CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Mediunidade
ostensiva
Nestes dias, em
férias,
sentei-me
gostosamente no
meu quarto e
fiquei admirando
o violino.
Alguns mais
íntimos com quem
dividi o
episódio o
julgaram, no
mínimo,
pitoresco. Compreende-se
a razão. Foi uma
ilustração
típica da
intensidade dos
efeitos de
sintonia e de
influenciação
mediúnica
ostensiva, relacionada
ao Espírito
autor da nossa
próxima obra
psicografada.
Portanto, em
síntese,
tratou-se de uma
influência
saudável.
Todavia, o caso
proporciona reflexão sobre
os episódios de
simbiose
mediúnica
nociva, se não
vigiarmos
atentamente as
faixas
vibratórias que
andamos
frequentando no
dia-a-dia,
inadvertidamente,
por meio de
atitudes e
pensamentos.
O Espírito autor
do meu próximo
livro foi um
músico clássico,
professor,
dentre outros
instrumentos, de
violino. E
tratou-se,
particularmente,
de uma
manifestação
única até o
presente
momento, porque
jamais havia
recebido um
livro em apenas
um mês! Todavia,
tamanha foi a
facilidade de
sintonia e a
empatia no ritmo
do trabalho, que
assim, e pela
primeira
vez, aconteceu!
Revelaram-se
óbvias as razões
de ordem
espiritual.
Sabe-se que em
trabalhos desta
natureza os
Espíritos
autores ou
comunicantes,
muitas vezes,
guardam grande
relação de
simpatia, de
ideais, e
tendências em
comum com o
canal
reencarnado. E,
durante toda a
minha vida,
desde a
infância, e por
herança
familiar,
apresentei
facilidade com a
música. Frequentei
aulas de violão
e, mais tarde,
de piano. E
nunca consegui,
inexplicavelmente,
assistir a uma
apresentação
sinfônica, ou –
mais ainda! – de
algum gênero
clássico ao vivo
sem me emocionar
até à
inconveniência!
Lembro-me bem do
episódio mais
recente, em
Campos do
Jordão. Uma
menina de apenas
uns doze anos,
solista e
soprano, cantava
magnificamente
para o público
em apresentação
de Páscoa, numa
praça, e paramos
para assisti-la.
E só fiz chorar
incontidamente,
do começo ao fim
da apresentação!
No que se refere
ao violino, o
fascínio sempre
existiu nas
minhas
preferências
musicais. Mas
não imaginei que
um dia acabaria,
por impulso,
comprando um,
como o fiz há
poucos dias, sob
a mais estranha
das motivações:
adquirindo-o,
parecia que o
instrumento era
quase uma
entidade viva em
minhas mãos, na
qual o simples
contato
proporciona-me
grande emoção e
inexplicável
prazer! Assim,
estou namorando
o violino até
agora; olho-o.
Assisto a aulas
on-line; vou
conversando com
ele, que, a
princípio,
instrumento
nobre e
caprichoso que
é, não queria me
dar resposta
digna, pois não
havia meio de
conseguir
conduzir o arco
de modo a obter
algum som.
Agora, já se
digna a me
presentear com
alguns acordes.
Não faço a
mínima ideia do
que vou fazer
com ele nos
próximos tempos!
Mas o tenho, e
este foi o
primeiro passo –
convicta de que
a forte
influência do
Espírito Iohan, o
autor do meu
livro, foi
fundamental para
arrastar-me a
este impulso
incontido!
Como dito,
porém, foi um
impulso
saudável, na
direção do
aprendizado da
música, e mais
uma prova
indiscutível de
como atuam as
influências das
dimensões
invisíveis,
muito acima do
que pensamos, no
cotidiano de
nossas vidas.
O médium atuante
se conscientiza
deste processo
de um modo mais
avisado. Apercebe-se
do
desenvolvimento
do fenômeno, e
fecha a
sua guarda
constantemente,
sob a inspiração
dos seus
mentores e,
acima de tudo,
com vigilância
rígida sobre si
próprio, a fim
de se manter em
processo de
sintonia fina,
constante apenas
com aqueles com
quem faz boa
parceria para
oferecer aos
reencarnados a
mensagem do
mundo espiritual
sobre as
realidades
maiores da
existência, para
além das portas
materiais.
Também
para melhorar-se
intimamente,
depurar energias
sutis, e
resgatar os malfeitos
das vidas
distanciadas nas
névoas do
passado.
É necessário que
se aborde sempre
esta
questão, em atenção
aos que, sem
muita
consciência
da verdade de
que todos
possuímos graus e
características
diferenciadas de
mediunidade, de
forma espantosa
vão seguindo os
seus dias
rodeados das
influências
maciças
da invisibilidade,
sem selecionar o
acesso livre das
mesmas ao
decurso das suas
vivências cotidianas.
Assim, do mesmo
modo como fui
conscientemente
influenciada
para a
atração ao
instrumento
musical, muito
provavelmente já
meu velho
conhecido
de algum passado
já sepultado nos
tempos, outros
milhares devem
se deixar
arrastar por
sugestões mais
infelizes,
sussurradas à
sorrelfa
por aqueles das
dimensões
astrais
circundantes que
se
compatibilizam com
os nossos piores
e mais infelizes
impulsos:
raivas,
exasperações,
descontrole,
mágoas,
ressentimentos,
agressões...
Quantos em
volta, acompanhando
o nosso
dia-a-dia, não
estarão, agora
mesmo,
concordando,
tomando partido,
ou discordando
de atitudes e
reações nossas
para com o
nosso próximo, ou
em relação aos
episódios mais
banais?
Assoprando-nos,
de maneira
inoportuna,
conselhos
desastrados,
emoções nocivas,
palpites
comprometedores
do nosso
bem-estar, se
não atentarmos a
tempo para o que
de fato nos
convém à
manutenção da
nossa felicidade
e qualidade de
vida?
Convivemos com o
invisível. Estudemos
e vigiemos,
porém, a quem
andamos abrindo
as nossas
portas.