Conforme dissemos na edição
anterior, trataremos nesta
edição da segunda questão
que nos foi proposta por uma
leitora radicada em
Presidente Prudente-SP, em
carta publicada na edição
236 desta revista.
Diz ela que frequenta há
tempos reunião mediúnica em
um centro espírita, a qual é
aberta ao público, inclusive
a crianças. Além de aberta,
a reunião apresenta outros
inconvenientes que a leitora
mencionou em sua carta, em
que nos pergunta, por fim,
como entender os aludidos
problemas.
Raul Teixeira disse certa
vez, a propósito do
movimento espírita, que este
expressa o nível das pessoas
que o dirigem. Segundo o
conhecido confrade, “sempre
que ele (o movimento
espírita) esteja sob
comandos ineptos e
despreparados para esse
comando, sofrerá as
consequências dessa
incapacidade”. O texto
completo do que Raul disse
pode ser visto clicando-se
neste link:
http://www.oconsolador.com.br/ano5/214/raulteixeiraresponde.html
A mesma análise podemos
aplicar ao centro espírita.
Se as pessoas que o dirigem
não estão preparadas para
essa função ou desprezam
deliberadamente o que as
obras espíritas recomendam,
a consequência será algo
parecido com o que a leitora
nos relatou.
No tocante às reuniões
mediúnicas abertas ao
público, repetimos aqui o
que já escrevemos nesta
revista em mais de uma
ocasião.
É preciso ter em mente –
antes de tudo - que uma
reunião mediúnica,
especialmente quando seu
objetivo é o esclarecimento
das entidades desencarnadas,
assemelha-se a uma
enfermaria, com recursos
trazidos da Espiritualidade
para tratamento das
criaturas conturbadas e
infelizes que ali
comparecem.
Esse fato é suficiente para
que entendamos que a sessão
não deve ser aberta a
curiosos, uma advertência
que Cairbar Schutel, Carlos
Imbassahy e Spártaco Banal
fizeram em obras publicadas
antes do surgimento das
obras de André Luiz no
cenário editorial
brasileiro.
Allan Kardec também havia
tratado da questão quando
respondeu aos que lhe
propunham abrir ao público
as sessões da Sociedade
Parisiense de Estudos
Espíritas.
Não seria, pois, diferente o
entendimento de Divaldo
Franco acerca do tema.
“Nunca é demais recomendar –
afirma o ilustre médium e
tribuno baiano – que as
sessões mediúnicas sejam de
caráter privado.”
No cap. 21 do livro
“Desobsessão”, André Luiz
escreveu: "Coloquemo-nos no
lugar dos desencarnados em
desequilíbrio e
entenderemos, de pronto, a
inoportunidade da presença
de qualquer pessoa estranha
a obra assistencial dessa
natureza”. “O serviço de
desobsessão não é um
departamento de trabalho
para cortesias sociais que,
embora respeitáveis, não se
compadecem com a enfermagem
espiritual a ser
desenvolvida, a benefício de
irmãos desencarnados que
amargas dificuldades
atormentam.”
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