natureza, se produziram em todos os tempos. Ora, como repousa sobre a ação de uma força fora da Humanidade, e que todas as religiões têm por princípio a homenagem prestada a essa força, eles serviram de base a todas as religiões; eis por que nos relatos antigos, do mesmo modo que em todas as teogonias, formigam alusões e alegorias concernentes às relações do mundo invisível com o mundo visível, e que são ininteligíveis, se não se conhecem essas relações, querer explicá-las sem isso, é querer explicar os fenômenos elétricos sem a eletricidade. Esta lei é a chave que vai abrir a maioria dos santuários misteriosos da Antiguidade; uma vez reconhecida, os historiadores, os arqueólogos, os filósofos verão desenrolar-se, diante deles, um horizonte inteiramente novo, e a luz se fará sobre os pontos mais obscuros.

Se esta lei ainda encontra oposição, ela tem isso de comum com tudo que é novo; isto se prende, ademais, ao espírito materialista que domina nossa época, e, em segundo lugar, porque se faz do mundo invisível uma ideia de tal modo falsa que a incredulidade lhe é a consequência. 

O Espiritismo não só demonstra a existência do mundo espiritual, mas apresenta-o sob um aspecto de tal modo lógico que a dúvida não tem mais razão de ser naquele que se dá ao trabalho de estudá-lo consciencio-samente.                           



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita