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Um minuto com Chico Xavier
Ano 5 - N° 249 - 26 de Fevereiro de 2012
JOSÉ ANTÔNIO VIEIRA DE PAULA
depaulajoseantonio@gmail.com
Cambé, Paraná (Brasil)

 

Allan Kardec, no capítulo VII de seu livro “O Céu e o Inferno”, intitulado “As Penas Futuras Segundo o Espiritismo”, apresenta à humanidade o que ele chama de código penal da vida futura.

Nessa análise, apresenta-nos, segundo resumo de tudo que apreendera da Doutrina dos Espíritos, 33 pontos que falam do futuro da alma humana, como responsável pelos seus próprios atos em todas as épocas por ela vividas.

Por exemplo, no 3º ponto, diz assim: Não há uma única imperfeição da alma que não importe funestas e inevitáveis consequências, como não há uma só qualidade boa que não seja fonte de um gozo.

No 7º ponto, acrescenta: O Espírito sofre pelo mal que fez, de maneira que, sendo a sua atenção constantemente dirigida para as consequências desse mal, melhor compreende os seus inconvenientes e trata de corrigir-se.

Somando-se a esse raciocínio, afirma no ponto 9º: Toda falta cometida, todo mal realizado é uma dívida contraída que deverá ser paga; se o não for em uma existência, sê-lo-á na seguinte ou seguintes, porque todas as existências são solidárias entre si. Aquele que se quita numa existência não terá necessidade de pagar segunda vez.

Na coluna desta semana, apresentaremos um fato ocorrido na época em que Chico Xavier, nosso querido medianeiro do Cristo, através de sua mediunidade evangelizada, deixava-nos importantes informações que nos levariam a reflexões profundas sobre as leis que regem nossas vidas, conforme a concepção espírita.

A lição pode ser encontrada no livro “Chico Xavier, Casos Inéditos”, de Weimar Muniz de Oliveira, editado pela Federação Espírita do Estado de Goiás.

Vejamos o caso:

Como sempre ocorre em Uberaba, nos primeiros tempos na Comunhão Espírita Cristã e, ultimamente, no Grupo Espírita da Prece, naquele dia era grande a fila dos que pretendiam uma palavra que fosse do famoso médium e irmão Chico Xavier.

De repente, chegou a vez daquela senhora que se dizia com um problema muito sério e que dependia da orientação do operoso e amorável discípulo da caridade.

Relatou ela que tinha uma filha, moça bonita e prendada, um primor de criatura, ainda muito jovem. No entanto, sua filha, apesar de todos esses atributos, enamorou-se de um moço de péssima formação moral e familiar. Possuía ele todos os defeitos possíveis. Era muito mau caráter. Além de inúmeros vícios, tinha várias passagens pela polícia.

Tornaram-se inseparáveis os dois. E ela, mãe e suplicante, dizia também ao Chico que não suportava a presença do rapaz. Tinha vontade que um raio partisse a cabeça dele. Quando ele chegava pela porta da sala, ela saía pela porta da cozinha.

Dizia, por fim, ao Chico que precisava de uma palavra dele. O que fazer? Como proceder?

Chico ouviu-a atentamente. E depois, quando ela fez silêncio, informou que numa encarnação anterior ela o concebera, mas antes que ele viesse à luz, abortou-o.

Depois, numa encarnação posterior, permitiu que ele nascesse, para abandoná-lo em seguida.

Abandonado por ela, vivendo no mundo ao léu, daqui para ali, em ambientes hostis, adquiriu ele toda espécie possível de maus hábitos e vícios que agora apresentava.

E Chico terminou dizendo àquela mulher que a bondade do Pai estava lhe concedendo, na atual condição de sogra, mais uma oportunidade de reparar os erros do passado.




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita