CELSO MARTINS
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Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Deus ajuda a
quem se ajuda
Era criança (chi!
bota tempo
nisto!) quando
ouvi tal frase
dos lábios da
saudosa mãezinha
Maura
(1923–1997), ao
me alfabetizar
em casa, em
1947, nos meus 5
anos
distantíssimos.
Este modo de
usar os
adjetivos no
grau superlativo
absoluto eu
aprendi lendo
Leopoldo
Machado, quer na
prosa, quer nos
poemas
rigorosamente
com metro, com
rima e com
ritmo, ele
autodidata. E
que poeta!...
Bem, vamos aos
exemplos
concretos,
perdão pedindo
desde já se uso
o pronome
pessoal do caso
reto na primeira
pessoa do
singular.
Poderia, por uma
questão de
modéstia, usar o
“nós”, não é
mesmo? Mas a ele
prefiro o “eu”
mesmo. Não para
erigir-me em
modelo. Não!
Nosso modelo é
Jesus! V. O
Livro dos
Espíritos.
Primeiro
exemplo:
Fevereiro de
1960. Cursava
ainda o 3º ano
do curso
científico do
Colégio
Leopoldo, em
Nova Iguaçu,
criado pelo
mesmo Leopoldo,
em 1930, em
homenagem ao rei
Leopoldo (belga)
a nos visitar,
mais ou menos
naquela ocasião.
Estou fazendo a
prova escrita de
Matemática para
ingressar no
Curso de
Preparação de
Oficiais da
Reserva do
Exército. Cai
uma questão
sobre apótema.
Acertei-o... Era
meu velho
conhecido do
livro
Problemas de
Matemática,
do professor
desta ciência
exata no Colégio
Pedro II, pai da
atriz Tônia
Carrero, mãe do
Cécil Thiré. O
livro era do
Cécil Thiré.
Fiquei reprovado
do exame médico:
uma hérnia
inguinal
(operada
perispiritualmente
em março de
1964) e pouca
massa corporal,
45 kg, que
conservo até
agora, meados de
2011. Não sou
magro. Sou
magríssimo!...
Segundo exemplo:
Fevereiro de
1963. Fazia a
prova escrita de
Química. Dada a
composição
centesimal de
uma certa
substância
(tantos gramas
de carbono, de
hidrogênio, de
oxigênio e
azoto), levantar
a fórmula
molecular do
composto... Era
o GABA, ou ácido
gama-aminobutírico,
encontrado na
manteiga, o
butter, do
Inglês, o
butirro do
Toscano, o
butero do
meu, do teu, do
nosso
Esperanto...
Aplicou-me um
professor que,
mais tarde, vim
a saber ser o
pai do Abel dos
Santos Reis,
este filho meu
colega no
Colégio
Pentágono, onde
lecionei, na
rede particular,
de 1977 até
1988,
afastando-me,
doente dos
intestinos. Era
o GABA, que os
pediatras (se
não me engano)
usam para
“abrir” o
apetite da
gurizada, por
atuar nas
enzimas do trato
digestivo. Se
errei,
mostrem-me a
cincada. Mas a
ele eu o
acertei! Era meu
velho conhecido
do livro de
Química, do
Renato Garcia,
um dos 3 enormes
volumes que li
em 1959. Eta
memória de
elefante!
Sem a menor
dúvida o leitor
sonolento dispõe
de mais e mais
exemplos mais
interessantes
até, utilizados
na escola da
vida. Porém, com
tudo isto repito
a sabedoria de
minha mãezinha
ao dizer que
Deus ajuda a
quem se ajuda. E
Confúcio, na
China, dizia:
Não vale a pena
ajudar a quem
não quer a si se
ajudar!