MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Evolução em Dois Mundos
André Luiz
(Parte
14)
Damos continuidade ao
estudo da obra
Evolução em Dois Mundos,
de André Luiz,
psicografada pelos médiuns
Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1959 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Antes de ler as questões
e o texto indicado para
leitura, sugerimos ao
leitor que veja,
primeiro, as notas
constantes do glossário
pertinente ao estudo
desta semana.
Questões preliminares
A. Como a mente transmite ao corpo seu estado feliz ou infeliz?
Ela o faz por intermédio dos mitocôndrios, que
podem ser considerados
acumulações de energia
espiritual, em forma de
grânulos, que asseguram
a atividade celular.
Desse modo, a mente
equilibra ou conturba o
ciclo de causa e efeito
das forças por ela
própria libertadas nos
processos endotérmicos,
mantenedores da
biossíntese. Nessa base,
dispomos largamente dos
anticorpos e dos
múltiplos agentes
imunológicos cunhados
pela governança do
Espírito, em favor da
preservação do corpo, de
acordo com as
multimilenárias
experiências adquiridas
por ele mesmo, na lenta
e laboriosa viagem a que
foi constrangido nas
faixas inferiores da
Natureza.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. VIII, pp. 63 e 64.)
B. Podemos concluir que a participação da mente é decisiva nos
diferentes estados que
se observam no mundo
orgânico?
Sim. Todos os estados especiais do mundo
orgânico, inclusive o da
renovação das células, a
prostração do sono, a
paixão artística, o
êxtase religioso e os
transes mediúnicos são
acalentados nos
circuitos celulares por
fermentações sutis, aí
nascidas através de
impulsos determinantes
da mente, por ela
convertidos, nos órgãos,
em substâncias
magnetoeletroquímicas,
arremessadas de um
tecido a outro, com a
faculdade de interferir
bruscamente nas
propriedades moleculares
ou de catalisar as
reações desse ou daquele
tipo, destinadas a
garantir a ordem e a
segurança da vida, na
urdidura das ações
biológicas.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. VIII, pág. 64.)
C. A direção espiritual influencia também o metabolismo?
Evidentemente. O metabolismo subordina-se à
direção espiritual,
tanto mais intensa e
exatamente, quanto maior
a quota de
responsabilidade do ser
pelo conhecimento e
discernimento de que
disponha. Com o
pensamento consciente e
vivo, o homem arroja de
si mesmo forças
criadoras e renovadoras,
forjando, dessa maneira,
na matéria, no espaço e
no tempo, os meandros de
seu próprio destino.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. VIII, pág. 65.)
Texto para leitura
53. Administração do metabolismo -
Laborando pacientemente
nos séculos e alcançando
a civilização elementar
do paleolítico, a mente
humana controla então,
quase que plenamente, o
corpo em que se exprime,
formado sob a tutela e o
auxílio incessante dos
Construtores
Espirituais, passando a
administrar as
ocorrências do
metabolismo, em sua
organização e adaptação,
através da coordenação
de seus próprios
impulsos sobre os
elementos albuminoides
do citoplasma, em que as
forças físicas e
espirituais se jungem no
campo da experiência
terrestre. Os sistemas
enzimáticos revelam-se
definidos e as glândulas
de secreções internas
fabricam variados
produtos, refletindo o
trabalho dos centros
vitais da alma.
Hormônios e
para-hormônios,
fermentos e cofermentos,
vitaminas e outros
controladores químicos,
tanto quanto preciosas
reservas nutritivas,
equacionam os problemas
orgânicos,
harmonizando-se em
produção e níveis
precisos, na quota de
determinados
percentuais, conforme as
ordens instintivas da
mente. Todos os serviços
da província biológica,
inclusive as emoções
mais íntimas, são
sustentados por
semelhantes recursos,
constantemente lançados
pelo próprio Espírito no
cosmo de energia
dinâmica em que se
manifesta. Experiências
valiosas, efetuadas com
pleno êxito, comprovaram
que a própria miosina ou
sistema albuminoide da
contração muscular detém
consigo as qualidades de
um fermento, a adenosina
trifosfatase,
responsável pela
catálise da reação
química fundamental que
exonera a energia
indispensável ao
refazimento das
partículas miosínicas
dos tecidos musculares.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. VIII, pp. 62 e 63.)
54. Acumulações de energia espiritual
- Por intermédio dos
mitocôndrios, que podem
ser considerados
acumulações de energia
espiritual, em forma de
grânulos, assegurando a
atividade celular, a
mente transmite ao carro
físico a que se ajusta,
durante a encarnação,
todos os seus estados
felizes ou infelizes,
equilibrando ou
conturbando o ciclo de
causa e efeito das
forças por ela própria
libertadas nos processos
endotérmicos,
mantenedores da
biossíntese. Nessa base,
dispomos largamente dos
anticorpos e dos
múltiplos agentes
imunológicos cunhados
pela governança do
Espírito, em favor da
preservação do corpo, de
acordo com as
multimilenárias
experiências adquiridas
por ele mesmo, na lenta
e laboriosa viagem a que
foi constrangido nas
faixas inferiores da
Natureza. Da mesma
sorte, possuímos,
funcionando
automaticamente, a
secretina, a tiroxina, a
adrenalina, a luteína, a
insulina, a foliculina,
os hormônios
gonadotrópicos e
unidades outras, entre
as secreções internas, à
guisa de aceleradores e
excitantes, moderadores
e reatores,
transformadores e
calmantes das atividades
químicas nos vários
departamentos de
trabalho em que se
subdivide o Estado
Fisiológico.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. VIII, pp. 63 e 64.)
55. Impulsos determinantes da mente
- Sobre os mesmos
alicerces anteriormente
referidos,
surpreendemos, ainda, as
enzimas numerosas, como
a pepsina – enzima do
suco gástrico capaz de
decompor proteínas –,
isolada por Northrop, e
a catalase definida por
Von Euler, tanto quanto
outras muitas, que a
ciência da Terra irá
gradualmente descobrir,
estudar, fixar e
manobrar, com vistas à
manutenção e defesa da
saúde física e da
integridade mental do
homem, no quadro de
merecimentos da
Humanidade. Assim, todos
os estados especiais do
mundo orgânico,
inclusive o da renovação
das células, a
prostração do sono, a
paixão artística, o
êxtase religioso e os
transes mediúnicos são
acalentados nos
circuitos celulares por
fermentações sutis, aí
nascidas através de
impulsos determinantes
da mente, por ela
convertidos, nos órgãos,
em substâncias
magnetoeletroquímicas,
arremessadas de um
tecido a outro,
guardando a faculdade de
interferir bruscamente
nas propriedades
moleculares ou de
catalisar as reações
desse ou daquele tipo,
destinadas a garantir a
ordem e a segurança da
vida, na urdidura das
ações biológicas. Em
idênticas
circunstâncias, nos
traumas cerebrais da
cólera e do colapso
nervoso, da epilepsia e
da esquizofrenia, como
em tantas outras
condições anômalas da
personalidade, vamos
encontrar essas mesmas
fermentações no campo
das células, mas em
caráter de energias
degeneradas, que
correspondem às
turvações mentais que as
provocam. (Evolução
em dois Mundos, Primeira
Parte, cap. VIII, pág.
64.)
56. Metabolismo do corpo e da alma
- O metabolismo
subordina-se, desse
modo, à direção
espiritual, tanto mais
intensa e exatamente,
quanto maior a quota de
responsabilidade do ser
pelo conhecimento e
discernimento de que
disponha, e, em plena
floração da
inteligência, podemos
identificá-lo não apenas
no embate das forças
orgânicas, mas também no
domínio da alma,
porquanto raciocínio
organizado é pensamento
dinâmico e, com o
pensamento consciente e
vivo, o homem arroja de
si mesmo forças
criadoras e renovadoras,
forjando, dessa maneira,
na matéria, no espaço e
no tempo, os meandros de
seu próprio destino.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. VIII, pág. 65.)
Glossário:
Ácido graxo:
qualquer de certos
ácidos carboxílicos,
comumente de cadeia
longa, linear e número
par de átomos de
carbono, encontrados,
sob forma combinada, em
óleos, gorduras e outros
lipídios.
Adenosina trifosfatase: principal substância que provoca liberação de
energia para as células.
Adrenalina: hormônio secretado pelas glândulas suprarrenais, o qual é
mediador químico do
sistema nervoso
simpático. É geralmente
liberado em grandes
quantidades após fortes
reações emocionais,
como, por exemplo, as
provocadas por um susto.
O quadro, devido à
liberação dessa
substância na
circulação, inclui
vasoconstrição
(diminuição do calibre
de vasos sanguíneos),
hipertensão, aumento dos
batimentos cardíacos,
aceleração da frequência
respiratória e efeitos
metabólicos, tais como o
aumento da taxa de
glicose (açúcar) no
sangue.
Albuminoide: da natureza da albumina, denominação comum a todas as
proteínas solúveis em
água e coaguláveis por
aquecimento, como a
clara de ovo.
Biossíntese: síntese (formação) de substâncias orgânicas nos seres vivos.
Catalase: enzima solúvel que se caracteriza pela propriedade de
decompor a água
oxigenada.
Catalisar:
produzir catálise em.
Catálise:
modificação (em geral
aumento) de velocidade
de uma reação química
pela presença e atuação
de uma substância que
não se altera no
processo.
Citoplasma: o protoplasma, massa formadora da célula, excluindo o
núcleo.
Cofermento: um componente das enzimas.
Endotérmico: referente às reações químicas que se verificam com a
absorção de calor, e aos
corpos cuja decomposição
produz desprendimento de
calor.
Enzima: denominação de substâncias proteicas que atuam no organismo como
agentes catalisadores
(desencadeiam reações)
nos processos
metabólicos,
transformando a energia
de ativação necessária
para cada reação,
tornando esta possível
ou mais rápida;
fermento.
Epilepsia: doença nervosa, com manifestações ocasionais, súbitas e
rápidas, sobretudo
convulsões e distúrbios
da consciência
relacionados com uma
disritimia cerebral.
Foliculina: hormônio segregado pelo folículo ovariano, e que provoca a
hipertrofia da mucosa
uterina antes da
ovulação.
Gonadotrópico: referente a hormônio relacionado com a
influência das glândulas
sexuais ou gônadas.
Hormônio: substância produzida pela atividade das glândulas de
secreção interna
(endócrinas), ou pela
atividade de tecidos de
secreção interna. É
eliminado, em parte, no
sangue ou na linfa, e,
em parte, nos tecidos.
Atua sobre as funções
orgânicas como excitante
ou como regularizador.
Imunológico: que se relaciona com os fenômenos da imunidade, isto é, das
barreiras contra as
infecções e a ação das
substâncias patogênicas
no organismo.
Insulina: hormônio secretado pelo pâncreas, como importante função no
metabolismo dos
açúcares, pelo
organismo, e no controle
da taxa de glicemia no
sangue (presença de
glicose).
Luteína: substância responsável pela pigmentação amarela da gema do
ovo.
Magnetoeletroquímico: relativo às influências magnéticas e elétricas
na formação química de
uma substância.
Metabolismo: conjunto dos fenômenos químicos e físicoquímicos no
organismo, através dos
quais se faz a
assimilação e a
desassimilação das
substâncias necessárias
à vida.
Miosina: substância proteica do tecido muscular, a qual contribui no
mecanismo de contração e
relaxamento dos
músculos, e cuja
formação é causa da
rigidez cadavérica.
Mitocôndrio: corpúsculo presente nas células, no qual se efetuam
processos respiratórios
e metabolismo dos ácidos
graxos. Nas células com
capacidade energética,
como as musculares e as
nervosas, o número de
mitocôndrios é elevado.
Paleolítico: período do pleistoceno (quaternário), caracterizado pelo
aparecimento dos mais
antigos fósseis humanos.
Pepsina: enzima do suco gástrico capaz de hidrolisar (decompor)
proteínas.
Secretina: hormônio emitido em meio ácido pela mucosa do duodeno e
transmitido por via
sanguínea ao pâncreas,
no qual provoca a
emissão do suco
pancreático, suco este
lançado no próprio
duodeno.
Tiroxina: hormônio da glândula tiroide, o qual é imprescindível para o
crescimento e para
regular o metabolismo.
Nota:
Muitos termos técnicos usados na obra em estudo
não se encontram nos
dicionários que
comumente consultamos.
Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto
integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos,
elaborado e publicado
com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf