PEDRO
DE ALMEIDA LOBO
lobocmemtms@terra.com.br
Campo Grande, MS
(Brasil)
Que tempos são
esses?
É sabido que o
Espírito encarnado
(alma) ou
desencarnado tem o
pensamento como
instrumento de
trabalho para
interagir consigo
mesmo, com a
família, com a
sociedade, com a
humanidade e com o
Universo.
Cada pensamento cria
uma realidade que se
materializa em forma
de imagem. Quando
ela entra em ação,
vem a imaginação.
Alguns estudiosos do
comportamento humano
asseveram que o
pensar nasce na
intenção de se fazer
ou deixar de fazer
algo ou alguma
coisa.
Dela surge o desejo,
que pode ser
descartável.
Todavia, quando se
coloca a força do
pensamento sobre o
desejo, a vontade
aflora, robustece-se
e entra em ação.
Cuidado, pois, com a
força de vontade!
O ditado popular
propaga que “onde
estiver o
pensamento, aí está
o tesouro; e onde
estiver o tesouro,
está o coração”.
Essa poética
expressão não é
verdadeira, ainda
que tenha surgido em
época bastante
recuada da que se
vive atualmente.
O engano está aqui.
Desde antanho que o
coração foi
considerado a fonte
das emoções.
Embora seja uma
crendice milenar,
não é verdadeira
essa afirmativa, uma
vez que emoção é
pensamento em ação.
O coração é um
músculo como outro
qualquer do corpo
humano sem
capacidade para
pensar, somente o
Espírito, ser
inteligente do
universo, é dotado
desse atributo.
Portanto, no ser
humano, a fonte do
pensamento é a alma
(Espírito
encarnado).
Mesmo sabendo dessa
particularidade,
ainda se ouvem
expressões como
estas. Quando alguém
toma uma atitude
nefanda dizem: “ele
fez isso porque não
tem coração”. Por
outro lado, quando
se pratica uma ação
meritória, acontece
o oposto. Fulano
agiu assim porque
tem bom coração,
mesmo sendo
cardiopata.
Decisões nobres ou
devastadoras provêm
do Espírito de boa
ou má índole.
O perigo de tudo
isso está quando os
malévolos
reencarnam. Unem-se
pelos vetores da
semelhança,
pertencem à mesma
casta, são
investidos de
poderes e praticam o
mal sob o véu da
impunidade.
Não há dúvida de que
os escândalos
aparecem. Pena que
são contemporizados,
abafados e
esquecidos.
Psicológica e
moralmente, a
humanidade está
ficando sob a
custódia nefasta dos
grupos espirituais
reencarnados,
ocupando escalões
decisivos em todos
os níveis nas
sociedades,
espalhando dores,
sofrimentos,
desolações e
desesperanças de
dias melhores.
Em algumas religiões
que se apresentam
como as únicas
representantes de
Deus na face da
Terra, que deveriam
ser exemplo de
dignidade, modelo de
moralidade, marco de
austeridade e
ancoradouro da fé,
alastram-se sob
denominações
variadas, sustentam
a credulidade
empírica, banalizam
os poderes
universais e
absolutos do
Criador, modificam
os ensinamentos do
Cristo e maculam as
instruções dos Seus
Mensageiros.
Dizem os mais velhos
que são sinais do
final dos tempos.
Será verdade? Que
tempos são esses?