MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Evolução em Dois Mundos
André Luiz
(Parte
13)
Damos continuidade ao
estudo da obra
Evolução em Dois Mundos,
de André Luiz,
psicografada pelos médiuns
Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1959 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Na formação do corpo
físico pode-se dizer que
a hereditariedade
constitui fator
fundamental?
Sim. A hereditariedade
relativa, mas
compulsória, talhará o
corpo físico de que o
Espírito necessita em
determinada encarnação,
não lhe sendo possível
alterar o plano de
serviço que mereceu ou
de que foi incumbido,
segundo suas aquisições
e necessidades.
Entretanto, pode, pela
própria conduta feliz ou
infeliz, acentuar ou
esbater a coloração dos
programas que lhe
indicam a rota, através
dos bióforos ou unidades
de força psicossomática
que atuam no citoplasma,
projetando sobre as
células e,
consequentemente, sobre
o corpo os estados da
mente, que estará
enobrecendo ou agravando
a própria situação, de
acordo com a sua escolha
do bem ou do mal.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. VII, pp. 58 e 59.)
B. No processo de
elaboração dos tecidos e
órgãos do corpo físico,
os centros vitais do
perispírito também se
estruturam?
Sim. Não somente os
tecidos e órgãos do
corpo físico se esboçam
nas formas rudimentares
da Natureza, mas também
os centros vitais do
corpo espiritual que,
obedecendo aos impulsos
da mente, se organizam
em moldes seguros, com a
capacidade de assimilar
as partículas
multifárias da
vitalidade cósmica,
oriundas das fontes
vivas de força que
alimentam o Universo.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. VIII, pp. 60 e 61.)
C. Os óvulos de certas
espécies têm o poder de
atrair os
espermatozoides?
Sim. Os óvulos de certos
peixes e equinodermos,
como o ouriço-do-mar,
têm o poder de atrair os
espermatozoides
separados da mesma
espécie, demonstrando
que arrojam de si mesmos
substância específica na
perpetuação que lhes é
própria. Entre os
animais, as células da
reprodução segregam
substâncias particulares
com que se procuram
mutuamente, evoluindo o
veículo psicossomático
para mais altos níveis
de consciência sobre as
mais amplas formas de
quimiotropismo
constante, em bases de
excitações exógenas e
endógenas.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. VIII, pp. 61 e 62.)
Texto para leitura
49.
Hereditariedade e
conduta - Como é
fácil de sentir e
apreender, o corpo herda
naturalmente do corpo,
segundo as disposições
da mente que se ajusta a
outras mentes, nos
circuitos da afinidade,
cabendo, pois, ao homem
responsável reconhecer
que a hereditariedade
relativa, mas
compulsória, lhe talhará
o corpo físico de que
necessita em determinada
encarnação, não lhe
sendo possível alterar o
plano de serviço que
mereceu ou de que foi
incumbido, segundo suas
aquisições e
necessidades, mas pode,
pela própria conduta
feliz ou infeliz,
acentuar ou esbater a
coloração dos programas
que lhe indicam a rota,
através dos bióforos ou
unidades de força
psicossomática que atuam
no citoplasma,
projetando sobre as
células e,
consequentemente, sobre
o corpo os estados da
mente, que estará
enobrecendo ou agravando
a própria situação, de
acordo com a sua escolha
do bem ou do mal.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. VII, pp. 58 e 59.)
50. Suprimentos da
vida -
Observamos a chegada dos
princípios inteligentes
no mundo e a sua
respectiva expansão,
assim como um exército
que, para atender às
próprias necessidades,
organiza, de início, a
precisa cobertura de
suprimentos. Primeiro,
as bactérias lavrando o
solo para que as plantas
proliferassem, criando
atmosfera adequada ao
reino animal. Depois das
plantas, aparecem os
animais, gerando
recursos orgânicos para
que o instinto pudesse
expandir-se no rumo da
inteligência. E, em
seguida ao animal, surge
o homem, plasmando os
valores definitivos da
inteligência, para que a
Humanidade se concretize
a caminho da angelitude.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. VIII, pág. 60.)
51. Fases
progressivas do
metabolismo - Em
todos os reinos da
Natureza, o elemento
espiritual aprende a
nutrir-se e
preservar-se. Por
milhares de séculos,
repete ele as operações
da fotossíntese ou
assimilação clorofiliana
no império verde, pela
qual consome energia
luminosa e elabora
matérias orgânicas,
desprendendo o oxigênio
indispensável à
constituição do ar
atmosférico, e
recapitula as operações
da quimiossíntese, em
formas autótrofas, como
sejam certas classes de
bactérias, que se
utilizam de energia
química para viver,
através da oxidação de
compostos minerais.
Gradativamente, no
domínio vegetal,
assimila os mecanismos
mais íntimos da
respiração, absorvendo o
oxigênio e eliminando o
gás carbônico pelos
estômatos e pneumatódios,
cutícula e lenticelas,
de modo a conduzir o
oxigênio sobre as
matérias orgânicas para
a formação dos produtos
de desassimilação e
projeção de energia.
Lentamente, em meio
desprovido de matérias
orgânicas, qual acontece
com as nitrobactérias,
as sulfobactérias, as
ferrobactérias etc.,
aprende também a oxidar
respectivamente o
amoníaco ou os nitritos,
o ácido sulfídrico, o
óxido ferroso. Em
atividades assim,
infinitamente repetidas,
habilita-se a ingressar
no reino animal, onde,
em estágios evolutivos
mais nobres, se
matriculará na técnica
da elaboração automática
dos catalisadores
químicos, com a
faculdade de
transubstanciar matérias
orgânicas complexas em
recursos assimiláveis.
Milênios transcorrem
para que então consiga
adestrar-se nas
diástases diversas, como
sejam as proteases e as
zímases, entre os
fermentos hidrolisantes
e decomponentes. A
crisálida de consciência
inicia-se, dessa forma,
na fabricação de
prótides, glúcides,
lípides e outros meios
de nutrição, aprendendo
igualmente a emitir
hormônios de crescimento
e vitaminas diversas no
ciclo das plantas. Não
somente os tecidos e
órgãos do corpo físico
se esboçam nas formas
rudimentares da
Natureza, mas também os
centros vitais do corpo
espiritual, que,
obedecendo aos impulsos
da mente, se organizam
em moldes seguros, com a
capacidade de assimilar
as partículas
multifárias da
vitalidade cósmica,
oriundas das fontes
vivas de força que
alimentam o Universo.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. VIII, pp. 60 e 61.)
52. Excitações
químicas -
Governando as células
físicas, os agentes de
natureza espiritual se
evidenciam em todos os
processos da nutrição,
motivando as chamadas
excitações químicas,
também classificáveis
por quimiotactismo
eletromagnético. O
princípio inteligente,
tocado por múltiplos
estímulos, sob o império
de atrações e repulsões,
haure elementos
quimiotácticos
eletromagnéticos no
laboratório das forças
universais, através da
respiração, para
conservar-se e
defender-se, preservando
os valores de reprodução
e sustentação. É assim
que as células
masculinas dos fetos são
atraídos pelo ácido
málico, enquanto as
bactérias se movimentam
obedecendo também a
estímulos de ordem
química. Os óvulos de
certos peixes e
equinodermos, entre
estes o ouriço-do-mar,
sem a presença da fêmea
que os deita, têm o
poder de atrair os
espermatozoides
separados da mesma
espécie, demonstrando
que arrojam de si mesmos
substância específica na
perpetuação que lhes é
própria. Entre os
animais, as células da
reprodução segregam
substâncias particulares
com que se procuram
mutuamente, evoluindo o
veículo psicossomático
para mais altos níveis
de consciência sobre as
mais amplas formas de
quimiotropismo
constante, em bases de
excitações exógenas e
endógenas. (Evolução
em dois Mundos, Primeira
Parte, cap. VIII, pp. 61
e 62.)
Glossário:
Ácido málico:
ácido encontrado em
quase todos os frutos.
Autótrofo:
vegetal capaz de
produzir seu próprio
alimento orgânico, a
partir de substâncias
simples e de uma fonte
de energia, comumente a
luz solar.
Bióforo:
o menor corpo de matéria
capaz de ter vida, e que
pode ser identificado
com os grânulos visíveis
da cromatina.
Citoplasma:
o protoplasma, massa
formadora da célula,
excluindo o núcleo.
Diástase:
fenômeno produzido por
células vivas, por seres
vivos microscópicos ou
por glândulas, e que
decompõem os alimentos
ou a matéria orgânica.
Eletromagnético:
que apresenta o efeito
de interação entre carga
elétrica e campo
magnético.
Endógeno:
originado no interior do
organismo, ou por
fatores internos.
Equinodermo:
invertebrado marinho de
simetria radiada, como
as estrelas-do-mar.
Estômato:
pequena abertura na
epiderme das plantas
superiores, e que tem
função de regular o
intercâmbio de gases com
a atmosfera, bem como
eliminar a água.
Exógeno:
que se origina fora do
organismo, ou por
fatores externos.
Fotossíntese:
processo básico de
alimentação dos
vegetais, através da
síntese (formação) de
substâncias orgânicas,
com a fixação do gás
carbônico do ar pela
ação da luz solar e a
participação da
clorofila.
Glúcide:
nome genérico dos
carboidratos e dos
glicosidos empregados
como alimento.
Carboidratos são os
açúcares presentes nos
organismos animais e
vegetais; glicosidos são
substâncias capazes de
ser decompostas em
glicose (açúcar) e outra
substância.
Lenticela:
pequena abertura na
casca dos vegetais, que
permite as trocas
gasosas, formada de
células com aspecto de
cortiça.
Lípide:
lipídio, grupo de
substâncias graxas que
possuem propriedades
análogas às gorduras e
óleos animais ou
vegetais.
Nitrobactéria:
bactéria aeróbica do
solo, responsável pela
nitrificação do solo. A
bactéria aeróbica é um
microrganismo que vive
do oxigênio retirado do
ar.
Prótide:
protídio,
proteína.
Quimiotactismo:
propriedade de atração
ou repulsão do
protoplasma (massa
celular) em relação a
certas substâncias sobre
os seres vivos. Ex.: os
espermatozoides quando
caminham em direção ao
óvulo.
Quimiotropismo:
reação de aproximação ou
afastamento de um
organismo, em relação à
fonte de um estímulo que
opera sob a ação
exercida por certas
substâncias químicas.
Nota:
Muitos termos técnicos
usados na obra em estudo
não se encontram nos
dicionários que
comumente consultamos.
Clicando no link abaixo,
o leitor terá acesso ao
texto integral do livro Elucidário
de Evolução em Dois
Mundos,
elaborado e publicado
com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf