CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Nós estamos com
você!
Ainda agora
tomava sozinha o
meu café
mergulhada em
reflexões sobre
situações sobre
as quais ainda
não atino com
uma solução
satisfatória,
quando percebi
uma daquelas
presenças amigas
e constantes "do
outro lado da
vida", que
sempre atendem
aos nossos
pedidos de
socorro
explícitos, ou
tácitos.
Refletia,
completamente
alheada do
momento
presente, e
olhando, sem
ver, o aparelho
celular novo que
tinha nas mãos,
quando aquela
"voz silenciosa"
se fez ouvir
nitidamente no
meu "ouvido
interno":
– Nós estamos
com você! Não se
preocupe tanto!
– E, para minha
surpresa, ainda
comentou, e eu
intuí que a
intenção era
desviar-me o
foco daquelas
especulações
quase obsessivas
que tinha em
mente, já
estressando o
meu começo de
dia: –
Interessante,
este seu novo
aparelho! Um dia
você vai se
admirar com o
que existe por
aqui!
De tão oportuno
o comentário e
aquela presença
amiga, terminei
mesmo acordando
e me desviando
definitivamente
para pensamentos
e ocupações mais
saudáveis por
dentro de casa.
Introduzo assim
esta nova
Crônica
para, bem a
propósito,
relatar o
testemunho
autorizado de um
amigo que já de
há tempos me
envia excelentes
coisas por
e-mail, o Luiz
Cardoso. Para
tanto, que
tentarei
reproduzir, com
a fidelidade
possível às suas
palavras, duas
de suas
vivências que
merecem ser
compartilhadas
com meus
leitores, pela
grande beleza e
utilidade de que
se revestem. O
objetivo é
exemplificar o
tipo de
influência
constante que
todos recebemos
dos habitantes
das outras
dimensões.
Luiz conta: após
quase um ano da
morte de um
colega do Banco,
foi levado (por
desdobramento)
por três
Espíritos a um
belíssimo
jardim. Sentado
num banco, ele
tentava ver seus
rostos, mas não
conseguia. De
repente, estava
a seu lado o
referido colega.
Ele relata que
tomou um susto,
dizendo: –
Otoniel, mas
você já morreu!
O colega
replicou que ele
era espírita e
não entendia o
seu espanto.
Então, falaram
rapidamente do
que ele tinha
sofrido após o
desencarne, e
Luiz comentou
que a sua
aparência estava
bem melhor do
que ao
desencarnar. O
outro, então,
pediu que
intercedesse
junto aos seus
pais (ambos
ateus) para que
tomassem conta
da sua filha.
Luiz replicou
que ele não
tinha nenhuma
filha, e
lembrou-se de
uma das últimas
conversas,
quando ele disse
quanto estava
arrependido de
ter pago o
aborto de uma
namorada, e
quanto se zangou
com o colega por
estar fazendo
aquilo,
insistindo para
que não o
fizesse.
O colega disse
não se tratar
daquela criança,
mas de uma outra
que era sua
filha e ele só
soube depois de
desencarnar. Ele
morrera sem
saber que tinha
uma filha!
Luiz relata que,
na manhã
seguinte, contou
o "sonho" à
ex-esposa e ela
perguntou se ele
iria procurar os
pais do amigo.
Respondeu-lhe
que não, porque
eram ateus e
provavelmente
ainda sofriam a
perda, e, por
certo, o
expulsariam.
Todavia,
passados dois
meses, Luiz
viajou e
encontrou a
filha do colega.
Nem precisaria
de teste de DNA:
era ele em tudo!
Então, procurou
os pais do
amigo, e não
mais os
encontrou, pois
haviam se
mudado. Hoje, a
garota está
casada, com dois
filhos, morando
em Salvador.
O outro caso é
não menos
sugestivo.
Conta-nos Luiz
Cardoso:
Quando leu Nosso
Lar pela
primeira vez,
estava numa UTI,
já desenganado
pelos médicos.
Ao terminar de
ler o livro, à
noite recebeu
uma visita
inusitada. Havia
vários médicos
ao redor da sua
cama. Tentou se
levantar, mas o
mais velho, e
certamente o
chefe da equipe,
lhe pediu para
relaxar e fechar
os olhos. Notou
que eram
Espíritos – pelo
menos, sentiu
assim. O médico
que chefiava a
equipe era o
doutor Bezerra
de Menezes.
Então, teve alta
do hospital,
dois dias depois
– não no dia
imediato, porque
os médicos
carnais não
podiam entender
como havia
melhorado tanto
em apenas uma
noite,
deixando-o em
observação.
Este último
caso, amigos,
particularmente,
vem ilustrar e
confirmar o já
mencionado nesta
nossa série de
textos a
respeito da
atuação dos
médicos do
espaço a nosso
favor, não para
derrogar
planejamentos
cármicos
específicos de
retorno ao mundo
espiritual,
quando expira o
nosso prazo por
aqui e devemos
voltar à vida
mais verdadeira,
mas em múltiplos
casos em que uma
prorrogação de
prazo é
consentida com
utilidade
específica,
porque a
permanência
deste ou daquele
durante algum
tempo a mais
beneficiará
pessoas ou
situações que
nos estejam
coligadas na
trajetória
material.
Devemos recordar
que a vida é
processo
dinâmico,
obediente,
inclusive aos
direcionamentos
do
livre-arbítrio,
nossos, e dos
que nos
acompanham mais
ou menos de
perto. Portanto,
para cada caso
haverá uma
análise
diferenciada, de
maneira que a
nossa
permanência na
vida física, se
em linhas gerais
é projetada para
um período de
tempo
específico,
quanto mais
lúcido o
Espírito, e
maior a sua
participação e
interação com as
equipes
encarnadas e
desencarnadas em
favor da vida,
maiores também
as chances de
que, em tempo,
sejam revistos e
ajustados planos
anteriores à
reencarnação,
para que sejam
atendidos de
forma o mais
satisfatória
possível todos
os compromissos
no estágio da
materialidade.
O fato
inconteste,
tendo em vista
todas estas
vivências de
caráter, em
princípio
altamente
subjetivo – de
vez que nem
sempre são
alardeadas ou
divulgadas para
além do nosso
círculo mais
íntimo de
amizades e
convivências –,
é que, em
quaisquer
situações, das
mais banais às
mais aflitivas,
sempre nos
veremos
acompanhados de
um número bem
maior de amigos
e seres
estimados do que
à primeira vista
possa nos
parecer, se nos
basearmos
somente em quem
nos rodeia na
vida material,
ou num aparente
e momentâneo
estado de
solidão.
Lembremo-nos,
portanto, do
recado que me
foi assoprado na
manhã de hoje,
sempre
apropriado para
cada um de nós:
- "Nós
estamos com
você!..."