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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 247 - 12 de Fevereiro de 2012

PEDRO DE ALMEIDA LOBO
lobocmemtms@terra.com.br
Campo Grande, MS (Brasil)
 

Que tempos são esses?


É sabido que o Espírito encarnado (alma) ou desencarnado tem o pensamento como instrumento de trabalho para interagir consigo mesmo, com a família, com a sociedade, com a humanidade e com o Universo.

Cada pensamento cria uma realidade que se materializa em forma de imagem. Quando ela entra em ação, vem a imaginação.

Alguns estudiosos do comportamento humano asseveram que o pensar nasce na intenção de se fazer ou deixar de fazer algo ou alguma coisa.

Dela surge o desejo, que pode ser descartável. Todavia, quando se coloca a força do pensamento sobre o desejo, a vontade aflora, robustece-se e entra em ação.

Cuidado, pois, com a força de vontade!

O ditado popular propaga que “onde estiver o pensamento, aí está o tesouro; e onde estiver o tesouro, está o coração”.

Essa poética expressão não é verdadeira, ainda que tenha surgido em época bastante recuada da que se vive atualmente.

O engano está aqui. Desde antanho que o coração foi considerado a fonte das emoções.

Embora seja uma crendice milenar, não é verdadeira essa afirmativa, uma vez que emoção é pensamento em ação.

O coração é um músculo como outro qualquer do corpo humano sem capacidade para pensar, somente o Espírito, ser inteligente do universo, é dotado desse atributo. Portanto, no ser humano, a fonte do pensamento é a alma (Espírito encarnado).

Mesmo sabendo dessa particularidade, ainda se ouvem expressões como estas. Quando alguém toma uma atitude nefanda dizem: “ele fez isso porque não tem coração”. Por outro lado, quando se pratica uma ação meritória, acontece o oposto. Fulano agiu assim porque tem bom coração, mesmo sendo cardiopata.

Decisões nobres ou devastadoras provêm do Espírito de boa ou má índole.

O perigo de tudo isso está quando os malévolos reencarnam. Unem-se pelos vetores da semelhança, pertencem à mesma casta, são investidos de poderes e praticam o mal sob o véu da impunidade.

Não há dúvida de que os escândalos aparecem. Pena que são contemporizados, abafados e esquecidos.

Psicológica e moralmente, a humanidade está ficando sob a custódia nefasta dos grupos espirituais reencarnados, ocupando escalões decisivos em todos os níveis nas sociedades, espalhando dores, sofrimentos, desolações e desesperanças de dias melhores.

Em algumas religiões que se apresentam como as únicas representantes de Deus na face da Terra, que deveriam ser exemplo de dignidade, modelo de moralidade, marco de austeridade e ancoradouro da fé, alastram-se sob denominações variadas, sustentam a credulidade empírica, banalizam os poderes universais e absolutos do Criador, modificam os ensinamentos do Cristo e maculam as instruções dos Seus Mensageiros.

Dizem os mais velhos que são sinais do final dos tempos. Será verdade? Que tempos são esses?

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita